Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

28 novembro 2010

Um Pouco de Acidez num Domingo Chato



E essa coisa da polícia invadindo as favelas do Rio? Simples assim, né? A prova de que tudo era política. Tudo era só uma questão de acordo com quem tem a grana.

Sim, agora que tudo mudou, a própria mudança explica porque nada mudava, e gera desconfiança nos reais motivos deste repentino interesse em tirar os caras maus do domínio do resto de mundo.

Ou, como diz a Rede Globo, finalmente uma operação para vingar a morte de Tim Lopes.

Aliás, todas as reportagens da Rede Globo deixam muito claro que este é o fato de maior importância nisto tudo - mostrar a eles que com a Globo não se mexe.

Poder paralelo por poder paralelo,"Quer medir forças, malandro?"

Toda essa coisa de morte de gente inocente todo dia, ou o culto à malandragem como opção de vida, crianças aliciadas, nada disso tem muita importância, perto da morte de Tim Lopes.

Ora, convenhamos. Lamentemos por todo o pacote, ou por ninguém.

Sinceramente, preciso me repetir. Movimentar-se de repente reforça a desconfiança de que havia motivos estranhos para não se mexer antes.

E estes clichês? Tropas do bem (acabei de ouvir isto no Fantástico). Quem quer mesmo ser enganado, com esta conversa de que os policiais bonzinhos nunca tiveram noção do que acontecia alí?

E a mudança foi bem fácil.

É bom que se faça isso. É preciso fazer isso. Mas façam com vergonha de não ter feito antes.

Ah, e só por acaso, vem aí dois grandes eventos rolando no Brasil sob forte pressão internacional: Copa e Olimpíadas.

Depois a gente conversa. Perdeu, preybói.

25 novembro 2010

People's People


Pessoas que não precisam ser simpáticas em funções de atendimento público costumam ter uma cara fechada espantadora durante o primeiro contato.

Faça um segundo contato e você confirmará sua primeira impressão. Talvez o terceiro e o quarto (ou até o quinto sexto) contato possam inclusive lhe dar poucas perspectivas sobre a raça humana.

Mas aí, de repente, você faz o enésimo contato, e a pessoa está com um sorriso de cumplicidade, como se vocês já fossem amigos, e de repente, voilá, você ganhou um colega de ... Enfim... Um colega, ou uma colega de restaurante, padaria, farmácia ou boteco.

Com o tempo, quando você é frequentador assíduo de serviços terceirizados, você percebe que pessoas que são forçadas a conviver com muita gente todos os dias, quase como se estivessem expostos numa vitrine, usam este artifício do "não sorriso" ou "não cumprimento" como uma forma de resguardar um pouco de privacidade - é quase como os japoneses que usam walkman o tempo todo na rua (ooops, MP3. Devo estar mesmo envelhecendo).

Mas veja bem... Se uma pessoa assim cumprimentar todo mundo que já viu comprar uma coxinha na padaria em que trabalha, um belo dia pode ser mal visto por ter se esquecido do rosto de alguém, ou pior... Pense no tanto de conversa que vai ter de levar enquanto atende seus clientes.

Se um operador de caixa for bater um papo amigável com todo mundo que compra um sanduíche duas vezes numa lanchonete, a fila não anda.

Mas, o pior. Apesar do que muita gente possa acreditar (ou não), não é assim tão simples se lembrar de tantos rostos depois de um dia de trabalho.

Outro dia, fui a um boteco. Em outro outro dia fui a outro e me espantei do tanto de gente que neste segundo boteco, veio me dizer que me viu lá pelo primeiro boteco, e teoricamente achava que me conhecia, o que por conseqüência a fez pensar que eu fui grosso ao não abrir um sorriso e dizer oi quando a encontrei.

Oi.Tudo Belezaw? - desta forma o leitor do Who farted não dirá que sou esnobe.

Ah, você já me entendeu.

É água, é água, é água. É água de coco.

24 novembro 2010

Ferro na Boneca



Se existe algo que às vezes eu não gostaria de ter, é razão.

Mulheres são capazes de fazer na sua frente aquilo que juram que jamais fariam, enquanto fazem. Algumas destas coisas podem lhe ser agradáveis e surpreendes, e outras não.

Como dizia  um filósofo que não me lembro o nome, "Apenas o medo e o interesse pode unir as pessoas" - provavelmente ele se referia a confabulações da política, mas tomo a liberdade filosofarter de perceber que a afirmação é bem maior do que a política.

Como estas duas afirmações se unem em um post, é um mistério que você terá de desvendar, e digo logo, me deixe por cima da situação quando imaginar sua história.

