Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

27 outubro 2010

Mudando de Assunto



Mera reflexão. Sério mesmo... Se preferir, não perca seu tempo lendo este post.

A cena musical, em qualquer lugar do mundo, é mesmo uma coisa paradoxal.

Talvez por isso, a gente vez por outra se afaste destas pessoas para resgatar um pouco de realidade.

Ao mesmo tempo em que muita gente consegue se inserir no mercado, encontrando seus caminhos no segmento que é no mínimo o segundo ou terceiro maior do mundo em movimentação de grana, existem aqueles parasitas que, na falta de entendimento dos mecanismos sociais, na falta de desenvoltura com mercados e principalmente pessoas, acabam se apoiando em projetos governamentais e outras muletas pseudo-mercadológicas para ganhar algum tutu que lhes possa ser útil na compra de pot (maconha) e outras substâncias essenciais para manter seu estado de fuga constante.

Se parece um pouco com aquele garotinho que nunca consegue se enturmar na pelada do bairro e o papai paga pra ele ter uma peladinha só dele por um dia, com jogadores contratados - que no dia seguinte seguem sua vida e esquecem do tal garotinho.

Geralmente nem falta de talento é. Trata-se apenas de falta de coragem pra pegar a estrada da forma que os grandes tiveram de fazer pra chegar onde chegaram, seja Banda Calypso ou AC/DC (que fez até uma musiquinha boa pra isso).

Não é difícil ver carinhas como estes chegarem perto de seus 50 aninhos de idade ainda morando com papais e mamães (ou apoiados moralmente por uma doce e carinhosa companheira que não vê a hora de encontrar aquela portinha de saída daquele inferno) por falta de uma base sólida própria ou mesmo por falta de coragem de enfrentar a vida dura de um adulto, vida esta geralmente cheia de altos e baixos, desafios a serem superados por conta própria - nada fácil pra quem precisa começar a ganhar a vida em barzinhos que geralmente os rejeitam ao menos sinal de falta de público ou profissionalismo (que,aliás, nem mesmo os bares na verdade podem se gabar muito sobre isto).

Sim, porque músicos, toquem bem ou mal, não podem esperar serem tratados como estrelas, se ainda não galgaram seu caminho até lá, repito, como todo mundo faz - e muitas vezes, este tipo de músico se acha tão melhor que os outros que morre tentando fechar um contrato milionário sem nem ao menos ter culhões para por o pé na estrada.

Este tipo de músico, acaba muitas vezes agredindo as pessoas à sua volta, em sinal claro de baixa auto-estima, e por vezes acaba auto-marginalizado, com medo de chegar junto dos grupos atuantes, pelo tanto de merda que fala pelos cotovelos - e fica imaginando que as pessoas querem vê-los pelas costas, quando às vezes, na verdade, ninguém está nem preocupado com isso, não está nem lembrando mais dele, e ele poderia se enturmar como uma anêmona, sem nem ser percebido.

Sim, e acredite. A cena de Blues também tem esse lado. Ao mesmo tempo que existem os apaixonados, existem os auto-excluídos, seja em São Paulo ou Recife.

Sei que é fácil pra mim, falar. Tenho mesmo uma vida privilegiada, que infelizmente não é paga pela música, o que eu adoraria que fosse. Moro na beira-mar de uma das mais belas regiões do Brasil, tenho serviço de quarto eficiente e um bom café da manhã na porta todos os dias, o que me permite não me preocupar com quase nada afora minhas idéias e projetos em Marketing, profissão que tive o prazer de retomar há alguns meses, e me dá chance de investir em idéias malucas, entrar em sociedades de alto-risco, e enfim... Tudo que gente com uma grande e pesada bunda mole, que precisa fumar pra acordar, fumar pra tocar e fumar pra dormir não saberia nem por onde começar a fazer.

E você me pergunta: "Ah era disto tudo aí que você falava no post anterior, né? Agora sim, entendi!"

Não mesmo, mano. Nem chance de você saber o que é, caro leitor Who Fartediano, salvo se conviver comigo muito de perto, o que não aconselho (pode fazer mal aos ossos).

O papo é outro, e só meu. E tá bom que só, já não falei? Morda-se! :D

Este post é sobre outra coisa. Fala de uma realidade que presencio diariamente à minha volta, e tem me gerado muita reflexão cada vez que trombo com um mala destes por aí, ao mesmo tempo que me traz idéias para futuros projetos neste campo.

Estou aqui tomando minha Heine... Ooops essa é Stella.

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