Êta dia interessante. Estou aqui acabando a pré-produção de uma bela canção, o que é no mínimo esquisito - acabar a pré-produção é como acabar de começar.
Mas estou contente com os resultados. Coisas que gosto estão sendo forjadas nota a nota, com as tecnologias possíveis, e tenho tido bons momentos de reflexões, já ensaiando para o final do ano.
"Someone's gotta tell me what to do, someone's gotta tell me the truth"
Essa é uma frase que poderia muito bem ser repetida por aí, se eu morresse de overdose, ou me suicidasse com minhas cuecas amarradas no pescoço, mas acho que não levo jeito pra essa coisa de astro do rock, até porque estou muito velho para morrer de overdose.
Quando se está chegando aos 40, pode-se morrer de overage, pode se morrer de ataque súbito do coração, pode-se desparafusar de vez, separar da mulher, ser atacado por ninfetas maníacas e desencontradas da vida, essas coisas... Mas overdose e suicídio não são mais cogitados.
Então, vamos apenas deixar que esta frase seja notada ou gere empatia em alguém se algum dia alguém ouvir estas palavras semi-óbvias numa rádio de Internet qualquer.
Tenho composto um monte de novas músicas ultimamente, e são todas um tanto maníacas, como sempre são as coisas que faço. Falam de coisas corriqueiras que costumamos ignorar.
Afinal, o que separa os loucos dos sãos é que os sãos não fazem tudo aquilo que pensam, e o que separa os compositores e escritores do resto da humanidade é que eles te fazem acreditar que fazem aquilo que pensam, expressando artisticamente aquilo que pensam e não fazem.
Não poderia me classificar como compositor ou escritor, exatamente, mas vá lá... Pelo menos uso música e textos para viajar um pouco na maionese, criando mundos artificiais, e sempre acho algum desajustado que gosta do que faço.
Tenho escrito, para minhas musiquinhas divertidas, um bocado sobre os acontecimentos malucos deste ano,e por isso falo um bocado de dark sides, hentais, cabala, maluquices, caráter, falta de, coragem, e falta de.
Sabe que eu nunca paro no tempo, mas também nunca esqueço de nada que tenha me acontecido, e sempre uso estas experiências para tentar me entender, e tentar descobrir porque as pessoas falam que eu sou "uma figura".
Putzzz... Isso é um saco... Acho que sou um cara sério que às vezes é amado, às vezes odiado, e às vezes fico meio bobo mesmo - como todo mundo.
Ah sim! Também falo muito de tramas à la Janete Clair... Essas coisas de nego olhando feio pra você achando que você cagou na sala porque você estava ali perto, enquanto o cachorro está na cozinha, com o rabo fedendo - se é que você pode entender o que digo.
Uma das coisas que estão no meu livrinho de revisões é essa coisa que descobri recentemente, de que quando você se destaca, todo mundo tem uma tendência imensa de acreditar em qualquer coisa ruim que se cogite contra você, e não adianta tentar se defender, nunca.
Mas ao final, se você simplesmente continua se destacando, você continua se destacando, e as coisas ruins vão se diluindo - é essa a nítida impressão que tenho.
Ah, mas não tente entender essas coisas que estou falando (mode auto shrink on), pois os acontecimentos deste ano já nem têm muita importância, salvo pela análise disto tudo, pra virar música e pequenas lições que vez por outra, ainda que perdendo tempo, resolvo dividir com meus amigos.
Além do saldo ter sido muito positivo, tirando as chateações normais da vida, ainda rendeu assunto pra muita música.
E pra você ver... Ainda tem música falando de história de 2 anos atrás, mas essa é or concours, com toda aquela história de perseguição de mariposas e tudo mais...
Como eu disse.... Uma fase criativa.Vamos ver aonde isto nos levará.
Vou te contando.
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