Apenas confabulando... Tenha medo de saber os motivos pelos quais uma mulher resolve não ficar a seu lado. Não que isto vá lhe machucar, mas provavelmente você se sentirá um idiota por tê-la desejado um dia.

Não, please. Não estou passando nenhuma decepção amorosa nos últimos dias. Não interprete meu texto de forma equivocada. Este não é, neste momento, um texto auto-revistaquem-biográfico.

Trata-se realmente apenas de observação do mundo ao meu redor. Mas não é bom.

Observar às vezes incomoda, pois altera sua percepção de futuro, de possibilidades.

O ser humano tem o mal hábito de criticar a forma como a vida é, na tentativa inútil de fazer com que as pessoas caiam na real e percebam que poderiam fazer diferente. Mas puxa... Nada mais sem efeito, pode acreditar.

Às vezes me sinto o Clodovil, escrevendo coisas assim.

Trata-se de um momento raro de descrença na humanidade próxima, não causado por descompassos de minha natureza, mas por minha consciência absoluta do que estou vendo.

Mas calma lá. Gosto de escrever estas asneiras pois geram bons insights. Só isso.

É só abrir a janela de casa e vejo o mar.

Filosofia de boteco em excesso pode engordar uma pessoa.

Releve, relaxe, permeie, que a levada é assim.

É ferro na boneca, é no gogó nenem!

Tudo Sobre a China


Para algumas pessoas, a China pode ser um país extremamente atrativo nesta época do ano - como por exemplo, para mim.

Neste momento, na China, não é final de ano.

Não tem Natal, nem Reveillon.

Mas vá lá que você queira curtir... É tudo baratinho.

Pelo menos no que se referir a coisinhas eletrônicas.

Também, não passa Especial do Roberto, nem da Xuxa. Mas é possível que ainda passe A Escrava Isaura em alguma TV, em Mandarim.

Não que eu tenha nada contra as festas de final de ano. Mas será que sou o único que se sente mais pressionado do que instigado com festas de Natal e Reveillon?

Você obrigatoriamente precisa comprar, comprar e comprar. Até roupa branca te obrigam a comprar, e eu não tenho nada a ver com essa coisa de candomblé.

Na China não tem candomblé. Não tem que pular onda.

E se você quiser apenas dormir, visto que todos os outros dias do ano foram de festa? Pode?

Não pode. Vão te chamar de anti-social.

Não posso comprar roupa nova no dia 2 de janeiro?

Serve uma camiseta nova do Motorhead?

É... É um monte de perguntas retóricas.

Mas pelo que vi é alta temporada de turismo na China. Mais gente tem pensado como eu.

Vamos lá. Comemorar o dia do deus Sol e Le wei wong na pla ya.

22 novembro 2010

À Procura da Situação Perfeita


Sabe aquele dia em que você sai mandando as pessoas à merda só pelo esporte?

Não minta pra mim... Você sabe, é claro.

Normalmente sou tão educado com todo mundo, que até misturam as bolas, de vez em quando. Mas tem dia que eu não estou com saco pra ouvir asneira, e opiniões de fracassados ao meu redor.

Note que "fracassados" não tem nada a ver com bens materiais e dinheiro. Fracasso vem do fato de que você simplesmente não conseguiu o que gostaria de ter, e desistiu de tentar. Desta forma, parece perder seu tempo em momentos de flatulências obscuras, falências múltiplas de sonhos e frases críticas direcionadas a quem não para de tentar e conseguir aqui e ali o que quer de verdade.

Pois bem, o mundo não é perfeito (já sabia disto, né mesmo?).

Mas de uma coisa eu entendo, meus caros: conquistar horizontes sempre dantes tomados por impossíveis.

E ainda que hoje eu tenha nada (nada mesmo) a reclamar no quesito moeda, é preciso esclarecer que nem sempre é assim, e ainda quando é assim me vejo feliz por ter o que quero ter, em meio a tanta imperfeição.

E ontem foi assim... "Não gostou? Vá fazer o seu! E capriche!"

E as mulheres? Ah as mulheres... Muitas vezes precisam ouvir, mas não saberiam.

Alguém sabe me dizer como fazer uma mulher ouvir? (e processar)

Sim, claro... Mulheres sabem processar... Pedir direitos... Claro. Mas não é disto que falei (processe!).

O que querem de mim? Que eu espere até o Carnaval passar? Vá esperando...

De Carnaval, esse ano entendo eu, que moro aqui no olho do furacão.

Como costuma dizer o Incrível Hulk: "ARRRRRGGGHHHHH".

Moral da história e conclusão final sobre a vida: " A vida é massa, o que estraga é que nem todo mundo sabe disso".

