Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

23 agosto 2015

Em Busca da Segunda Chance


Viva a bunda. É sempre por ela que as coisas começam e acabam. O homem olha a bunda de uma bonita moçoila, se apaixona por ela e gerencia a coisa toda até levar um pé na bunda da mesma.

É isso. Relacionamentos perfeitos não existem. Eles começam com safadeza, com percepções pouco profundas de quem são estas pessoas, um cheiro bom, um cabelo.

Meninas se interessam por mim imaginando, às vezes, o cabassafado ogro puxador de cabelos e superdotado que grita e toca guitarra no palco de um bar, mas terão de se deparar, indeed, com um gordinho de convivência fácil e que vive de chinelão e bermudas, comendo pizza e se arriscando em empreitadas malucas nos negócios - no drugs, no rock'n'roll, but some beer and sex.

Principalmente nos tempos de informação fácil, agilidade de comunicações e Tinder, é preciso se lembrar que um bom relacionamento amoroso com alguém precisa ser construído - não virá pronto, como já chegamos a imaginar em tempos remotos.

Sempre que conheço uma nova menina, seja ela ninfeta ou pós-ninfetona com méritos, estou pronto para enfrentar o primeiro tempo sabendo que provavelmente ela marcará três encontros no mesmo dia com outros caras, café, almoço e jantar, e deve saber gerenciar isso tão bem com seu megacelular cheio de apps que quase ninguém percebe, ou nem liga.

A esta altura, o caro leitor deve ficar imaginando que o título deste post se refere a uma busca por refazer a vida, após um primeiro "casamento", né mesmo? Mas não, né nada disso... Relaxe.

Não caia no pensamento cafona da geração X.

O que eu venho dizendo é que dada a dificuldade de se ter uma segunda chance com qualquer mulher que seja, na hora de se avançar do flerte para um primeiro beijo, é bem capaz que no dia em que isso acontecer, eu tenha finalmente achado a nova pessoa certa para minha vida da última semana.

Nos últimos meses, como ando lento, preguiçoso emocionalmente, e muito preocupado com a salada de batatas do meu restaurante preferido, que parece estar caindo de qualidade a cada semana, tenho batido recordes de abandono de posto e "no show" na hora que as meninas mais parecem querer me seduzir, sempre apostando eu num possível próximo encontro para resolver a situação com mais calma - encontro este que constuma não trazer os resultados esperados, pois as meninas parecem fingir que nunca jamais fizeram ou quiseram o que tentaram no encontro passado.

É verdade que nunca se sabe se a moçoila realmente está lhe dando mole. Geralmente, nem ela mesma sabe bem se é isso. São ímpetos, são testes, são um convite a que eu tome as devidas iniciativas, como geralmente o faria.

Por isso, uma segunda chance é incomum. Meninas bonitas têm uma frágil autoestima, por regra. São emocionalmente mimadas, e reagem mal a qualquer sinal de possível rejeição. Dar uma segunda chance, portanto, seria abrir a guarda excessivamente, seria assumir que ela quer, e portanto se expor à possibilidade de receber um não, uma noite blasé.

É tudo um jogo de baixo risco. E este jogo tem soluções interessantes, é como um xadrez.

E a merda é que eu tô nem aí. Só me lembro que ando precisando voltar a comer alguém com ritmo de repetição quando passo um sábado em casa tomando cerveja sozinho e tocando guitarra para as paredes, afins de discutir física nuclear com alguém e fazer amor selvagem ouvindo Blues safado.

Contudo, eu em minha enésima fase blasé já descrita no WhoFarted, tenho apostado na segunda chance, este improvável segundo dia em que a ninfetona demonstre as mesmas atitudes e aberturas, como um rito de passagem.

Sobre as últimas semanas, precisa mesmo dizer? É claro que não comi ninguém.