Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

27 outubro 2010

Mudando de Assunto



Mera reflexão. Sério mesmo... Se preferir, não perca seu tempo lendo este post.

A cena musical, em qualquer lugar do mundo, é mesmo uma coisa paradoxal.

Talvez por isso, a gente vez por outra se afaste destas pessoas para resgatar um pouco de realidade.

Ao mesmo tempo em que muita gente consegue se inserir no mercado, encontrando seus caminhos no segmento que é no mínimo o segundo ou terceiro maior do mundo em movimentação de grana, existem aqueles parasitas que, na falta de entendimento dos mecanismos sociais, na falta de desenvoltura com mercados e principalmente pessoas, acabam se apoiando em projetos governamentais e outras muletas pseudo-mercadológicas para ganhar algum tutu que lhes possa ser útil na compra de pot (maconha) e outras substâncias essenciais para manter seu estado de fuga constante.

Se parece um pouco com aquele garotinho que nunca consegue se enturmar na pelada do bairro e o papai paga pra ele ter uma peladinha só dele por um dia, com jogadores contratados - que no dia seguinte seguem sua vida e esquecem do tal garotinho.

Geralmente nem falta de talento é. Trata-se apenas de falta de coragem pra pegar a estrada da forma que os grandes tiveram de fazer pra chegar onde chegaram, seja Banda Calypso ou AC/DC (que fez até uma musiquinha boa pra isso).

Não é difícil ver carinhas como estes chegarem perto de seus 50 aninhos de idade ainda morando com papais e mamães (ou apoiados moralmente por uma doce e carinhosa companheira que não vê a hora de encontrar aquela portinha de saída daquele inferno) por falta de uma base sólida própria ou mesmo por falta de coragem de enfrentar a vida dura de um adulto, vida esta geralmente cheia de altos e baixos, desafios a serem superados por conta própria - nada fácil pra quem precisa começar a ganhar a vida em barzinhos que geralmente os rejeitam ao menos sinal de falta de público ou profissionalismo (que,aliás, nem mesmo os bares na verdade podem se gabar muito sobre isto).

Sim, porque músicos, toquem bem ou mal, não podem esperar serem tratados como estrelas, se ainda não galgaram seu caminho até lá, repito, como todo mundo faz - e muitas vezes, este tipo de músico se acha tão melhor que os outros que morre tentando fechar um contrato milionário sem nem ao menos ter culhões para por o pé na estrada.

Este tipo de músico, acaba muitas vezes agredindo as pessoas à sua volta, em sinal claro de baixa auto-estima, e por vezes acaba auto-marginalizado, com medo de chegar junto dos grupos atuantes, pelo tanto de merda que fala pelos cotovelos - e fica imaginando que as pessoas querem vê-los pelas costas, quando às vezes, na verdade, ninguém está nem preocupado com isso, não está nem lembrando mais dele, e ele poderia se enturmar como uma anêmona, sem nem ser percebido.

Sim, e acredite. A cena de Blues também tem esse lado. Ao mesmo tempo que existem os apaixonados, existem os auto-excluídos, seja em São Paulo ou Recife.

Sei que é fácil pra mim, falar. Tenho mesmo uma vida privilegiada, que infelizmente não é paga pela música, o que eu adoraria que fosse. Moro na beira-mar de uma das mais belas regiões do Brasil, tenho serviço de quarto eficiente e um bom café da manhã na porta todos os dias, o que me permite não me preocupar com quase nada afora minhas idéias e projetos em Marketing, profissão que tive o prazer de retomar há alguns meses, e me dá chance de investir em idéias malucas, entrar em sociedades de alto-risco, e enfim... Tudo que gente com uma grande e pesada bunda mole, que precisa fumar pra acordar, fumar pra tocar e fumar pra dormir não saberia nem por onde começar a fazer.

E você me pergunta: "Ah era disto tudo aí que você falava no post anterior, né? Agora sim, entendi!"

Não mesmo, mano. Nem chance de você saber o que é, caro leitor Who Fartediano, salvo se conviver comigo muito de perto, o que não aconselho (pode fazer mal aos ossos).