Ora, vá chupar cana.

Hoje eu tô pior do que os Novos Baianos depois que perderam Moraes Moreira. Processe.

17 novembro 2010

"Me" Acostumando Com A Língua Portuguesa


Ainda estou tentando me acostumar com hífens que surgem e param de surgir, e regras de acentuação que fizeram meus tantos anos de escola e provinhas de português com nota razoável parecerem uma perda total de tempo, e lá vêm as novas regras gramaticais da novíssima reforma na língua portuguesa.

Não sei se dá pra mim, mas a voz do polvo é a voz de adeus.

Aliás, a língua portuguesa é cheia de puxadinhos e lajes. Reforma, reforma mesmo, sei não.

Mas vê se tá bom pra você essas regras que me chamaram a atenção, por terem surgido como uma parceria da academia brasileira com a academia alemã, em reconhecimento à influência alemã no Sul do país.

Note que eu não criei as regras, então agradeço se não me culparem por isto.

Segue texto copiado do site oficial do órgão obsessor da língua brasileira.

1. Reconhecida a influência alemã na nova língua portuguesa


a) Verbos

A frase que antes se escrevia como: " Ei, manda pra mim aquele arquivo por email"

Agora se escreve: "Ei, mandar pra mim akele file por email"

ou, em outro exemplo: "Dá pra me mandar aquele arquivo por email?"

Agora se escreve: "Dar pra me mandar akele file por email?"

Nova Regra (1): "Todo verbo terminado em vogal oxítona tônica sinistra passa a ser grafado com R no final, exceto quando a lua estiver na segunda casa de Zé Maria."

Nova Regra (2): "Palavras grafadas com QU, passam a ser grafadas com K"

Adendo: Palavras que possuírem paralelo imediato com um termo aceito e facilmente entendido em inglês, preferencialmente podem ser substituídas pela língua inglesa. Afinal, lembre-se, estamos em tempos de akecimento global e a língua portuguesa anda sobrecarregada. O quanto mais conseguirmos economizá-la, melhor para o futuro da Amazônia e das baleias do Japão.

b) Palavras Compostas

Novas palavras que antes eram grafadas com espaçamento e sem hífen, passam a ser grafadas emendadas, como na língua alemã, criando palavras maiores, com novos e melhores significados, evitando o uso de vírgulas e pontos intermediários (lembre-se do aquecimento global).

A frase que antes se escrevia "Beijos, me liga!",

Agora deve ser escrita "Beijosmeliga!".

A regra também vale na conjunção de advérbios de racionalização com pronomes oblíquos e nomes.

O que se escrevia "Por isso" ou "por exemplo",

Agora se escreve "Porisso" e "porexemplo" ou "porezemplo".

Ainda, a regra funciona quando duas palavras se parecerem com uma terceira. Esta regra é bem difícil, fique atento.

O que se escrevia "A gente é de mais!" , agora se escreve "Agente é Demais".

O que se escrevia "Com certeza", agora se escreve "Concerteza".

Em contrapartida, alguns verbos que antigamente se escreviam corridos, passam a ser termos compostos, para facilitar o entendimento do conceito de viralidade, e evitar o congestionamento de letras duplas.

O que se escrevia "Gostasse da bóia, foi?",

Agora se escreve "Gostar-se da bóia, foi?"

Perceba que ao quebrar o verbo em dois termos a oxítona tônica ganha um R. Neste caso, pode-se reaplicar a regra anterior e melhorar a grafia do texto, desta forma, evitando o hífen:

"Gostarse da bóia, foi?"

A regra: "Pronomes oblíquos e nomes que seguirem advérbios terminados em R, devem ser grafadas emendadas, como no Alemão. A exceção fica no caso de a palavra anterior começar com uma letra oposta ao hífen da palavra subsequente, por derivação de tônica linguar, ou redbull. Ainda, frases curtas, cujo sentido equivalerem ao de uma única palavra, devem ser grafados de forma seguida, sem espaçamento. Se duas palavras separadas soarem como uma palavra só, também cole tudo ao escrever. Verbos na segunda pessoa do passado coloquial e imperfeito que acarretarem em duplicidade de letras, devem ser quebrados por um hífen e a regra da oxítona aplicada. Opcionalmente, numa segunda operação, este novo termo composto pode ser compactado segundo a regra alemã."


Meu comentário: Esta parte do novo puxadinho na Língua Portuguesa é especialmente útil no Twitter.

16 novembro 2010

The Sunny Side Of The Moon


Nada pior que o limbo. Digo, aquela situação em que as coisas estão indefinidas, tênues, num estica e puxa digno de couro de pica.

