Who Farted? - O Blog.
O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.
Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.
Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.
10 junho 2011
Rompantes Guitarrísticos de um Blueseiro
Acabo de comprar um velho amplificador todo valvulado para guitarra, de 50w.
Quem sabe do que estou falando, deve ter entendido logo a situação: é pau!
Engraçado dizer isto, pois pouca gente hoje em dia sabe que toco guitarra, bateria e synths, e que apesar de meus 11 anos sem por a mão na massa, ando voltando a me engraçar destes apetrechos musicais interessantes.
Ainda em São Paulo, pouco antes de me mudar para a terra do sol poente, costumava trabalhar agenciando minhas modeletes com um amplificador Marshall de 100w e uma guitarra Washburn escondidos embaixo da mesa, que pegavam fogo depois que o expediente acabava.
Gosto muito da forma que toco Blues com jeitão vintage, meio roots, meio fingindo que toco mal. Devo ser um dos poucos guitarristas de Blues que aprendeu a tocar ouvindo caras como John Lee Hooker e fogem da adoração a Steve Ray Vaughan, Clapton e Hendrix.
E que fique bem claro que sempre engoli (escutei até furar) os vinis de Clapton, Hendix e Vaughan quando era moleque. Mas pra tocar, eu nunca quis ser assim tão bom quanto eles. Minha viagem sempre foi aquela coisa do neguim solitário com uma guitarra velha nas mãos pegando carona nos caminhões da roça e tocando nos puteiros, contando histórias de grandes feitos com a mulheres, cachaça e brigas de bar.
Mas não se empolgue. Isto não significa que agora me tornarei um guitar hero das noites recifenses fazendo estrepolias pelos bares locais.
Como acabei de dizer, fazem 11 anos que não dava real atenção à pobre da guitarra, e desde então tenho meus rompantes de volta ao batente que nunca duram mais que 1 ou 2 meses, nunca suficientes para acordar o leão adormecido.
É fato que no momento minhas mãos e dedos não respondem aos meus comandos, e provavelmente terei de insistir alguns meses mais entre 4 paredes antes de poder empunhar os primeiros acordes primários num palco.
Mas o fato de eu estar há mais de 3 meses tendo vontade de tocar guitarra pelo menos alguns minutos por dia é animador - é, caro músico, estudar por horas num mesmo dia é algo ainda distante pra mim, relaxe.
Minha guitarra é uma fuleirex de R$200, mas resolvi partir para ignorância e começar com um bom amplificador. Afinal, os grandes mestres como Bo Diddley e T-Bone Walker tocavam em guitarras sem preço... Piores que a minha.
Prometo que mês que vem, ou o outro, se eu me comportar direitinho darei mais um presente a mim mesmo e arrematarei uma Fender Strato americana de responsa.
Estou contente. Gosto destes rompantes desafiadores. Agora, é reformar o amplificador, trocar válvulas, por um falante de gente grande e pronto.
Meus vizinhos irão se arrepender se puserem o hit "Vou Não Posso Não" pra tocar na minha janela em alto volume mais uma vez.
Vá tirando onda pra ver.....
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Cabassafado Virado dos Ovos
E mais uma vez me deparo com alguém que se baseia na mera observação passageira para dizer que sou arrogante, esnobe, blasé.
E é, é?
Confesso, babies. O problema é minha falta de paciência com as pessoas. Sou chato mesmo. Mas sou legal.
Não por me achar melhor ou maior, mas por que sou meio autista mesmo. Meio doido. Falta-me capacidade de me conectar com pessoas normais. Gosto imensamente do silêncio da solidão e daquele sentimento meio melancólico de ir ao cinema sem ninguém pra roubar minha pipoca ou pra dizer que o filme é chato - ou pior, querer conversar durante a trama.
Incomoda-me profundamente tentar manter uma conversa num ambiente barulhento. Aliás, porque mesmo alguém vai querer discutir o destino do governo de Dilma durante um show de rock ou uma rave?
Também, é fato que muita gente deve se sentir ameaçada quando ao me perguntarem numa conversa de bar se prefiro Skol ou Schin, eu respondo Muller, Stella, Heineken.