O papo é outro, e só meu. E tá bom que só, já não falei? Morda-se! :D

Este post é sobre outra coisa. Fala de uma realidade que presencio diariamente à minha volta, e tem me gerado muita reflexão cada vez que trombo com um mala destes por aí, ao mesmo tempo que me traz idéias para futuros projetos neste campo.

Estou aqui tomando minha Heine... Ooops essa é Stella.

26 outubro 2010

Dias de Guerra, Noites de Paz



Eu pareço mesmo alguém por vezes sem desejo de ter mais, sem ganância, sem grandes expectativas pra mim mesmo - mero engano do olhar pouco criativo da maioria.

Para muitos, vitória é ganhar quanto mais dinheiro possível do que se possa gastar em um mês (lógica de funcionário público). Pra mim, vitória é descobrir que fiz algo novo, inventivo, algo que tantos gostariam de ter feito e não fizeram por que não fizeram e pronto - vitória é descobrir que eu sou capaz de realizar o que imaginei, ter a meu lado quem gosta de mim e o resto é mera consequência natural quase abusiva.

Quando menos se espera eu tenho mais - mais do que a maioria dos pouco imaginativos pobres mortais.

Isto pode ser aplicado em minha vida profissional, social e afetiva.

É fato concreto e testado clinicamente por cientistas da NASA e dentistas da Oral B que tenho aquilo que desejo e desejo tudo aquilo que tenho.

Às vezes com um pouco mais de emoção, às vezes tão fácil que perde a graça.

Dessa vez, tem tido graça até de mais.

Ao contrário do que diria o Cazuza, minha vida tem sido "Com pódio de chegada e beijo de namorada, eu sou o cara".

Brincando não, e digo logo.

Êta noite boa . Tudo deu mais certo do que todas as expectativas.

Mas não fique o caro leitor pensando que houve algo de caso pensado ou extraordinário, não. A vida é assim, uma constante onda de 12 metros a ser surfada - e em meu caso, de longboard, sem stress nem acrobacias de moleque.

De repente, sem aviso, me dei conta de que tudo, mas tudo mesmo, deu certo, num lapso repentino da minha constante melancolia pelo nada, num espaço de lucidez durante o pleno estado de alerta de dias de guerra.

Lá estava eu de frente para uma multidão, armas na mão, de costas para um exército de alto nível, no dia e hora em que todos, todos mesmo, disseram que eu não conseguiria - e consegui.

Finco a bandeira.

Enquanto curtia este pequeno momento de pódio, podia esbanjar riqueza nas memórias afetivas de algumas horas antes. Doces memórias recentes. Tirei meu capacete, e lá estava a foto dela guardada entre as estruturas de dissipação de impacto.

Por favor, não faça isso melhorar, porque iria estragar (amém).

22 outubro 2010

Man Of Constant Sorrow



Ontem eu tava batendo aquele papo sobre Blues com um amigo, e buscando algumas memórias a respeito de bons filmes que tratam do gênero ou histórias relacionadas, me deparei com a lembrança do filme ""O Brother Where Art Thou", uma daquelas boas sacadas que não estouraram nas bilheterias, mas podem ser descobertos numa boa, alugados na locadora de DVD da sua esquina.

O filme conta, ou pelo menos cita, parte da história do Blues que é rejeitada pelos historiadores oficiais daquela nação que ainda prima em apagar da memória as influências de seus colonizadores e de seus colonizados. Neste caso, mostra a imensa participação da música branca irlandesa na composição do que viria a ser chamado Blues, e também desaguou em Country Music, Soul Music e mais tarde seria ainda a maior influência do Reggae.

A história é cínica e cheia de ironia sobre este assunto, como no momento em que eles gravam uma música numa gravadora que só grava negros. O dono da gravadora é cego, e eles dizem que são negros. Estouram nas rádios com a música, mas não podem dizer que são brancos.

A trilha sonora é fantástica e traz justamente canções em grande parte tradicionais, trazidas da europa, cantadas pelos renegados europeus que trabalhavam quebrando pedra no Mississippi e região.

Destaque para You Are My Sunshine (putz!).

Não costumo disponibilizar links para arquivos por aqui, mas abrirei esta exceção (e que ninguém mais veja isso por aqui), pra você sacar a trilha de O Brother...

Saca aí... http://bit.ly/deq61n

The Very Best Of The Cream Of The Cream.

