Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

05 maio 2011

Um Universo de Sutilezas


Talvez já tenha escrito sobre isso aqui antes, mas vale a pena a repetição esperta de certos temas.

Vamos tentar corrigir com errorex (branquinho) o mundo, mais uma vez! Uêba.

Há dias em que me pego tentando explicar aos incríveis e carismáticos garçons e garçonetes que me atendem diariamente que Coca-Cola gelada não é nem nunca será a mesma coisa que Coca-Cola com gelo.

É óbvio que quando peço uma Coca e um copo bem grande com muito gelo, e o garçom diz “não temos gelo, mas ela está beeeem geladinha...” com aquela cara sorridente de quem acordou e disse “bom dia sol, bom dia árvore” ele não entendeu que não se trata de querer o refrigerante mais gelado.

Ora, sibito.

Esse é o tipo de gente que compra croissant de supermercado, fofo e mais caro do que numa padaria, e finge que tá gostoso.

É a diluição da pretinha nas brilhantes pedras transparentes e o paladar do gelo na língua enquanto a gelada desce triunfante pela minha garganta seca num dia de verão que faz a diferença, e também a minha perdição no açúcar em alta dosagem – sim, pois espero não precisar explicar que Coca Zero não é substituto para Coca.

Mas tá bem... Vamos tentar novamente:

Peço espaguete ao sugo (Hmmmm).

“Mano, tem queijo ralado aí, meu filho?” - digo eu com cara de cliente feliz da vida.

“Eita, tem não... Só amanhã... Mas já tem bastante queijo no molho (seu chato)!” - diz o cozinheiro.

Certo, desisto de explicar.

O mundo está perdendo a sutileza, e ponto.

Ou talvez nem tanto.

Pode parecer cheesy, mas achei muito bacana o casamento dos príncipes na Inglaterra. Não assisti, mas gostei mesmo assim. Coisa de profissional, mesmo.

É engraçado que quase ninguém entende de verdade que o papel da realeza britânica naquele país é exatamente este, de manter as sutilezas e os carinhos da vida.

Eles são os grandes guardiões do legado de bons costumes da Grã Bretanha, responsáveis pela inspiração de um povo, e por fazê-los sonhar com um estilo de vida interessante, boa moral, ideais nobres.

Eles são a mesma coisa que os astros de cinema e o Miojo Bin Lámen são nos Estados Unidos.

E enfim, cada vez que um casamento da realeza acontece, isto inspira milhares de pessoas a seguirem seus passos e sonharem com um casamento massa, uma família, viver algo que valha a pena em suas vidas.

Se a mídia diária, os amigos, os livros inteligentes, as pessoas inteligentes dizem que agora no mundo ninguém é de ninguém, o casamento é uma instituição falida, família sucks, logo vem o Príncipe e inspira uma nação inteira a prestar atenção na vida, casa com uma gata deslumbrante da plebeleza, tá comendo bem, e diz ao povo faminto que “o sonho ainda não acabou – baixe mais o seu olhar na prateleira de vidro e encontrará alguns com bastante creme e açúcar ainda, se tiver uns trocados pra gastar.”

O primeiro mundo é mesmo uma lição de civilidade! Vivem nos ensinando coisas legais sobre moral e bons costumes.

Vejam o exemplo dos Estados Unidos.

Estão comemorando e mostrando ao mundo com orgulho o fato de uma equipe de milhões de dólares por semana, ter utilizado satélites e armamentos de alta tecnologia, contraespionagem e sua inteligência caucasiana superior para buscar um homem por dez anos e enfim matá-lo, sob ordens de seu presidente.

Por coincidência, isto ocorre durante o mandato de um presidente negro e de descendência muçulmana e jogam o corpo ao mar rapidamente, sem mostrar ao mundo a cobra que o pau matou.

Vou parafrasear o próprio Obama em sua frase no dia anterior ao ocorrido, durante sua reunião anual com a imprensa:

“Está na hora de você(s) se preocupar(em) com algo mais importante como, por exemplo, se o homem foi mesmo à lua ou não” - ou qualquer coisa parecida com isto, citando o fato de ter mostrado a cobra no caso da acusação de ele não ter nascido nos states.

Fica também a pergunta: Que dificuldade mesmo teria uma equipe que conseguiu matar o Bin Lámen e viajar à lua em conseguir uma certidão de nascimento legítima que poderia dizer até que o Obama é branco queimado de sol?

Bem, deixa eu ver de novo aquelas fotos na lua com três sombras...

Realmente inspirador. Uma lição de vida, que diz...

“Não tem gelo? Vá tomar sua coca num lugar mais bem equipado.”

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