Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

17 setembro 2016

Procriação e Procrastinação


Bora ser piegas de uma vez só, pra não pensar demais: mesmo nesse mundo louco, onde todos tentam fingir que não, o amor existe. Tenho provas irrefutáveis disto, e me preocupo.

É a gota d'água que cai na pedra quente, que tanto bate até que evapora.

É fato que em termos evolutivos o amor é apenas uma ilusão química, que nos estimula para a reprodução e o cuidado com as crias. Mas é bem verdade, também, que se este for o sentido da vida, não se permitir iludir é não se dar o direito de enxergar sentido na existência, e portanto, de alguma forma, se dedicar a apenas morrer sem fazer nada que preste.

Mas a constatação mais louca que sempre tive nesta vida, e que, a cada ano que passa, deixo de tentar desacreditar em minhas ilusões perceptivas, é que amar gera a tal conexão mental entre as pessoas envolvidas - provavelmente, eu sinto, nas madrugadas, a falta que ela começa a sentir de mim.

E não estou ficando louco - provavelmente, estamos falando de falta de cerveja (nela).

Diferente do que geralmente vejo em mim, mesmo assim não estou em clima de melancolia.

Devo estar velho pra tudo isso. O mistério destas percepções e mágicas ilusórias de sentido da vida é que, quando acontecem, trazem sempre um sentido de absurdo e de improvável. Aquele sentimento de perda que sempre dá o empurrãozinho final.

E no final, o que vale é que seus beijos me fazem bem.

Então, me deixa bem, por hoje.

Não vou estragar estes pensamentos postados aqui com um final cínico, desta vez.

A vida e seus encontros já são cínicos o bastante comigo.

Se eu tivesse de dizer algo neste momento, seria:

"Vê se para de me deixar ir embora assim, sem fazer nada, porque eu estou indo sem querer".

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