A Mulher Invisível



Vamos direto ao ponto: Eu definitivamente não entendo nada da vida.

E falo realmente sério, ou pelo menos sério o bastante para ser levado em consideração por mim mesmo, ainda que eu deseje não repetir qualquer tipo de auto-sugestão negativa - como diriam os consultores especializados em PNL.

Passado o texto introdutório, vamos para a segunda parte do post, aquela na qual explico algum acontecimento bizarro, envolvendo mulheres sexies e voluptuosas em dúvidas filosóficas sobre a natureza da vida e dos relacionamentos.

Já tive alguns relacionamentos que saltam da internet para a vida real, ainda que eu não aposte muitas fichas nisto. Mas nunca, e digo logo, nunca, imaginei um relacionamento que da vida real, acabasse se enclausurando na Internet.

Isso é essencialmente não convencional.

Porque, veja só... O universo deveria estar em expansão.

É como num daqueles filmes estranhos que passam de madrugada...

Uma linda mulher com modos de ninfeta safada bate à sua porta de madrugada, e lhe pede emprestado uns links de Blues, e em poucos minutos vocês estão trocando palavras de intimidade e se fazendo pequenas cobranças de fidelidade pré-conjugal, chegando até a escolher o lado da cama que prefere usar.

Pela manhã, você olha pro lado e aquela bela e sexy pós-ninfeta está lhe tratando como se apenas estivessem tomando uma xícara de chá e falando de piolhos e chatos, sem muita vontade de lhe tascar aquele prometido beijo, até que a próxima madrugada chegue.

Sim, meus caros, e após o sol sumir lá está ela dressed in red to kill on bed pra te tirar do sério de novo até de manhã, quando mais uma vez, vestida de uniforme do colégio Sion te chama de brother e só quer saber de beijo na testa.

Mas então, na madrugada seguinte, mesmo ouvindo as batidas na porta, pulo a janela e vou para o Blues com outra bela mulher que já me conhece tão bem (e em todas as posições inimagináveis) que a esta altura, quem parece querer apenas beijo na testa sou eu - ou pelo menos enquanto isto não envolver altas doses de cachaça, pela boa manutenção do juízo.

O próximo passo, eu sei, é a troca desleal de informações desencontradas num telefone sem fio entre amigas mal-intencionadas, de forma que digam por aí que comi uma, larguei a outra na mão ou larguei uma e comi a outra na mão, e puxa - de novo, não comi ninguém.

De volta pra casa, é preciso dizer... Tá tudo certo... Fui leal com todo mundo, com quem merece e com quem não merece.

Não botei pra fuder em ninguém - literalmente. Continuo em estado de mera reflexão.

E como diria o célebre inspirador do jovem Indiana Jones : "Agora, você perdeu (não comeu), mas não significa que não possa ganhar (comer)".

Sim, preciso confessar... Acho que sou mais ativo na cama do que muitas vezes confesso no Who Farted (porque prefiro virar piada a perder o refrão), mas não mais do que qualquer ser normal em idade pra isso.

Só que desta vez, pelamordedios, elas estão exagerando na provocação por mera sacanagem - sem sacanagem nehuma, que fique muito claro.

E o filme na madrugada acaba assim:

"E então, sem avisar nada, ela reapareceu e falou... (peraí que já completo a frase)".

É claro e nítido que como no Feitiço de Áquila, o personagem do filme também gostaria de acordar com o sol no rosto e ver que a ninfeta safada ainda estava ali, ao invés da Madre Tereza.

Mas de uma coisa eu sei da vida: no final, tudo acontece da forma que deve ser, sem explicações, lógica nem discussões, de forma implacável.

Mas voltando à vida real, à minha vida e não a do personagem de um filme das madrugadas, bom... Vamos direto ao ponto: Eu não entendo nada da vida - não devo entender, ou saberia como seguir agora.

O que não é importante não gera reflexão.

19 outubro 2010

Teoria da Antissociabilidade


E então entramos os três lá naquele inferninho recifense, com stripers e meninas bem arretadamente bonitinhas se insinuando pra todo mundo - confesso que depois de meia hora de descompressão no recinto, já havia me esquecido que estávamos, por assim dizer, num puteiro, e comecei a ter a impressão de estar em um lugar normal, um bar convencional.