Eu tenho um certo talento para coisas assim, já digo logo. Parece ser uma constante. Mas até mesmo pela constância com que isto me acontece, aprendi que a melhor saída é sempre a mais elegante (elas nunca querem um homem apaixonado).

O fato é que do limbo, qualquer saída, pra bem ou pra mal, é uma boa solução, que deixa leve, e abre horizontes nunca dantes navegados.

Por aqui, mulheres não se engajam quando o carnaval está para chegar.

Bom, é exatamente como me sinto. Muito leve, com vontade de comer uma salada de alface com tomate! Vou até vestir branco e comprar um pote de Becel pra botar no frigobar.

Mas não me interprete mal. Se fosse por bem, também seria muito bom, porém um tanto mais complicado, talvez mais pesado - coisas que a gente faz por quem gosta muito da gente.

Estou no lado ensolarado da lua. Paradoxal. É como quando você perde sua casa e seu carro numa aposta de dados, e sai aliviado por não ter mais carro e casa para se preocupar com IPVA, IPTU e aquele conserto do vazamento que te fez brigar com o vizinho.

A vida boa é assim. Paradoxal. Afinal, entre mortos e feridos, todos saíram felizes.

Mas mudemos o assunto de chambre pra caçola....

Ontem foi bem legal. Uma noite de parapent num papo com uma química muito construtiva, sem óculos (como gosto), mesmo apenas pelo esporte. Eu gosto deste esporte. E como isso me faz bem (e fez).

O sol aqui em Olinda é mais forte.

Apesar de uma leve melancolia, a adrenalina dos caminhos abertos é maior.

Tudo que é bom de verdade é boomerang - não tema.

14 novembro 2010

Coisas Diferentes


Para algumas pessoas, tirar meleca do nariz na rua utilizando o dedão ao invés do adequado dedo indicador é uma forma de driblar os clichês, e passar a impressão de que ele, ao contrário do resto dos mortais, nunca tirou meleca do nariz, e está naquele momento aprendendo uma nova habilidade, pela necessidade extrema do fato fora do comum de ter uma melecona grossa atrapalhando sua respiração.

Certo, este é um exemplo de que nem sempre fazer diferente chega aos resultados esperados, porque, veja bem, mas veja bem mesmo, todo mundo aprende a tirar meleca do nariz com o dedo indicador assim que consegue ter alguma coordenação motora, ou pode ser considerado anormal.

O cara que na teoria não saberia que o dedo indicador é o mais indicado e tira meleca na rua com o dedão é portanto um anormal, comparável àquele que eleva a mão exageradamente durante o ato de levar uma casquinha de sorvete à boca, levando bolada de sorvete na testa.

Mas a pior esquisitice que vemos nas ruas é a falta de olfato noturno, que vem com a idade.

Vamos considerar que seja normal, ou aceitável (na China), que a pessoa solte um pum grande dividido em minúsculos peidículos quando estiver em meio a uma multidão, assistindo a um show.

Mas convenhamos, ao primeiro sinal de cheiro estranho, a pessoa se movimenta para distribuir o cheiro entre os convidados no local irmanamente, e evitar que seja facilmente identificado como o homem da mão amarela.

Se a pessoa começa a disparar peidículos mal-cheirosos (sei lá se isto se escreve com hífen) e continua no mesmo lugar, é sinal de que a falta de olfato noturno chegou, e é preciso avisar o yellow hand man.

Como eu vinha dizendo, algumas coisas na vida podem parecer diferentes à primeira vista, mas acabam caindo em clichês.

Sim, hoje estou de bom humor. Neste momento desejo apenas mais alguns dias de paciência e sabedoria, para fazer a coisa certa.

Como diria o filósofarter Agbedel Gimaneildon: "Uma coisa é outra coisa, outra coisa é uma coisa".

13 novembro 2010

Um Montão de Coisas


Morar em Olinda é assim: de dia, a brisa do mar, o calor, a falta d'água; de noite, Taryn Szpilman e Jefferson Gonçalves tocando na minha janela sem prévio aviso, com os amigos da Uptown, num palco imenso montado rapidamente pela prefeitura e já desmontado esta manhã - hoje de manhã, Fliporto, um mega evento literário com escritores de todo o Brasil, que acontece gratuitamente nas ruas da Cidade Alta, e deve seguir pelo feriado aqui na esquina (e ainda sem água).

Mudando de chá pra café...

Com a idade, a gente vai aprendendo que não é possível mudar as pessoas, e o espaço físico não afasta ninguém, tanto quanto não aproxima.

O que afasta são as pequenas mentiras, e o que aproxima muitas vezes é apenas o medo do sentimento de perda.

