Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

23 maio 2011

Um Pulinho Até Ali



Era uma tarde ensolarada perdida nos dias, sem nada que a pusesse em destaque na semana, quando acordei meio zonzo, desorientado, ao lado de uma bela menina de cabelos negros tingidos e corte modernoso, smelling good as angels should, maquiagem nos olhos, e um jeito melindroso viciante.

Estava numa casa grande, uma suíte com uma larga janela com vista para um jardim cheio de árvores, e uma brisa interessante entrando pelo quarto.

Sento na cama, faço uma pausa pra tentar me situar, olho para ela e digo:

“Preciso te falar uma coisa importante... Sério, presta atenção.”

Ela me olhou com cara de quem já esperava que eu puxasse uma conversa assim, e respondeu:

“Ah não... Até já sei o que você quer dizer... Não começa a complicar as coisas.”

Fiquei meio constrangido, porque vi que a moçoila esperava que eu fosse entrar numa D.R. ou algo assim. Mas não, definitivamente este não era o assunto da conversa.

“Não fica chateada não, babe, mas não é bem isso que você está pensando.”

O problema é que eu estava ali e tinha certeza de que tinha uma relação qualquer com ela, entendia quem era, percebia os laços, mas tinha de explicar a real:

“ Eu simplesmente não me lembro como foi que eu cheguei até aqui. Não me lembro quem é você e apesar de saber que te conheço, nem seu nome eu sei.”

Não era amnésia alcoólica não.

Eu tinha sinistramente viajado para o futuro dentro de meu próprio destino, ao estilo Efeito Borboleta, o filme tosco.

Mas, como explicar isto a alguém sóbrio?

Eu sabia que estava num sonho, mas não parecia ser. Era tudo concreto e numa linha de tempo absolutamente linear.

Não houve diferença na realidade depois que acordei, alguns minutos depois.

Este é o Who Farted, e portanto, deixo que os Whofarteders tentem descobrir o que é verdade e o que fantasia nesta história maluca.

Aliás, é bom esclarecer que é melhor nem eu mesmo tentar separar isto.

Black Water, black water.

Mas o sol está lá fora.

19 maio 2011

Crônicas de Mais Uma Noite


Na noite, é comum encontrarmos aquelas meninas incríveis que misteriosamente resolvem nos provocar, como quem diz “pega-me se for capaz”.

São sereias da cerveja e da vodka, geralmente doces visões da encrenca grossa.

Elas aparecem em ondas como o mar, cada uma a sua época, deixando os protagonistas das situações louquinhos, louquinhos.

Sim, você entendeu certinho, meu camarada. É o que o cara poderia chamar de grupie depois que fica famoso com algum hit ao estilo Festa no Apê.

Elas podem jogar seus olhares sedutores a vários trabalhadores do palco ao mesmo tempo, criando uma competição leal entre os interessados.

Já vi de perto alguns namoros sérios começarem assim, e veja que contradição danada.

Algumas destas belas criaturas da noite são simplesmente fêmeas de alguma espécie bovina não muito rara, outras não querem nada com absolutamente nada, e outras querem elevar sua autoestima, num egoísmo relacional incrível.

Mas de vez em quando, sim, meus caros leitores, aparece uma daquelas figuras míticas que te fazem guardar pífias esperanças de que naquele olhar meio amortecido haja verdade apenas em sua direção, ou no máximo pra mais um ou dois.

Não me interprete mal, babes. Ainda não sou quem se encantou pela princesa da torre do castelo mal-assombrado, ainda que facilmente poderia, não fosse minha carteirinha de tiozão da Harley.

Ah, se poderia.

Mas aqui, faço uma observação genérica baseada num déjà vu.

Existem meninas que são o trigo no meio do joio, cuja riqueza de personalidade é tão adorável e admirável, que você realmente gostaria que ela não estivesse ali pra mais ninguém na roda dos encantados.

Estas estão longe da categorização de "grupie". Geralmente, estão ali por acaso de um momento da vida, um final de namoro, ou por causas nobres como boa música, boa conversa e diversão.

O mundo da música merece. Que sempre apareçam por aí.

Ora, então não me venha dizer que estou sendo dramático, dona maria.

