Viva a bunda. É sempre
por ela que as coisas começam e acabam. O homem olha a bunda de uma
bonita moçoila, se apaixona por ela e gerencia a coisa toda até
levar um pé na bunda da mesma.
É isso.
Relacionamentos perfeitos não existem. Eles começam com safadeza,
com percepções pouco profundas de quem são estas pessoas, um
cheiro bom, um cabelo.
Meninas se interessam
por mim imaginando, às vezes, o cabassafado ogro puxador de cabelos
e superdotado que grita e toca guitarra no palco de um bar, mas terão
de se deparar, indeed, com um gordinho de convivência fácil e que
vive de chinelão e bermudas, comendo pizza e se arriscando em
empreitadas malucas nos negócios - no drugs, no rock'n'roll, but
some beer and sex.
Principalmente nos
tempos de informação fácil, agilidade de comunicações e Tinder,
é preciso se lembrar que um bom relacionamento amoroso com alguém
precisa ser construído - não virá pronto, como já chegamos a
imaginar em tempos remotos.
Sempre que conheço uma
nova menina, seja ela ninfeta ou pós-ninfetona com méritos, estou
pronto para enfrentar o primeiro tempo sabendo que provavelmente ela
marcará três encontros no mesmo dia com outros caras, café, almoço
e jantar, e deve saber gerenciar isso tão bem com seu megacelular
cheio de apps que quase ninguém percebe, ou nem liga.
A esta altura, o caro
leitor deve ficar imaginando que o título deste post se refere a uma
busca por refazer a vida, após um primeiro "casamento", né
mesmo? Mas não, né nada disso... Relaxe.
Não caia no pensamento
cafona da geração X.
O que eu venho dizendo
é que dada a dificuldade de se ter uma segunda chance com qualquer
mulher que seja, na hora de se avançar do flerte para um primeiro
beijo, é bem capaz que no dia em que isso acontecer, eu tenha
finalmente achado a nova pessoa certa para minha vida da última
semana.
Nos últimos meses,
como ando lento, preguiçoso emocionalmente, e muito preocupado com a
salada de batatas do meu restaurante preferido, que parece estar
caindo de qualidade a cada semana, tenho batido recordes de abandono
de posto e "no show" na hora que as meninas mais parecem
querer me seduzir, sempre apostando eu num possível próximo
encontro para resolver a situação com mais calma - encontro este
que constuma não trazer os resultados esperados, pois as meninas
parecem fingir que nunca jamais fizeram ou quiseram o que tentaram no
encontro passado.
É verdade que nunca se
sabe se a moçoila realmente está lhe dando mole. Geralmente, nem
ela mesma sabe bem se é isso. São ímpetos, são testes, são um
convite a que eu tome as devidas iniciativas, como geralmente o
faria.
Por isso, uma segunda
chance é incomum. Meninas bonitas têm uma frágil autoestima, por
regra. São emocionalmente mimadas, e reagem mal a qualquer sinal de
possível rejeição. Dar uma segunda chance, portanto, seria abrir a
guarda excessivamente, seria assumir que ela quer, e portanto se expor à possibilidade de receber um não, uma noite blasé.
É tudo um jogo de
baixo risco. E este jogo tem soluções interessantes, é como um
xadrez.
E a merda é que eu tô
nem aí. Só me lembro que ando precisando voltar a comer alguém com
ritmo de repetição quando passo um sábado em casa tomando cerveja
sozinho e tocando guitarra para as paredes, afins de discutir física
nuclear com alguém e fazer amor selvagem ouvindo Blues safado.
Contudo, eu em minha enésima fase blasé já descrita no WhoFarted, tenho apostado na
segunda chance, este improvável segundo dia em que a ninfetona
demonstre as mesmas atitudes e aberturas, como um rito de passagem.
Sobre as últimas
semanas, precisa mesmo dizer? É claro que não comi ninguém.