Sim, normal, porque pra começar e manter a tradição, eu não comi ninguém.

Depois, comentei com meu amigo, e célebre guitarrista blueseiro em viagem à minha bela cidade natal, que olhando bem, o que estávamos vendo era a franca expressão da alma feminina, como ela deveria ser antes da civilização - e isto, veja bem, não é nenhum demérito.

Aquelas meninas, muitas delas lindas, e que poderiam estar facilmente na sua turma da faculdade ou entre sua família (sim, pode acreditar, nenhum sinal de baixo nível social ou intelectual por ali) estavam flertando abertamente com os caras mais bonitos, mais fortes ou que parecessem mais ricos e poderosos, sem nenhum sinal de fidelidade a qualquer um destes valores, e expunham livremente sua sexualidade de forma até elegante.

Digo, muitas vezes mais elegante do que na própria "vida real", se você quer saber.

Por exemplo, não há nada mais incomodo do que sair com uma mulher bonita para encontrar os amigos assolteirados na noite - faz tempo que não vejo algum que respeite a acompanhabilidade da menina, e faz tempo que não conheço uma menina que me dê razão se porventura eu reclame dela estar olhando para outro cara (elas sempre tem algum argumento retórico sobre isso).

"Ah, mas é porque você é um mané" - um outro cara diria.

 (se eu fosse mané, eu não tinha comido sua mulher, otário!)

A regra, como diria o Arnaldo, vale para os dois times. Tanto é por vezes constrangedor ver mulher de amigo te dando bola, como é por vezes constrangedor ver amigo chegando junto sem crise nenhuma de consciência em mulher que está com você.

E pior é quando vira uma troca virtual de casais de olhar em olhar.

Mais pioríssimo ainda é mulher dizer que você tá viajando na maionese dos ciúmes e no dia seguinte ela achar aquele seu "amigo" nos Orkútios da vida e sair adicionando o carinha pra bater papo nas madrugadas misteriosas da Internet - e neste caso, o Onça sou eu (piadinha pra quem usa mais de 100.000 neurônios ativamente).

No final das contas, tudo conta mesmo como informação. Dá pra ver quem é quem, sem brigar por ninguém.

Mas lá na zona a gente sabe, ou desconfia, que fidelidade não se tem nem pagando bem, o problema são as ilusões que o mundo real te impõe.

Como diria o FHC, é digno trabalhar com o REAL.

Aqui fora, há quem queira parecer que vive sob regras sociais rígidas e por vezes te deixa interessado neste jogo.

Lá na boate, não. Lá, as mulheres são de verdade, falam a verdade, e não se escondem atrás de falsos pudores, que as outras lá fora só usam de máscara.

Daí, só pra contar o resto...  A menina capa de uma famosa revista de puxaria fez lá seu strip e saiu arrancando a roupa e a cueca dos ousados e corajosos que chegavam perto da pista de dança, e putz... Fazia um tempão que eu não via uma coisa destas... Hmmm... Digo... Parecia show de Blues, mas as mulheres é que estavam no palco, e peladas, se é que vc me entende.

É por isso e outras coisas que o cara quando acha alguém que vale a pena acaba se isolando da galera mesmo, se mantendo mais recluso.Parece ser melhor pra manter a paciência intacta.

É como eu sempre vejo em Recife... Quer ver mulher bonita na cidade? Vá para o cinema num sábado à tarde observar os casaizinhos de namorados...

É preciso dizer... Na noite, eles não levam elas nem ferrando.

PS.: Não... Nem me venham com papo de mulher dizendo que eu fiz um post machista, ou neuroses achando que estou citando este ou aquele caso ocorrido... A vida é uma série de ocorrências genéricas. É parecido sempre pra todo mundo, todo dia. É por isso que o Who Farted às vezes se parece com a sua vida, ou com a minha. E se parece mesmo, fazer o que?

Heart Attack and Red Like Vine



O ser humano (ich, já viu que começou a filosofia, né?) tem um medo danado de não saber onde está, de perder o controle da situação.

Daí vive-se com essa mania de querer entender tudo.

Eu quero entender, você quer entender, eu não entendo, sinceramente.

Só que nem sempre é preciso entender. Pra quejm entender tanta coisa se você não pode mudar muito?

Às vezes é mais simples enxergar as coisas como são, se são alguma coisa que se possa enxergar.