E o que me faz despertar para meu lado médico, tirando-me do estado de Shrek (o monstro pegador de princesas desorientadas), geralmente é a crença infundada de que "apenas desta vez as coisas parecem ser diferentes".

Outro dia, andando de forma desinteressada pelas noites do Recife, enquanto trabalhava, me deparei com uma menina pouco convencional que me agarrou pelo sorriso desprendido e a demonstração  de noção imediata de que em mim ela queria confiar, e comigo ela se sentiria segura para pular de um camelo alado em movimento sobre uma duna de areia de distância indefinida - maluco assim.

Faço esforço pra perguntar, faço esforço para entender, faço esforço para encontrar, e não a encontro mais por aí - pelo menos não de alma presente.

Faço esforço pra não perder de vista, mas...

Com a idade, a gente vai aprendendo que não é possível mudar as pessoas, e o espaço físico não afasta ninguém, tanto quanto não aproxima.

Mas não tirem conclusões pelo meu texto. Não existem conclusões formadas. Não existem respostas.

Ainda estou tentando descobrir quais são as dúvidas, para depois formular as perguntas, e, quem sabe um dia, me preocupar com respostas.

Continuo ouvindo repetidamente Novos Baianos, mas desta vez descobrindo novas canções (pra mim) em álbuns que eu não conhecia.

Caramba...


Feliz foi o Pepeu que comeu a doida da Baby.

"O sol hoje está lindo, eu vi. Fui olhar, quase fiquei cego"

11 novembro 2010

Razões e Ocasiões


Quem precisa de razões? Bastam ocasiões.

Não gosto de ver coisas boas se perdendo no espaço, misturados a futilidades corriqueiras. É como ver pérolas se perdendo entre miçangas fuleiras, já dizia dona Maria - a costureira e bordadeira.

Muito pouco me faz desistir de insistir, mas a insistência em deixar para um dia qualquer, para amanhã o que deve ser cuidado com o devido carinho hoje, parece displicência de quem não enxerga ou não se admira da beleza do que vê.

Como dizia o Ray Charles, parece que tem água subindo por todo recinto, mas não estou vendo por onde.

Quem me vê de fora nem percebe, mas eu não sou cachorro não - mais uma vez parafraseando o Waldick.

Não, não me interprete mal, sei que não é por mal, mas por bem também não há de ser.

Quando apagar do desktop, nunca se esqueça de apagar da lixeira. Se não fica lá, e um dia você precisa reiniciar, recuperar o sistema, e o arquivo volta à tona sem avisar.

E por falar em tudo isso, justo quando tudo isso parece de repente começar a perder o sentido, tive minha primeira noite de morador oficial de Olinda - uma noite de Terça.

A impressão inicial é que vivendo essa vida, não tem muita gente não.

Fui com alguns amigos para o primeiro bar, logo na happy hour, sendo arrastado da minha caminhada na praia, com a mesma roupa suada que eu vestia e meus shorts de pijama preto (com uma das boas camisetas do Motorhead da série).

Gente bonita, pouco mais velha que a média dos locais que geralmente frequento. Uma boa energia no local, uma espécie de mercadinho old school, com ratoeiras, penicos e bacias à venda apenas por decoração. Uma vendinha de bairro, estilosa até de mais, com cerveja tão gelada que até me fez esquecer da marca chinfrim.

Um DJ tocando justamente Novos Baianos, pra me dar as boas vindas.

OK! Cheguei! Vocês já perceberam, é?

Acaba a festa cedo, e o povo corre para outro bar, descendo a ladeira.

Povo simpático, bar estiloso com música ambiente. Com dois dedos de prosa com a proprietária, lá estava e simpática senhora tocando Dinah Washington e Dave Brubeck a portas fechadas para nossa trupe.

Quem diria que eu estaria às 00:30 de Terça pra Quarta ouvindo jazz do bom nas ladeiras de Olinda?

Fechamos mais este bar e seguimos para um pequeno porém estiloso bar na esquina da minha casa, e lá encontramos todo mundo de novo, de novo.

As mesmas pessoas, mas agora selecionado por faixa de sono. Quem estava ali, estava de boa, sem hora pra ir pra casa.

Mulheres bonitas, e muitos velhos amigos - enfim, eu não mudei de estado, estão todos ali, ainda, jogando cerveja gelada em meu copo.

Vi um grupo separado de gente desconhecida, mas quando cheguei perto, uma bela moçoila se aproxima, e fala:

"Puxa, eu fui no teu show de Blues. É muito massa".

Mas tá, bela moçoila. Hoje, e talvez apenas hoje, eu vou pra casa dormir sozinho e talvez me dar alguma chance para refletir sobre o imponderado.