Mas não, definitivamente não se trata de esnobar, são meus gostos peculiares, adquiridos ano a ano, na conversa com amigos, nas descobertas e experiências. Gosto de botecos baratos e restaurantes italianos caros. Gosto de Havaianas, bermudas, camisetas de rock e adoro ternos Hugo Boss. Sou fã do Roberto, gosto de punk rock, adoro música classica autêntica, jazz cantado, e me encanto com Riachão, Luiz Gonzaga, Novos Baianos - e claro, gosto pra cacete de cantar Blues e fingir que toco guitarra.
Nada é uma questão de valor social.
Adoro conversar com meninas que se encantam comigo, principalmente se me encanto por elas. Mas não consigo ter paciência pra conversa de maluco beleza.
Não consigo reconhecer pessoalmente pessoas com quem converso no Facebook e Orkut. É preciso me dar um sinal de quem seja.
O mesmo se aplica a pessoas que mudam o corte cabelo, engordam mais de 50 quilos, ou encontro fora de seu contexto natural, tais como atendentes uniformizados que me encontram sem uniforme ou professoras de yoga que aparecem vestidas para matar numa rave misteriosa.
Mas ser indelicado? Jamais.
Tenha coragem de encarar minhas feições por vezes tensas pela timidez incalculada ou marcadas por tantas decepções que o tempo naturalmente traria a qualquer um, e encontrará um sorriso aberto e franco de alguém que deseja sempre o melhor, venha de onde vier e cultiva um certo mal-humor sarcástico viciante.
Às vezes não estou inspirado para conversar, mas gosto de estar ali.
Conviver comigo é uma montanha russa num ambiente sem gravidade, e os poucos eleitos que atravessam a bolha sabem do prazer que tenho com suas presenças e assuntos, do carinho com que sempre estou cuidando sutilmente para que tudo dê sempre certo.
Agora, não posso evitar o fato de ser lindão de mais da conta e irresistível para modelos famosas que teimam em tentar me agarrar - sim, eu sou o foda.
Quer saber? Macho Alfa é pouco. Eu sou é o Cabassafado Alfanumérico das Estepes.
E tenho dito!
I'm drinking TNT and smoking dynamite!
Tá. Deixaquieto. É sono,ouvido tampado (ainda), e ovo virado.
09 junho 2011
Hellafucking Usual
Eu, assim como outros milhões de pessoas em idade sexualmente ativa nos tempos de todo mundo é de todo mundo, estou sempre no final de algum relacionamento.
Claro, relacionamentos que duram uma semana, e se completam com uma semana ou mais de pequenas baixarias no que todas as relações de ordem sexual entre duas pessoas acabam por terminar - falo desta forma, respeitando a grande gama de possibilidades a que a sociedade está aberta hoje em dia, e cada um que cuide bem do seu você sabe o que.
Quando a outra parte em questão é uma mulher (e disso, posso dizer que entendo, graças a meus quarenta anos dos quais grande parte trabalhando com a mulherada) a coisa sempre acaba numa técnica utilizada largamente por elas, chamada "bomba de isolamento social".
A B.I.S. atende às necessidades imediatas de defesa das moçoilas contra o seu maior medo neste momento de final de relação: ver o ex-qualquercoisete pegando alguma de suas amiguetes parceiras de baladas.
Sim, caros leitores... Se você, sendo homem, reclamar que uma ex-moçoila sua andou ficando com seus amigos, elas dirão que você é infantil e inseguro, mas se a situação se inverter e você acabar pegando uma daquelas amigas gostosinhas dela, surgirá um animal belzebuzado de rabo pontudo capaz de furar seus pneus e fazer telefonemas noturnos com frases rápidas de alto impacto.
Mas, geralmente, graças à B.I.S. esta é uma situação que se torna largamente evitável, salvo se sua ex-peguerete tiver uma bela amiga querendo se vingar dela, e aí sim, você não precisa nem fazer muita força.
Mas vamos deixar de lero-lero e explicar mais sobre a tal "bomba de isolamento social", pois afinal isto é informação de interesse público.
Sempre que uma moçoila entra em fase de final de relacionamento com um homem, ela toma o cuidado de fazer uma lista das suas piores trepadas, suas indiossincrasias, seus piores atos anti-heróicos, e os divulga com alguma dramatização e algum incremento entre suas amigas mais interessantes.
A ideia naturalmente, é blindar o novo solteiro do pedaço.
