Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

17 fevereiro 2017

Meio Sem Assunto Pra Hoje


Tem dias que me sinto um velhinho, de milenovescentos e setenta e um.

Todo mundo tem seu tempo de se perguntar se é bonito o bastante, bacana o bastante, inteligente ou rico o suficiente. Provavelmente, se você seguir o rumo da maioria dos que envelhecem sadiamente, vai trocando estas questões por outras mais maduras tais como "será que ficarei careca?".

A esta altura da vida, não tenho mais dúvidas de que sou um cara por quem as meninas podem se apaixonar sem culpa.

Apesar de me aceitar cada vez mais exatamente do jeito que sou, meio ranzinza, um tanto esquisito, tenho me esforçado para ser melhor para mim mesmo a cada dia, e isto de forma cada vez mais intensa. Um dos principais focos de meus esforços tem sido, mais uma vez, aprimorar a capacidade de não tentar controlar o mundo e seus habitantes estranhos.

Afinal, apesar de eu sempre ter razão sobre tudo, nem sempre todos reconhecem isso.

Eu tenho essa tendência a tentar controlar o que as pessoas de quem gosto podem ou não podem fazer perto de mim. Não por mero controle, mas para manter as coisas boas, criar um ambiente favorável e protegido desta selva sem ética em que nossa sociedade se transformou no campo dos amores.

Mas estou melhorando em deixar isso pra lá, de verdade. Enfim, se algo parece errado, vou ali cagar no mato, e que se dane.

Aliás, pensando bem... Sei lá, acho que estou inventando isso, para ter o que escrever - nunca fui tirano com ninguém.

Os gurus do espaço sideral têm me ensinado a observar o que acontece e não tentar evitar. Observar mostra as coisas como realmente são, enquanto evitar que coisas aconteçam pode criar ilusões e fantasias, pessoas irreais que podem te decepcionar fortemente.

E isto tudo se aplica à minha velha mania de deixar pra lá, deixar ir. Eu sempre fui bom com isso nos outros aspectos da vida e péssimo quando se tratava de amor. Mas também, nunca fui de esquentar demais as cadeiras.

Pois bem, hoje estou sem assunto. Alguma coisa está mudando em tudo.

Mas parem de tentar entender o que quero dizer quando escrevo meus posts whofartedianos. O tempo tem mostrado que as interpretações fogem muito à realidade. Não é bom tomar decisões na vida baseadas nas minhas reflexões de madrugada, acredite.

Vou ali construir um foguete.





05 fevereiro 2017

Aniversário De Novo?


Não sou um cara muito ligado em astrologia, mas este foi o ano que realmente me fez acreditar no conceito de inferno astral. A notícia boa é que meu cachorro não morreu e meu fogão não explodiu, mas todo o resto, de pequenas chatices e aporrinhações, até uma rara invasão de baratas voadoras, tudo de estranho aconteceu, poucos dias antes de eu completar mais um ano neste planeta. Torcendo para que após o soprar das velinhas, tudo comece a funcionar de novo em minha vida.

Apenas para constar, não tenho cachorro nem fogão, e como você pode perceber, esta minha mania de leveza, me livrou de alguns momentos de tristeza. Em compensação, cheguei à conclusão de que o Mickey na verdade é um timbu e não um rato.

Eu sou um tanto ranzinza com toda e qualquer festa do calendário de comemorações de qualquer coisa, então não comece agora a achar que estou achando ruim ficar oficialmente um ano mais velho. Não gosto de natal, ano novo, carnaval, páscoa.

E por falar em inferno astral e carma, estas duas coisas devem se potencializar em mim, um caba que, odiando carnaval desde pequeno, nasceu no meio dos festejos, em Recife, terra do Frevo, e atualmente mora em Olinda, terra do... hmmm... putz... do axé (a bebida), do loló e do xixi no muro.

Como todos sabem, após uma certa idade, aniversário não é exatamente uma comemoração, mas uma lembrança de que nada é infinito. E esta é exatamente a razão das festas - já que tudo um dia vai acabar, é melhor começar a beber logo por qualquer razão.

Se alguém quiser me dar presentes, mande minha parte em cerveja.

Neste ano, tomarei uma cerveja em comemoração aos grandes sobressaltos da vida. 2016 foi um ano esquisito em que tudo de bom e de ruim aconteceu. Esse comecinho de 2017 só pode entrar em inferno astral pois, pouco antes disto, estava em paraíso completo. De nada disso posso reclamar.

Chegando agora aos 46, ainda me espanta que eu tenha escapado ileso de todas as amarguras da vida chata de quem vai envelhecendo e desistindo de tudo. Ainda hoje, vivo de ideias malucas, tenho relações instigantes e sonho com situações absurdas. Meu único defeito é não agradar muito a todo mundo, o que em última análise, apenas reforça minha convicção em seguir no caminho de minhas utopias, e sempre transformando meu ambiente um pouco naquilo que me faz bem. Afinal, para agradar a todos eu teria de abrir mão de tanta felicidade, tanta coisa boa, que aqui e ali me faz gostar de viver, sempre.

