Who Farted? - O Blog.
O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.
Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.
Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.
25 agosto 2010
O Cheiro
"Se existe algo que me surpreende é a capacidade que o mundo tem de mudar sem prévio aviso" - já dizia o célebre filósofo Lex Mean, enquanto vislumbrava as possiblidades absurdas dos minutos que estavam por chegar.
Mais assustador é perceber que o ser humano também percebe o futuro próximo pelo olfato, e não por imagens criadas em sua mente.
Existe um cheio ativo que surge na iminência de desafios, um cheio doce que surge minutos antes de algo muito bom, e um cheiro de merda antes de você pisar num presentinho na calçada (se seu olfato for aguçado).
Existem cheiros típicos de algumas mulheres também. Alguns, simplesmente tão sutis que seria impossível prestar atenção de forma consciente, e então, é de bom grado apenas deixar que os instintos gerenciem esta parte da melhor forma.
O verdadeiro predador não se mostra predador para a presa errada. Esconde sua capacidade de trucidá-la até o último e certeiro minuto, quando o cheiro for certo.
E como dizia o poeta Arnold S. (pseudônimo de um famoso ator de filmes de ação e político) :
"Não importa o quanto você preveja e planeje. O futuro é decidido em segundos, e por motivos mais passionais que pragmáticos, ainda que teimemos em acreditar nas chances que temos de pensar melhor."
Não, caros amigos. No futuro, não se pensa.
E ainda que me renegue o que parece a distância e o tempo, aquele cheiro está aqui - ela não.
Hmmm...
E aos que vêm de fora, parece prático procurar em meu passado quase distante. Aos que vêem de perto, é tolerante imaginar que ela está no passado próximo.
Mas aqui de dentro, te falo: está no passado perdido, quase despresado pela história, numa lembrança guardada por apenas um fino fio de matéria indesgastável. Fio esse que chovendo ou queimando a pele no sol, a faz ter vontade de dizer e aparecer de súbito.
Jump, jump here, jump jump there.
E a certeza que temos é que é tudo sempre tão tênue, como se sempre fosse estar ali, à espera do momento mais errado possível para vir à tona.
E sempre vem. Aquele mesmo cheiro.
E a presa se mostra presa, enquanto o predador enfim se mostra.
Como dizia o pensador Aleph Jatobá: "E tú fumou o que mesmo, hein?"
Não é preciso precisar, não é necessário querer, muito menos acontecer. Let it Be.
Deixemos que certos cheiros surjam em nossas lembranças apenas quando a cerveja estiver gelada.
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