E se não for como eu imaginava, voltemos à velha frase de filosofia Who Fartediana:

"Nada é mais assustador do que a capacidade que o mundo tem de mudar por si só"

07 novembro 2010

Com Razão, Pra Variar

Não suporto malandragem de ninguém.

(este post poderia ser um tweet)

O Mistério do Planeta



Ultimamente, tenho ouvido de novo o álbum Acabou Chorare dos Novos Baianos, provavelmente a primeira vez que ouvi algo brasileiro, desde que me entendo por gente, no rock, que me deu vontade de chorar.

Esses caras fizeram mais do que história. Fizeram música boa.

Uma moçada formada por Paulinho Boca de Cantor (o vocalista deste video acima), Pepeu Gomes (um guitarrista extraordinário), Baby Consuelo, Dadi (o baixista que nos anos 90 tocou com o Barão Vermelho), Luiz Galvão (letrista), Moraes Moreira e músicos convidados.

Não por acaso, a Revista Rolling Stones concordou comigo no ano passado e elegeu este como o maior disco da música brasileira, numa daquelas listas polêmicas, mas puxa... Se eu fosse escolher uns 10 melhores, incluiria este na lista, junto com alguns dos Mutantes, e Gal Costa por consequência natural.

Pra quem conhece esta moçada de suas carreiras solo medíocres nos anos 80, pode parecer estranho o que digo, então, não me ouça, ouça o álbum, que está facilmente disponível no seu site de downloads preferido.

Preste atenção nas letras nonsense, que parecem ir direto ao seu sub-consciente. Isso deve ter sido feito à base de muita chapação, porque, se você tentar entender as letras, vai se ferrar - se apenas ouvir e prestar atenção nas palavras, vai entender tudo, seja lá o que tudo for pra você.

Acho que uma vez a cada 5 anos na minha vida me deparo com este pequeno grupo de músicas que me tiram do sério a cada audição, e ouço repetidamente até cansar e voltar aos Blues e outras esquisitices de meu repertório.

Ouça A Menina Dança, Acabou Chorare, Besta É Tu. Aliás, ouça tudo, sem tirar de dentro.

O Who Farted, como entidade de filosofia de boteco gosta muito de Besta É Tu. Nada mais Who Farted do que esta música.

Quem não tiver pena de ouvir Um Bilhete Pra Didi e perceber que foi plagiada pela Nação Zumbi, vai ouvir e perceber que não apenas isto, mas muito da música brasileira independente de hoje bebe nesta fonte e outras pérolas nos anos 60/70, como Secos e Molhados.

Falei? Falei. Vá ouvir e para de ler estas asneiras aqui.

É rock'nroll do bom em português, cheio de samba, cavaquinhos e percussões e sacadas geniais de guitarra de Pepeu. E tudo sem Pro Tools, nem Fenders, nem Marshalls - na base do teviranegão valvulado.

"Besta é tu de não viver este mundo, se não há outro mundo."

06 novembro 2010

Dust My Broom


Nem todo mundo sabe como começa essa minha mania de me afastar. E na verdade,a poucos interessa. Mas uma boa pista é saber que não aceito malandragem - seja de amigo, mulher, criança, família, trabalho, ou o que quer que seja.

Existe algo de infantil em olhar para alguém e perceber que a pessoa se julga mais esperta do que você, a tal ponto de querer tirar alguma vantagem desta pouco provável premissa. Infantil a pessoa, infantil o modo de observar quase admirando a forma como algumas coisas acontecem.

Em certos momentos, deixar claros certos aspectos da vida são não apenas o caso de ser caxias, mas sim, uma questão de respeito, uma demonstração de que você se acha tão importante quanto a outra pessoa, não mais, não menos.

Quem, eu? Julgar alguém?

Cada um faz o que quer, cada um sabe o que quer.

Mas é uma boa idéia saber que cada um assume as broncas de suas atitudes.

O caro leitor Who Fartediano pode concordar ou não com o que digo, mas é preciso dizer, que provavelmente estou certo - ou pelo menos, de acordo com meus valores eu estou certo.

Nada que não se desintegre no espaço em pouco mais de uma semana, graças à habilidade que a gente vai aprimorando quando chega ao 40.

Como? Se estou falando de mulher?

Hmmm... Talvez sim, talvez não. Talvez seja apenas um desabafo genérico que serve para um punhado de situações que presenciei nos últimos dias.

"When I get up in the morning... I believe I'll dust my broom".