Quem não me conhece que me compre baratinho.

Mas, falando um pouco sério, confio na minha doutrina cabalista.

Até lá, deixe-me ouvir o choro dos que caem.

Como diria o Bin Láden na canção em parceria com Chororão, “Se não é o que vai fazer você feliz, bomba neles!”

E que este post seja apenas um comentário absolutamente en passant sobre um flash de memória que me veio de susto e faz jus ao velho WhoFa.

O Falcão já dizia: "É preciso muito equilíbrio emocional".

Ô lá em casa.

16 maio 2011

Quem Falou em Chuva?


Momento de sol a pino. Tudo tão bem, que às vezes me incomodo com a obrigação de continuar, seja lá o que for que acontece.

Sempre me fascina, o horizonte.

Mas as coisas boas vêm, muitas vezes disfarçadas de crises, sejam no amor, no dinheiro e até na comida.

Às vezes de tanta coisa errada que acontece a gente se obriga a se mover.

Mas já que trisquei no assunto, definitivamente não me reconheço nas fotos que vejo de mim mesmo nos últimos meses. Não são eu – é preciso levar a sério o projeto da dieta saudável à base de Coca-Cola Zero e bolo de chocolate diet.

Mas não sou vilão. A vida não seria boa se não tivéssemos a liberdade de nos liberar das obrigações sociais e divinas vez ou outra, e apenas se deitar ao sol, sem querer saber de saúde nem conversa mole, assim como fazem os calangos – apenas fazer o que sente vontade, sem se preocupar com a sociedade e a sobriedade.

Neste último final de semana, mais uma vez percebi como deixo algumas meninas confusas com atitudes assim, descuidos do não, otimizações do sim.

Às vezes machuco, ou abandono sem prévio aviso. Mas, em tempo, as conversas pontuais acontecem nos reencontros casuais.

E assim aconteceu. E acho que o papo fluiu legal, me levou embora mais algum peso (mas não da barriga).

Ao contrário da maioria dos seres masculinos, não estou interessado na adrenalina de ganhar mais e mais dinheiro, muito menos em conseguir mais e mais sexo.

Gosto da justiça de apenas usufruir daquilo que sei que posso retribuir no volume certo, ou me sentiria batendo punheta (estou falando de dinheiro, agora).

Não é descaso nem desinteresse, não é assim que funciono.

Gostaria de ter a felicidade de escolher o que quero.

Mas a vida ensina que a vida que temos, as experiências que levamos, são o gatilho para o instinto, necessidades da alma, da vontade de repetir o que funcionou, e desafiar o que já te desafiou.

Escolha? Quem escolhe? A vontade vem como a fome, a vontade de soltar um pum Who Fartediano.

Dizia Freud que até a vontade de comer bolo de chocolate deve ter alguma coisa relacionada com a maneira que sua mãe te tratou.

E quem sou eu pra querer te dizer como funciona essa coisa de ser humano? Nem Deus sabe mais o que fazer com isso.

Provavelmente, perder-se de paixão por alguém deve ter algo relacionado com o tanto de bolo de chocolate que você come.

E afinal, mesmo com vontade de meter um murro na cara de um ( e este é um outro assunto, mais longo e psicologicamente complexo do que o primeiro), fico contente por ter aprendido de uma vez por todas a não lutar contra o que sou.

Um cabassafado pernambucano rodado pelo mundo a fora comedor de coxinha e beirute. Tenho um gosto danado de bom pra comida, cinema, cerveja e mulheres. Música, nem tanto.

Peraí que vou atender o celular e já volto... Adoro programar PHP (melhor e mais intenso que xadrez).

Clean Shit.

05 maio 2011

Um Universo de Sutilezas


Talvez já tenha escrito sobre isso aqui antes, mas vale a pena a repetição esperta de certos temas.

Vamos tentar corrigir com errorex (branquinho) o mundo, mais uma vez! Uêba.

Há dias em que me pego tentando explicar aos incríveis e carismáticos garçons e garçonetes que me atendem diariamente que Coca-Cola gelada não é nem nunca será a mesma coisa que Coca-Cola com gelo.

