Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

21 janeiro 2011

Covardia Num Ônibus Em Movimento


A covardia de quem solta pum em ônibus em movimento é equiparável à de quem solta pum em público sem fazer barulho – aquele que faz barulho dá a chance aos chegados de pelo menos fechar o nariz.

Estas coisas deveriam estar no livro Etiqueta Sem Frescuras, da Claudia Matarazzo (fica a dica):

“Pum social pode. Mas só é aceitável com um leve sussurrar de nádegas, para alertar os presentes. Não exagere no barulho, não é educado. Apenas o suficiente para informar que vem bomba por aí.”

Um dos mais importantes momentos do ritual de cultura fartológica é aquele em que as pessoas se perguntam “quem foi?”, “quem peidou?”, ou “Who Farted?”.

É que nem gol no futebol! - queremos nomes.

Sim, é importante. Não que alguém vá ser execrado da sociedade brasileira por peidar em público, mas é importante que pelo menos se deem chances aos mais conectados com as energias cósmicas de saber quem foi o autor da instalação.

Veja bem. Por isto mesmo, se considera “clássico” o pum de elevador.

Pum em elevador é chic, pois propõe imediatamente a união do grupo e rápida discussão social.

Quantas pessoas existem dentro de um elevador? Umas 8 a 10 nas hipóteses mais extremas, se estiver em um edifício do poder público, ou de um hospital.

Quer o yellow hand solte com ou sem barulho, a gente calcula pela cara de quem tá ali, e as possibilidades geralmente se fecham entre uma ou duas pessoas no máximo – é fácil pegar o culpado e lhe devolver aquele olhar de ódio por fazê-lo passar por aquele momento desnecessário.

Pois bem. Como eu falava no começo deste post, ônibus é sagrado – não é fair play.

Um latão em movimento retilíneo uniforme (MRU) permite que uma pessoa que solte um pum lá na frente, tenha seu momento de inspiração divina rapidamente arremessado contra a janela do fundo do veículo, e posto em circulação geral pela corrente de ar que fica fazendo voltas ali dentro, num redemoinho constante.

Se você está ali atrás e sente o cheiro, olha pra frente e vê umas 87 pessoas sentadas com a bunda virada para seu lado, e isto torna praticamente impossível, a solução do enigma.

Por outro lado, se você soltar lá no fundo, o cheiro se espalha pela frente, e todo mundo fica imaginando que foi o motorista, mas o cheiro impregnou geral.

Será que ninguém se toca desta sacanagem?

Nestes casos aúnica solução é todo mundo sair rapidamente para as áreas externas do veículo (foto ao alto deste post - um pum num ônibus de Jaboatão dos Guararapes)

Depois falam do mal cheiro do ar de Recife em alguns lugares...

Sinceramente, eu acho que esse povo anda é comendo muita macaxeira com charque de jumento.

O que eu falei sobre fidelidade há alguns dias? É isso que eu digo.

Tremenda falta de sem noção.

(Ah, você não pega ônibus? Se liga no aquecimento global e nas blitz da madrugada, borrabotas!)

Mas pum, é fowda... Assim também não dá.

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