Sim, podem acreditar: eu realmente dou grande importância ao que sinto.
Sempre me importo, sempre acredito que de algo besta que às vezes poderia passar pela vida como só mais um flerte, num golpe de sorte ou azar, de repente pode ser o começo de toda uma mudança de valores e expectativas. Sim, não estou mentindo.
Nunca permito que o que possa ser bom se torne apenas mais um dia de curtição.
Mas carnaval, bom... Carnaval... "Que o diabo nos permita não se apaixonar..."
É preciso manter a prática esportiva, mesmo que seja apenas por olhar.
Chego na porta do bar, um DJ mandando rock'n'roll, moçada pagando entrada, seguranças na porta, digo:"Hmmm... Gostei daqui... Isso é carnaval"
Já de longe, um dos seguranças grita: "Bluestamontes! Entra aí....." (precisa pagar não... E tem bebida free) (estão falando minha língua, finalmente).
Entro... Olhando só por olhar, correspondendo olhares, dando um giro pela pista de dança, finalmente encontro olhares com alguém que talvez valha a pena, cercada por um povo estranho que não a deixa em paz...
Ela olha através do espaço entre as cabeças, eu respondo com meu olhar "te pego mais tarde", ela olha de novo, eu respondo... E penso: "Hmmm... ganhei meu sorriso da noite."
Comento: "Olha só que menina bonita... Parece um pouco com aquela atriz... êee" (fui cortado)
Um mané: "Cês viram quem tá aí??? A Leandra Leal!" (penso:"Ah... Era ela mesma que tinha pensado... Mulher daquele carinha que canta naquela banda)
É... É... (como diz a Leal) Enfim... Já sabe... Não comi ninguém... (e nem estava mesmo atrás disto)
Mas bebi um bocado, dei muita risada, ouvi tanto rock'n'roll que encheu o saco... Ouvi "I Love Rock'n'Roll","Rebel Rebel", noite boa, encontrando amigos e amigas ( de novo, não tive paciência para colar em nenhum grupo, mas valeu muito cada conversa de merda que tivemos).
Hoje, lendo meu último post, evoco o mesmo para dizer que ando mesmo com talento reduzido para percepção do significado das palavras.
Como escrevo merda... Tsk Tsk (tem dia que até eu me acho um resmungão sem motivos)
É incrível que, dependendo de seu estado de espírito, ou quantidade de minhocas que entraram pelo seu ouvido, numa leitura rápida o que escrevi poderia ser uma melancólica carta de adeus (mas não, putzzz... Imagina! Não mesmo), ou uma declaração de reafirmação de boas e melhores intenções ( e isto parece até coisa de cartório, que os deuses do carnaval nos livrem disto).
Mas sim, se eu tivesse de resumir toda a minha filosofia Who Fartediana destilada no falsamente melancólico post anterior em apenas uma frase, seria: "É impossível definir tudo o que penso em um espaço tão curto de texto."
Como dizia Gerard Mallet... "A última coisa que se diz a uma mulher é que você desconfia remotamente que passar um tempo ao lado dela poderia ser no mínimo muito foda (certas coisas não se dizem. Fazem-se saber)."
Ou ainda, citando Clara Moura (do livro A Andança) "... E depois de toda aquela festa, eu andei, andei, procurei, mesmo sem a mínima razão para acreditar que você esteve lá..."
Bonito, hein? ;)
Olhe para a figura no alto deste post, e você perceberá claramente que seu cérebro tenta corrigir e alterar a realidade, fazendo você pensar que as flores estão girando. Fica a lição: Os olhos, eu não sei, mas que a cabeça da gente vê coisa que não existe, ah vê.
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