Então, se você parecia o homem dos sonhos para aquele grupo de garotas interessantes enquanto estava pegando aquela gata, ao final do processo B.I.S você se parecerá com um cara sem-noção, meio brocha e provavelmente veado, visto que perdeu o interesse por ela, a última bolacha do pacote mais caro da bodega.
Naturalmente, após algumas semanas, sua ex-agarrete estará de volta à sua cama, como grande amiga de transadas ocasionais e absolutamente compreensiva com os ratos e baratas de sua residência, enquanto todo aquele grupo que estava em volta dela, começa a te olhar meio desconfiado e meio com peninha de sua pobre pessoa.
A solução ao estilo vicking é sair fazendo a rapa entre estas amigas da sua ex-numtemtuvaitumesmo e deixar que cada uma delas tire suas próprias conclusões a contragosto de sua atual amiga.
Mas pra quem não é Thor, o melhor é deixar pra lá e se resignar, pois infelizmente mesmo as meninas mais bem dotadas intelectualmente acabam por demonstrar esta pequena falta de, digamos, tato num momento de "rejeição".
Talvez, a maior diferença entre meninas e meninos desde a escolinha é que homens são treinados para suportar a rejeição das garotinhas e partir pra outra. Mulheres são treinadas para achar que qualquer homem deve se apaixonar por elas se elas se mostrarem interessadas.
Eu não vejo muitos homens dizendo que as mulheres que lhe rejeitaram são sapatinhas ou têm a perereca mal-lavada, salvo quando isto condiz com a verdade.
Mas sim, caras moçoilas e moços leitores deste veículo de crônicas sociais da nova geração, já fui muito vítima deste tal de B.I.S. e dou um grande conselho para os nobres colegas que já passaram por este tipo de bullyng: vão tomar cerveja gelada e ouvir um CD do AC-DC no talo, pois o que se ouve de você por aí, você já ouviu bem pior dos outros pela boca de uma linda mulher, e afinal o mundo é uma grande cidade de interior.
Quanto a mim, lindas meninas, jamais fiquem se perguntando ou inventando razões imaginárias pelas quais eu tenha me desinteressado ou porque nem quis te levar. Eu me desinteresso rapidamente de qualquer coisa. Dizem que é síndrome de brinquedo novo, ou algo assim. Que seja. Não é nada com ninguém. É o mundo, é o mundo...
Como mesmo viver sem elas e seus carinhos? (eita, que final romântico)
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05 junho 2011
Monroe Knows It All
Confesso que sou fã do cachorro "Pipoca" do reclame da Pedigree.
Aliás, não era isso que eu ia falar... Peraí.
Existem momentos em que eu penso bastante, tenho muitas ideias a respeito da capabilidade de resistência das supercordas (vá para o Google) ou a energia que poderia ser criada se conseguíssemos amarrar uma linha de pensamento em um dínamo gigante, mas ao final, paro, repenso e não pareço ter vontade de compartilhar as minhas maiores conclusões.
Não há muita coisa que eu me perceba pensar sem um pouco de direcionamento intencional.
E quantas pessoas, na verdade, vivem num mundo que eles gostariam que existisse, mas não existe?
Se eu fosse traduzir o atual momento em uma mulher, provavelmente seria Marilyn Monroe.
Ou, para os fracos de imaginação, eu talvez esteja dizendo que as coisas não são bem aquilo que parecem ser, mesmo que a beleza do momento chame sua atenção.
Eu não deveria ter saudades de tantas coisas e pessoas. Eu não aprendi a deixar passar o mundo.
Sinto falta da cobertura do edifício em São Paulo e seu deck com piscina banheira, de pirulitos de coração, passeios nas cachoeiras do mato fechado, da canção Nothing Compares 2 U, das conversas etéreas, do Jack (o que hit the road), do número 44, isso para não citar outro zilhão de coisas sem sentido para qualquer um, salvo para mim mesmo.
Estou um pouco sem senso de humor. E surdo. Surdo mesmo... Ouvido entupido há dias.
Deve ser o tanto de merda que passa pelo meu ouvido médio todo dia... (tem soda cáustica aí?)
Juro pra você. Minha vida daria um blog.
Relaxe, contarei mais e mais. Mas não agora.
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