Mais Uma do Reino Animal


Certo, tudo bem... Meu quarto fica ao lado de um coqueiro, durmo de janela aberta, primeiro andar de uma casa com estrutura pouco mais nova do que a Igreja da Sé de Olinda. Estes são motivos razoáveis para eu ter me deparado com um ratinho do mato tentando escapar pela fresta da porta de minha suíte (e conseguiu, com minha ajuda).

A esta altura, eu já estava chamando o bicho de Ratinho das Boas Vindas, uma espécie de entidade mística fantasma que parece sempre sair sorrateiro dos melhores locais em que já morei em Recife (e Olinda) logo nos primeiros dias de habitação.

O bicho é tão rápido que se torna quase invisível até que esteja completamente cansado de encontrar a saída.

Não fique você, caro leitor desavisado, imaginando que este é um daqueles ratos do lixo, que surgem dos esgotos - ou como diria o recifense, um Guabirú.

Não, meu filho... Este é o tipo de rato que aparece na cidade por consequência de uma árvore chamada aqui de Coração de Nêgo, e também sobe pelos coqueiros, atrás de frutas. O bicho entra na sua casa e não faz mal a ninguém, a ninguém mesmo, a não ser a ele mesmo, muitas vezes agredido pela ignorância da população, que por aqui costuma matar até gato e cachorro como quem matasse uma barata, o que dizer de um camundongo do mato?

Mas deixemos minhas considerações muitas vezes não compreendidas ao mundo animal, e sigamos com o sinistro.

Fiquei até calado, pra não chamar atenção sobre o pobre e isolado Ratinho das Boas Vindas.

Daí, chego na banca de revistas ao lado do hipermercado local, e vejo uma foto dele. Ele mesmo! O Ratinho das Boas Vindas!

Lá estava ele estampado numa caixa de "Ratoeiras Adesivas". (?)

Certo, quer dizer então que o tal ratinho tem uma família grande por aqui... Hmmm...

Agora o que me preocupou mais foi o slogan da ratoeira: "Pega até 3 ratos de uma vez!"

Poorrraa.... Como é que é isso? Quantas destas devo mesmo deixar na janela em caso de uma rebelião?

04 novembro 2010

Primeiras Impressões do Novo Mundo



Cadê os índios? Onde estão os índios??? Abro a porta de casa e me sinto numa ilha fortaleza em alto mar. Vejo o mar batendo alto num muro de pedras - por aqui a praia já foi engolida há algumas dezenas de anos.

Poucos metros à minha direita, um pequeno forte com um canhão apontado para o mar. Andando dois ou três minutos nesta direção chego à cidade histórica de Olinda. Seria mais barato, provavelmente, morar por lá, mas puxa... Vamos aos poucos... Como rejeitar morar de frente para o mar a poucos metros de caminhada da cidade histórica?

Apesar de estar ainda na Região Metropolitana do Recife e ter encontrado gente conhecida já nos primeiros minutos em solo olindense, a sensação é de estar em outro estado - provavelmente era isso mesmo que eu estava procurando.

É preciso citar o fato de que a pousada que escolhi me pareceu mais bem organizada na hora que escolhi, do que na hora que entrei pra esta temporada, mas nada que não se ajeite em uma ou duas semanas. Foi preciso exigir uma pintura nova no quarto e algumas pequenas regalias merecidas por um turista de longo prazo que aceita pagar preço de alta temporada, né mesmo?

Justiça seja feita, estou sendo muitíssimo bem tratado por todos no local.

A cidade que rodeia o centro histórico está longe de ser perfeita. Se parece com um interiorzim, de casinhas simples, e uma charmosa certa falta de estrutura.

 Os viralatas são gordinhos e amigáveis, o que a meu ver diz muito sobre a população que vive aqui.

Moro perto de uma pastelaria, uma beiruteria, não muito longe de um bom supermercado, existem inúmeros pequenos restaurantes de bairro, dois comitês regionais do PT e até o momento já contei 23 funerárias - macabro, isso.

Primeiro problema: Já na segunda hora na cidade, minha conexão 3G caiu por 4 horas, e no dia seguinte o celular ficou mais de uma hora off.

Ah sim... A Cidade Alta, a tal cidade histórica, é bem legal. Menos agitada de noite do que eu tinha a impressão. Vendo assim, agora como morador, toda essa coisa de alguns picos forçarem uma barra para parecerem rústicos e estilosos com decoração de artesanato, parece bem falso. Não é a realidade de quem mora aqui, certamente.

Já estou aprendendo que quanto mais penduricalhos houver na parede de um restaurante olindense, mais caro custa o rango lá.

Por aqui, qualquer coisa que leve molho de manga custa os olhos da cara, apesar de manga ser uma fruta bem baratinha que sobra nas prateleiras dos mercados locais.