Mas todo mundo tem medo de ser enganado, feito de bobo, assumindo pra si uma presumida culpa por não ter a esperada esperteza.

GM (grande M... erda)

Quem mesmo sabe toda a verdade?

Mas a verdade é que é preciso se convencionar o quanto é aceitável não saber para manter a sanidade do auto-controle e auto-estima - ou descobrir que por trás de tanta modernidade, tanta diversidade, tanta apatia, existe algo que possa realmente te importar a ponto de buscar em você todos os valores que você nunca achou que teria.

Ou vamos ver por outro ângulo... O que deixa de ser normal se transforma facilmente em esquisito.

Moral da história: "Taffarel, a bola é tua mas não sei onde está".

Na verdade, todo mundo quer ter na vida alguém que entraria em parafuso se não pudesse estar a seu lado e inspirasse o mesmo sentimento em você.

Eh... Bom... Talvez um labrador, um gato preto ranzinza, possam dar conta do serviço.

E viva a falta de prudência - mas com muita prudência.

17 outubro 2010

Acéfalo e Rápido


Talvez fosse mais fácil creditar tudo ao signo de Aquário - essa minha inconstante e traiçoeira poeira cósmica de liberdade que infecta minha vontade de seguir um rumo constante pode ser mais ou menos agressiva em uma ou outra pessoa.

Mas... porra nenhuma.


Nem sou do tipo que acredita em astrologia - mas que esse treco funciona, funciona.

Outra probabilidade seria creditar isto só a mim. Isto seria bastante proativo e cabalista, mas completamente injusto, visto que não sou perfeito - ou melhor dizendo, não faço tudo sempre perfeito, ou vá lá... as coisas perfeitas que faço não parecem perfeitas para todo mundo, visto que perfeição é mera subjetividade.

Vamos creditar, como sempre, ao destino - aquele bom e velho recurso que temos para dizer que algumas coisas são o que são por um motivo talvez nem tão aparente.

Deixemos que o tal destino resolva daqui pra frente, sendo assim.

Como eu tenho pensado ultimamente, hoje em dia preciso sentir mesmo o chão firme antes de aprontar das minhas loucuras boas.

E assim tem dado certo.

E pode acreditar que eu pratico o que prego (como diria o Depeche).

Hoje estou feliz pra caramba (acho), ou sei lá.... Sei lá mesmo. Pensando bem, não sei bem onde estou pisando, mas estaria feliz se estivesse onde eu acho que estou.

A felicidade é um animal de quatro patas, acéfalo e que corre rápido - não tente caça-lo com artimanhas, armadilhas, planejamento (é preciso pegá-lo quando passar desgovernadamente ao seu lado, e portanto fique atento e use de força se necessário).

11 outubro 2010

Father Sun Is Gonna Shine



Já dizia o filósofo Brian Chataubrian:

"Nada, mas nada mesmo, que você possa imaginar se parece com o que você vai encontrar na próxima esquina que você virar."

É do ser humano, calcular a vida baseado nos elementos que estão a seu redor naquele momento, geralmente desconsiderando o imponderável, aquilo que vai invadir sua realidade daqui a um minuto, um segundo, um pentelhésimo de segundésimo.

E o que é mais impressionante: às vezes pode ser simplesmente nada, assim como pode ser tudo de uma vez.

Ah, deixa eu pensar em algo interessante pra dizer...

Certo, eu gosto assim.

Não me empolgo até achar que esteja certo. Depois de tanto tempo, a gente aprende certos macetes da vida (acho) - ou pelo menos vê de forma diferente alguns detalhes.

É o sol. Deve ser o sol.

Gosto desse sol - mesmo que estivesse caindo uma tremenda chuva.

Nada, nada mesmo, como eu poderia ter imaginado há alguns dias.

04 outubro 2010

Hermético porém Lindão

Já perceberam que na segunda-feira todo mundo parece acordar com jeito de quem quer mudar a vida antes das 10 da manhã?

Todo aquele povo com quem você trabalha sorrindo na semana anterior, de repente acorda com ares de "levanta pra fazer faxina, que o momento é sério!".

