Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

24 setembro 2011

Dias Estranhos II



Existem momentos em que tudo converge nitidamente, como se você fosse um ímã. As coisas fluem, se agregam, os movimentos são de alta positividade, coisa de comercial de margarina sem gordura trans.

Nestas horas é fácil ver a vida caminhando pra frente, se construindo.

Mas quando as relações pessoais e profissionais entram numa tendência turbilhonada de ruptura, em ritmo de Big Bang, nem sempre é simples observar as peças se estruturando.

É que o ser humano não tem chip dual core. É quase impossível enxergar a ordem do caos, aquele caos que acaba sendo apenas uma ordem não absorvida pela nossa tola noção de lógica.

Bom... Aí vêm os dias estranhos.

Aquele tipo de dia em que você sai pra comprar cigarros, tropeça numa pedra, derruba uma velhinha sem querer, o cara do lado não entende e fica puto com você, puxa briga, te dá um soco na cara, você revida, a polícia chega e te leva preso, na cadeia você conhece um velho pirata que te dá um mapa do tesouro e morre, você vai procurar o baú no Caribe e se perde numa ilha deserta onde morava uma bela donzela de seios fartos e escova definitiva no cabelo, tem três filhos com ela, constrói uma casa de bambu, cria um lobo do mato, faz uma piscina natural e vive feliz para sempre

Eu não tropecei em velhinha nenhuma. Mas andei chutando o pau da barraca por aí, sem paciência para ser político com a comunidade aqui da Transilvânia.

Preciso confessar que tem funcionado.

A vida acaba surgindo em sinais, e é bom arrancar da frente o mato seco pra deixar os passos mais soltos e a visão menos turva.

Ou como um amigo confessou à boca pequena por estes dias "estou precisando comer alguém".

Sim, my friend, todos nós, todos nós.

Estes dias estão mesmo estranhos.

23 setembro 2011

Muito Mais Que Isso



É preciso dizer. O Who Farted, pobrezinho, anda mesmo meio abandonado devido à avassaladora invasão do Facebook na minha rotina de Internet, assim como na vida de todos, não por um acaso.

E o tal do FB gera uma preguiça danada, pois você acaba se acostumando a escrever textos mais curtos e receber muitos comentários.

Mas oras, chupa que é de uva! Tô precisando escrever umas coisas aqui com maior frequência.

Os papos de sempre... Mulheres, música, anos 80, comida.

Tá, eu sei... Coisa de cabavéio que tem saudades de boa música, e da década em que se divertiu mais - E claro, de boas mulheres.

Boa comida, não. Isso eu como todo dia.

E vamos logo ao ponto G da questão... A coisa tá gelatinosa. É pisada fofa na farofa, e não estou falando de sexo.

Ontem fui ao cinema ver O Homem do Futuro. Filme massa, coisa fina mesmo, clichê de americano empastichado de novela brasileira, culminando num equilíbrio interessante para um filme que diverte e levanta toda aquela filosofia de sempre, de quando vemos filmes como De Volta Pro Futuro, Efeito Borboleta, Hot Tube Time Machine, entre tantos outros.

E a frase chave pra mim foi “As mulheres são sinceras em todas as direções”.

E são mesmo.

Mulheres costumam te fazer acreditar que te querem mais que tudo na vida num dia, te fazendo se sentir quase culpado de suas tristezas cotidianas, e com este mesmo argumento saracoteiam mundo afora como se vivessem um grande amor não correspondido, e isto, veja bem, sem em nenhum momento contar com sua participação nesta trama diabólica.

Pensa que isso é um caso solto? Pois sou capaz de jurar que cada mulher bonita que tenha me beijado na última década, se ler isto, pensará que estou falando dela.

Contudo, convenhamos e acabrunhemos que note que isto está longe de ser uma crítica velada ou mensagem subliminar dirigida a qualquer moçoila que ande a meu redor, e sim muito mais uma justificativa clara para o que estou tentando dizer ao planeta Vênus neste momento: Como diria o Arnaldo e o pintinho maconheiro, “socorro, eu não estou sentindo nada”.

Uns dizem que é depressão, dispersão, outros falta de testosterona, outros ainda que é mera boiolagem contida, mas a verdade que poucos querem ver é que minha cueca está recheadíssima com meu saco muito cheio.

E que fique bem claro que ainda que não fosse capaz de resistir a uma bela bunda, tenho tido pouco tempo para os jogos da conquista. Afinal, tempo a gente arruma quando quer, e eu não quero.

Se você lê meus textos Whofartedianos há tempos sabe que minha vida oscila mesmo desta forma, entre momentos de cafajeste pegador, momentos românticos e momentos blasé.

Pois bem, este é mais um momento blasé.

E por falar em cabavéio, tem essa coisa toda de estar na década dos 40, já tendo gasto quase 10% do tempo regulamentar em confabulações contraditórias que me levarão a outro Carnaval em Olinda.

E como o Homem do Futuro, fico pensando se havia algo que eu poderia consertar em tudo o que fiz até então no quesito mulheres românticas.

Talvez, eu tenha perdido a mulher da minha vida numa vida amorosa passada, ou talvez eu ainda a esteja por conhecer - quem poderia mesmo saber? A vida é feita de esquinas escuras.

Mas como eu disse recentemente pelo Facebook: “Como assim discutir o sentido da vida? Não está claro que é sempre em frente?”

E é fato, que andando sempre em frente, num mundo redondo, chances existem de que aquilo que era real, continue lá quando você der a volta inteira.

Deixemos que a vã filosofia discuta os entremeios, mas que jamais nos dite a conclusão.

Moral da história: Estou feliz e tranquilo, apesar do marasmo momentâneo.