É óbvio que quando peço uma Coca e um copo bem grande com muito gelo, e o garçom diz “não temos gelo, mas ela está beeeem geladinha...” com aquela cara sorridente de quem acordou e disse “bom dia sol, bom dia árvore” ele não entendeu que não se trata de querer o refrigerante mais gelado.

Ora, sibito.

Esse é o tipo de gente que compra croissant de supermercado, fofo e mais caro do que numa padaria, e finge que tá gostoso.

É a diluição da pretinha nas brilhantes pedras transparentes e o paladar do gelo na língua enquanto a gelada desce triunfante pela minha garganta seca num dia de verão que faz a diferença, e também a minha perdição no açúcar em alta dosagem – sim, pois espero não precisar explicar que Coca Zero não é substituto para Coca.

Mas tá bem... Vamos tentar novamente:

Peço espaguete ao sugo (Hmmmm).

“Mano, tem queijo ralado aí, meu filho?” - digo eu com cara de cliente feliz da vida.

“Eita, tem não... Só amanhã... Mas já tem bastante queijo no molho (seu chato)!” - diz o cozinheiro.

Certo, desisto de explicar.

O mundo está perdendo a sutileza, e ponto.

Ou talvez nem tanto.

Pode parecer cheesy, mas achei muito bacana o casamento dos príncipes na Inglaterra. Não assisti, mas gostei mesmo assim. Coisa de profissional, mesmo.

É engraçado que quase ninguém entende de verdade que o papel da realeza britânica naquele país é exatamente este, de manter as sutilezas e os carinhos da vida.

Eles são os grandes guardiões do legado de bons costumes da Grã Bretanha, responsáveis pela inspiração de um povo, e por fazê-los sonhar com um estilo de vida interessante, boa moral, ideais nobres.

Eles são a mesma coisa que os astros de cinema e o Miojo Bin Lámen são nos Estados Unidos.

E enfim, cada vez que um casamento da realeza acontece, isto inspira milhares de pessoas a seguirem seus passos e sonharem com um casamento massa, uma família, viver algo que valha a pena em suas vidas.

Se a mídia diária, os amigos, os livros inteligentes, as pessoas inteligentes dizem que agora no mundo ninguém é de ninguém, o casamento é uma instituição falida, família sucks, logo vem o Príncipe e inspira uma nação inteira a prestar atenção na vida, casa com uma gata deslumbrante da plebeleza, tá comendo bem, e diz ao povo faminto que “o sonho ainda não acabou – baixe mais o seu olhar na prateleira de vidro e encontrará alguns com bastante creme e açúcar ainda, se tiver uns trocados pra gastar.”

O primeiro mundo é mesmo uma lição de civilidade! Vivem nos ensinando coisas legais sobre moral e bons costumes.

Vejam o exemplo dos Estados Unidos.

Estão comemorando e mostrando ao mundo com orgulho o fato de uma equipe de milhões de dólares por semana, ter utilizado satélites e armamentos de alta tecnologia, contraespionagem e sua inteligência caucasiana superior para buscar um homem por dez anos e enfim matá-lo, sob ordens de seu presidente.

Por coincidência, isto ocorre durante o mandato de um presidente negro e de descendência muçulmana e jogam o corpo ao mar rapidamente, sem mostrar ao mundo a cobra que o pau matou.

Vou parafrasear o próprio Obama em sua frase no dia anterior ao ocorrido, durante sua reunião anual com a imprensa:

“Está na hora de você(s) se preocupar(em) com algo mais importante como, por exemplo, se o homem foi mesmo à lua ou não” - ou qualquer coisa parecida com isto, citando o fato de ter mostrado a cobra no caso da acusação de ele não ter nascido nos states.

Fica também a pergunta: Que dificuldade mesmo teria uma equipe que conseguiu matar o Bin Lámen e viajar à lua em conseguir uma certidão de nascimento legítima que poderia dizer até que o Obama é branco queimado de sol?

Bem, deixa eu ver de novo aquelas fotos na lua com três sombras...

Realmente inspirador. Uma lição de vida, que diz...

“Não tem gelo? Vá tomar sua coca num lugar mais bem equipado.”