Tipo... Se sua namorada quiser te cobrar pra marcar a data do casamento, vai fazer isto na Segunda-Feira, entre 8:35 e 9:40am, logo depois de seu chefe ligar lembrando do prazo para entregar aquele relatório de 108 página pra ontem.

Ufa! Não tenho chefe (nem namorada).

Yeps... Êta que a Segunda começou hostil, apesar do sol que brilha insistentemente na janela, os pássaros cantando, e o mar que vai invadindo a porta aqui da pousada.

Eu bem que sabia que merecia um final de semana tranquilo, e assim tentei fazer.

Pronto para as trombas!

"É, tô ligado que ultimamente o Who Farted não tem sido exatamente aquela Revista Quem em que às vezes se transforma, né mesmo?"

Se bem que eu acho que nunca foi. Apesar das aparências, nunca expus minha vida verdadeiramente pessoal a quem não possa interpretar.

Agora, tá.... Que tem gente pacas pensando que entende tudo, tem - mas isso deve ser normal.

Mas pense bem... Isso aqui deveria ser um blog pessoal, com uma visitação medíocre.

E de repente, mais gente que o necessário (em grande parte anônimos) que não tem nada o que fazer neste pequeno espaço, começa a querer saber sabe-se lá do que.

Pra mim, tá tudo certo, tudo belez, este endereço é propositalmente público e aberto a visitações, mas naturalmente a linguagem vai mudando, vai evoluindo como eu.

É, o Who Farted anda mais neurótico, mais hermético e não menos irônico (ou sim).

E como eu sempre digo, se escrevo neuroticamente é porque devo estar levando a vida de forma cada vez mais centrada.

Continua sendo legal pracas falar de sexo sem (quase) ninguém entender nada, falar de relacionamentos como se fosse... Enfim... Você me entende (ou não entende - e period).

Talvez não seja muito importante ser inteligente para criar um enigma, mas é preciso muita perspicácia para desvendá-lo.

Só te digo que a vida tá massa, e caminhando em passos largos.

(Sorriso de orelha a orelha.)

03 outubro 2010

Filosofia Química de um Domingo de Sono



Apesar de todas as leituras, conversas etílicas de botequim, informações escolares e textos exóticos de Internet, apenas a vida, e a vida apenas, ensina que o homem (e a mulher) é feito de desejos e atitudes - atitudes no sentido de buscar seus desejos com mais ou menos afinco.

E digo mais, apenas com o tempo de carreira, se descobre que é verdade que desejos são frutos de hormônios e rebuscadas químicas cerebrais.

Tanto para homens quanto para mulheres, a existência de hormônios masculinos e femininos com maior ou menor prevalência vai definir que tipo de relação gosta de ter com o sexo oposto (se mais carinhosa ou mais agressiva) e naturalmente definirá sua capacidade ou incapacidade para a tão desejada fidelidade.

Ainda por causa da quantidade destes mesmos hormônios, a pessoa vai ser mais ou menos apta a buscar seus desejos com afinco (a tal da atitude), ou vai ser mais propensa a gostar de esportes, esportes radicais, lutas marciais.

Já a existência da serotonina em maior ou menor quantidade no corpo da pessoa parece deixá-la mais alegre ou mais triste, mais sociável ou mais hermética, mais propensa a vícios e loucuras ou não.

Também parece que o corpo define, por bem ou por mal, se você tem vontade de comer carne, ou açúcar, ou carboidratos, frutas.

Ora, veja bem.... Me parece mesmo que a nossa tão cultuada personalidade e postura social nada mais é do que uma reação primária e instintiva de sobrevivência.

Que merda... 

E a gente que se acha tão inteligente... Tsk... Tsk...

Para alguns, isto pode ser a prova de que o homem é apenas um animal mimado. Para mim, é a prova da existência de Deus.

Mas o que mais me intriga nisto tudo é descobrir que a vida é mera química.

Estou em fase bastante instintiva.

Preciso estudar mais este trem de química. Isso rola de boa!

02 outubro 2010

Que Viva a Democracia


Daí o cara chega no "Restaurante Coma O Que Quiser", e pensa....

"Puxa, e eu posso escolher qualquer coisa?"

"Sim, qualquer coisa" - o garçom responde.

"E qual é o cardápio?" - o cara pergunta.

E o graçom...

"Temos Buchada de Bode, Sarapatel ou Dobradinha."