Completo mais um ano com tudo errado. Tudo errado de cabo a rabo. Chateado com muita coisa, irritado, ranzinza. Mas na direção certa - Headache Boy.

Continuem me amando ou me odiando, ou mesmo me ignorando. Só deixa eu aqui, curtindo mais de tudo isso. Convivência, eu sei bem, é foda. Não é mais feliz, quem domina esta arte, te garanto.

Se não faltar cerveja, o resto a gente desenrola.

Simbora, pra mais ano de epopeias e aventuras silvestres urbanas. Não desejo que este ano seja melhor. Que seja o que tiver de ser. Gosto assim, entenda. Que graça teria, se tudo fosse apenas vitórias?

Apenas para ser ainda mais chato, notem que o número do meu celular mudou há alguns meses, e o meu Facebook é bloqueado para mensagens na timeline. Então, não fique chateado ou chateada se não conseguir falar comigo. Faz parte. Nos vemos por aí.


03 fevereiro 2017

Alive And Kicking II


Mesmo que nem pareça, tudo anda muito vivo e pulsante como um rato buscando a saída do labirinto na gaiola. Talvez tão vivo, tão ativo, que na falta de ar, chegue ao mesmo destino de tudo que vive - ou morre ou se caga todo.

Quer mesmo entender o Blues? Bote pra tocar um álbum do Luther Allison e outro do Freddie King e vá tomar uma ou duas cervejas geladas pra pensar sozinho na vida enquanto ouve.

Existem estas fases em que pouca coisa pode ser posta em palavras comuns. Tudo teria de ser dito em palavras inventadas, que afinal pouco diriam a qualquer um que lesse. Ou, se entendessem, veriam meras repetições. Tudo o que eu queria neste momento era a repetição dos melhores momentos, umas cervejas sinceras, umas deixadas soltas, conversas ao pé do ouvido. Menos marra e mais curiosidade.

Mais oxituemassa, sousim, borassimbora.

Não existem novas formas de deixar claro que estou presente de verdade, não como um golpista ladrão de corações, mas como um livro, um blog, aberto.

Neste último ano, eu não poderia ser mais eu do que fui eu. Tenho vivido, discutido, amado, tudo em um universo paralelo que não se conecta da mesma forma com o mundo real. Neste universo, acontecem coisas mirabolizantes que somem no plano terreno, se você me entende.

Mesmo assim, tudo está certo como deveria ser, visto que nada foi engano ou ilusão.

É apenas coisa de Platão, televisão de cachorro magro malandro, que morde mas mesmo assim não leva. Tem sido jogo ganho, roubado pelo juiz. Xero no cangote e vaitimbora.

(eu, se fosse você, deixava)

E lá venho eu, cheio de meus enigmas, escrevendo no Who Farted, apenas para deixar as ideias fluírem. Mas ninguém tem mesmo nada a ver com isso.

Ainda ontem, eu tava falando que enxergo meus relacionamentos como ondas de rádio, sinal de Wi-Fi. Existem várias frequências. Um não é vingança do outro, nem substituto. E às vezes, tudo poderia ser como ver TV enquanto acesso o Facebook.

Ao contrário do que alguém possa imaginar, no meu universo maluco não existe malabarismo, muito menos coisas do demônio. Amo sinceramente, posso ser fiel a duas, três mulheres enlouquecidas. Posso ser fiel a uma. Quatro eu já não garanto - seria muita dispersão.

Mas brincadeiras, ironias e realismos fantásticos fanáticos à parte, nunca há nada irresponsável nesta bagunça. Nunca é banda voou. Por mim, nunca nada é mera diversão, mesmo que sempre seja pelos bons momentos.

Nunca é escolha. Apenas deixo que cada frequência tome seu lugar naturalmente. É bom, às vezes, se permitir ser conquistado, apenas, ao invés de querer decidir tudo, o que é, o que não é.

Mas hoje... Hoje não sei mesmo. Se juntar tudo, não dá um filtro de barro. São fragmentos que se chocam, não se completam. Seria bom, se tudo fosse apenas soma e tentativas propositalmente frustradas de multiplicação.

Mas afinal, qual mesmo o problema?

Por que é que a esta altura tudo ainda é tão deixado de lado? - Se todos sabemos quem somos, como somos legais e tudo mais, era para apenas viver o lado bom e o ruim, ao melhor estilo single dos Beatles.

Não, não adianta fantasiar. Digo... Antes de qualquer coisa que possa parecer um enigma whofartediano, é preciso acreditar que tudo o que digo, neste caso, é sempre verdade. Quero ouvir mais sinceros sims.

Não sou lá flor que se cheire, mas também não sou cachorro não. Valho lá meus centavos de dólar.

Ok, vamos lá:

Meia calabresa, meia muçarela.

Let me sing my Rock'n'Roll.