Who Farted? - O Blog.
O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.
Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.
Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.
15 novembro 2017
Dias Estranhos III- A Maniçoba Selvagem
Eu sempre falo por aqui que sou claramente um desajustado a este mundo que me cerca. Mas nada pode ser pior do que você morar na beira da praia, sentir um calor infernal dentro de casa, um aperto no peito, e quando sair pra pegar um ar, se ver debaixo de uma chuva desnecessária e desavisada.
Então deixa eu aqui de volta mesmo, pra escrever umas bobagens.
Eu sabia, eu sabia de tudo isso.
Quando meu peito aperta, meu calo estoura e tenho aqueles sonhos bons pra roteiro de cinema, já sei que os dias estranhos estão chegando.
Mas o que mesmo estava me preocupando?
Não ter de dar satisfação a ninguém sobre o que faço ou deixo de fazer.
Tudo o que quero é dever satisfação. Deixe logo esse coração voar pra cá, e ficarei feliz em receber uma vassourada na cabeça, um vaso voando, um tapa na cara.
Mas por enquanto, não. Não devo nada. Isso é uma bosta, a esta altura.
Estes dias estão estranhos, gelatinosos, escorregando pelas mãos, enquanto as horas passam, as semanas se impõem, e pior, os anos gritam que somos bons demais um pro outro, e provavelmente estragaremos todos os planos da vida de cada um.
Clássico eu.
E só vai mesmo dar jeito assim, começando tudo de novo, a vida de cada um.
Ou então se acontecer da deusa das entranhas do amor selvagem surgir de um golpe de vento desgovernado e roubar meu coração num susto da vida, como aquela chuva.
Hmmm... mas não. Já tenho idade demais, pelo menos pra decidir o que quero.
Ainda hoje eu me lembrava do dia em que percebi que apesar da minha resistência, eu tinha arrumado sarna pra me coçar e pulga atrás de orelha. E o mais importante desta memória foi constatar que em cada momento, cada palavra foi absolutamente pra valer. Mesmo sendo cada uma medida com muito cuidado, ou até por isso mesmo, foi tudo verdade.
Eu gostaria de saber o que fazer, o que dizer, ou até mesmo de que porra mesmo estamos falando aqui,
Mas é tudo onda de mar. Tudo de pior que pode acontecer é dar errado.
E que medo é esse que as pessoas têm de errar na vida? Geralmente é mais rápido acertar assim, do que tentar dar a tacada certeira e pensada em cada detalhe.
É teoria de seleção natural.
Por estes dias, tive aquele clássico sonho das ondas gigantes invadindo a cidade. Mas foi legal. Um dia conto a história toda.
Enfim, a vida é uma mandioca selvagem da amazônia - demora mesmo pra cozinhar.
Assinar:
Postagens (Atom)