E é por este motivo que podem me levar preso, podem me expulsar do país, mas amanhã, mais uma vez, não vou perder meu tempo indo votar - entendeu?

Não acho que escolher entre Dilma, Serra, Tiririca ou aquela tiazinha brabinha do PV vai mudar a vida do país em nada.

Afinal, neste sistema de democracia ilusória, ganha quem consegue arrecadar mais dinheiro de grandes empresas com interesses na exploração do país, e consegue maior simpatia das grandes redes de comunicação.

Não me venham com essa conversinha anos 70 de que eu sou alienado, ou algo assim. Alienado é quem não está enxergando que ainda vivemos num grande feudalismo, no qual as massas são incentivadas a trabalhar para grandes empresas e assumir dívidas e prestações com grandes bancos para comprar uma casa, um carro, um cachorro e uma piscina (ou apenas um celular e uma tv de Led), levando a vida num zero-a-zero interminável.

O dia em que um governo de qualquer lugar do mundo dominar a arte de incentivar a iniciativa, o empreendedorismo, a extrema e ilimitada liberdade de pensamento e também dê acesso à difusão verdadeira e efetiva de idéias, poderemos chamar de democracia.

Por enquanto, o que temos é espertocracia autoritária baseada no estreitamento da linha de pensamento e peidologismo de ar-condicionado.

Mas deixa pra lá. Só sei que não vou votar, e ainda te provo que exercerei minha cidadania e influência política de forma mais eficiente que a sua - e estou fazendo isto neste momento, caso ainda não tenha caído a ficha.

Você ainda acha que democracia é ter eleições diretas e presidentes vindos do povo? Acorde.

De que adianta vir do povo através da propagação de utopias populistas e promessas de vantagens para todos, e depois que está no poder perceber que nem mesmo ele tem liberdade nenhuma para exercer suas idéias, que serão sempre sufocadas pelos senhores feudais?

Democracia é você, cidadão comum, ter o poder magno de influenciar, exigir e cobrar de quem estiver no governo do país, numa plena inversão do atual sentido da palavra "PODER".

Quem deve ser considerado PODER é o povo e não o governante, que deve se restringir a administrar o país de acordo com a vontade da maioria, e não da minoria mais influente.

Cabe ao governo sim, apresentar propostas e contratar ESPECIALISTAS verdadeiros que tragam soluções verdadeiras e não políticas às dificuldades da convivência em sociedade.

Não importa que tenhamos um rei, um governante vitalício, no governo.

Se o povo tiver os caminhos para interferir nas suas decisões, temos DEMOCRACIA.

Portanto, que se dê o quanto antes educação e informação ao povo, que se acabe com a obrigatoriedade manipulável de voto, que se proíbam políticas de cabresto como os Bolsas Família, e que se deixe o povo aprender a empreender, ter auto-estima, perder este espírito de esmoléu. Chega de valorizar concursos públicos, planos de carreira, direitos trabalhistas.

Vivamos num mundo real, palemordedeus! Em outras palavras, chega de incentivar o povo a baixar a cabeça e trabalhar para grandes corporações a preço de banana, exigindo direitos que nunca mudaram nem mudarão sua realidade de curral, são meros placebos sociais para lhes dar a falsa impressão de vitória.

Um bom governo democrático pode ter políticas de apoio ao carinha que afundou na merda sim, e sempre. Mas jamais de incentivo à mediocridade manipulável.

Democracia começa com acesso a informação e educação para aprender a gerenciar informação, aprender a enxergar o futuro, ter suas próprias metas e valores, sua própria religião.

Quando eu tiver de fugir do país, não tem stress. Pago a tal multa por não ter votado no cartório eleitoral mais próximo de bom grado e com um sorriso no rosto, para re-validar meu passaporte.

Fiz SIM, minha parte.

01 outubro 2010

Scarecrow


Já digo logo a verdade! Certas pessoas me dão medo - sério mesmo.

Pense no que é alguém que depois de um longo período em que passou ouvindo vozes e falando com o espírito santo então lhe encontrar na rua e ficar lhe perguntando com um olhar fixo:

"Você está bem? Você está bem?"

Yep! Acho que estou bem! - principalmente olhando pra você agora, acho que concluo que estou bem pra caramba, yabadabadú! - não contavam com minha astúcia né chapolim?

Mas mudando de assunto logo, pra não baixar o clima natural do momento, vamos logo levar o assunto para o universo feminino.

Uma gata com problemas no relacionamento me pergunta:

"Você namoraria comigo?"

"Certamente" - Eu respondo - "mas não me aconselho como namorado de ninguém"

Então, em modo pensativo dois dias depois, devolvo...

"Puxa, mas deveríamos ter namorado sério quando nos conhecemos. Teria sido legal"

"Ah, eu não sirvo pra namorar" - ela responde.

Digaí.... Um encontro destes.... É pra casar de vez ou não é? (putaquipariu)

Pense na alma gêmea. Se juntar, nascem logo 3 filhos, um cachorro e uma piscina no quintal em menos de duas semanas.

Somos duas figuras inóspitas em meio a esse montão de gente que espera na fila, né mesmo? Mas grandes parceiros de cerveja.

Enfim, se tem gente que me dá medo, eu devo dar muito medo em muita gente também.

Entro na padaria no começo de tarde com ressaca no dia seguinte, cabelo assanhado e camisa de caveira do Motorhead.

Ouço: "Virgimariamãededeusmariasantissimadopadimpadimcisso".

Bora mudar de planeta rapidinho.

Releve que a vida é leve.

Tchantchantchan!

Como Desarmar Uma Bomba



Por Adolph Klindemberg (tradução do Who Farted)

Bombas basicamente são compostas de uma porção de explosivo, um compartimento para explosivo, e um detonador.

O detonador geralmente possui um retardador, para que haja tempo para a fuga do local antes da explosão.

Detonadores e Retardadores podem ser moldados à base de atraso e detonação física, tais como pavios, podem ser "estartados" por impulsos elétricos e atrasados por contagem eletrônica pré-programável, ou as bombas podem ser montadas com detonadores por gatilhos de evento, tais como uma mina que dispara ao ser pisada, ou uma caixa bomba que dispara ao ser aberta.

Entendendo-se o mecanismo tríade de explosivo, detonador e retardador, é fácil entender que para desarmar uma bomba é necessário que se desfaça o contato entre detonador e explosivo, antes que o retardador acione o detonador.

Outra opção de desarmamento é o aceleramento controlado do retardador, quando existir esta possibilidade. Neste caso, leva-se a bomba até um local seguro e preparado para suportar uma explosão, sem crianças, nem mulheres ou animais domésticos por perto, e se dispara o explosivo antecipadamente - ou se espera que o retardador detone o explosivo a seu tempo.

Mas levando-se a primeira opção como a solução mais segura nos casos em que detonar ou remover a bomba possa ser um risco maior, é preciso se identificar os pontos de contato do detonador com o explosivo.

Em caso de detonação física por fogo e pavio, basta cortar o pavio entre a chama e o explosivo (mas seja rápido e preciso).

O contato eletrônico já exige mais cuidado. Geralmente, existem 3 fios, sendo um azul, um amarelo ou preto e um vermelho, conectados ao explosivo. Corte qualquer um deles. Você sempre terá 30 porcento de chances de explodir junto com a bomba, mas dependendo da situação, 70 porcento de chances de sobrevivência valem o risco.

Caso você tenha mais 3 amigos por perto, pode experimentar cortar os 3 fios ao mesmo tempo, deixando cada um de seus amigos com um alicate de corte em posição adequada, enquanto você vai para uma distância segura da bomba e sinaliza o momento em que todos os três devem cortar os fios sincronizados.

Neste caso, você tem 100 porcento de chances de escapar ileso, mesmo que a bomba exploda.

Nos casos em que a bomba funcionar por gatilho, a melhor opção é mesmo a explosão controlada. Para identificar onde está o gatilho, afaste-se até uma distância segura e solicite que um ajudante faça testes práticos. Nos pontos do objeto que forem tocados e remexidos e não houver explosão, o objeto está seguro.

Como você pode ver, desarmar uma bomba é uma tarefa relativamente fácil, principalmente se você puder contar com alguns amigos.

O mais importante, e também a tarefa mais difícil, é saber onde existe uma bomba, ou imaginar que alguém tenha motivos para acionar uma bomba.

Mas se nada explodir, não tem bomba.