Ao que parece, apesar do grande número de funerárias, muita gente nasce todo dia por aqui, a julgar pelo número de mulheres grávidas nas ruas, e meninas lindas com jeito de quem teve aquele filhote inesperado há poucos anos - isto também passa a impressão de que por aqui as pessoas trepam bastante, se unirmos tudo isto ao fato de que as mulheres olham, e olham, e olham, sejam grávidas, mães, filhas, ou tias.

A cultura da jovem juventude meio comunista-meio consumista local não me atrai em nada. Não tenho paciência pra aquela coisa de meninas com sainhas indianas se arrastando pelas ladeiras com meninos rastafari falando de maconha e Jackson do Pandeiro. Mas as pessoas são legais e a conversa rola solta mesmo assim.

Não preciso nem dizer que por aqui as pessoas me vêem como mais um turista alemão. Mas deixe estar... Daqui a pouco viro mais uma lenda urbana local (aquele cara grandão do Blues que pede Stella Artois no boteco do Zé e acaba sendo derrotado por uma Schincariol meio gelada).

Conclusão: melhor que a encomenda.

Tá bem legal aqui. Eu tava precisando mudar de ares por uns tempos, faz tempo.

02 novembro 2010

Como Ter Um Ótimo Relacionamento



Acho mesmo massa me relacionar com meninas que não se parecem em nada comigo. E não estou sendo irônico.

É muito mais interessante estar com uma gata que é fã de Reggae e adora surf do que estar com uma menina que já conhece tudo o que eu conheço, e me propõe fazer tudo o que eu já faço.

Sei que a maioria dos manuais de relacionamentos propõem o contrário, e te ensinam a fazer certas perguntas à outra parte para testar sua compatibilidade - coisa de gente tacanha.

Considerando que acho 90% das bandas de Reggae um saco e não aguento papo de surfiiiesta naturiiieza, é estimulante poder encontrar alguém que me inspire e consiga me mostrar algo que eu não conheça neste universo e me convença de algo que eu ainda não tinha prestado atenção, né mesmo?

Evolution, babe, vem de todos os lados.

Claro, vamos devagar com a dor... Não tenho interesse de aprender a cantar aquele pagode que começa com "lelelelelele lê, lelelelelele ô", nem preciso me embrenhar no sertão para conhecer um brother que é muito lôco e se refugiou numa plantação de maconha medicinal.

Mas dentro daquilo que possa ser razoável para o universo de cada um, "you say neither and I say nAither, you say tomato and I say creole tomato, let's call the whole thing off", acho que o barato de se relacionar com alguém é justamente esta troca saudável e por vezes dolorosa de experiências de vida - e sexo com um pouco de sacanagem e carinho, que ninguém aqui está seguindo a vida dos monges tibetanos.

Se um gosta de ficar a sós e o outro gosta de andar em manada, sempre existe algo interessante em entrar na viagem do outro aqui e ali, para encontrar novas sensações.

Mas claro, é preciso haver interesse de ambas as partes. Nada pior do que a cena da menininha mimada que no meio da noite resolve dar ordens ao namorado goiaba, que as atende de pronto, como se ela quisesse lhe ensinar a forma certa de fazer as coisas - isso não é de quem se respeita.

Não se engane. A experiência mostra que aquarianos como eu adoram se agarrar à liberdade, e preferem conviver com pessoas parecidas.

Tudo, claro, uma questão de ponto de vista, como diria o Steve Wonder.

Tenho a liberdade de  me prender a quem quiser e gosto de meninas que são exatamente como eu, gostam de descobrir novos universos, tanto quanto de apresentá-los a outras pessoas.

Na verdade, todo mundo tem tantas semelhanças quanto diferenças com qualquer outra pessoa do planeta terra (ou marte, ou vênus).

Quando estamos nos apaixonando, enxergamos todas as semelhanças, quando estamos inseguros ou irritados, enxergamos todas as diferenças.

Lindo isso tudo, né?

Lindo mesmo.

Mas a vida não é aritmética. Os rumos da maioria dos relacionamentos são resolvidos em crises de TPM e conversas na frente do espelho do banheiro feminino (já falei isso antes?).

Portanto, chego à seguinte conclusão:

A melhor forma de ter um ótimo relacionamento, é querer ter um ótimo relacionamento.

É como montar uma banda. Nada mais chato do que tocar com alguém que não está no projeto de corpo e alma.

Se pelo menos uma das duas pessoas envolvidas num relacionamento convencional não se perde em devaneios voluptuosos sobre a outra parte ou não puder fazer das tripas pernas para encontrar o outro a qualquer hora que tiver esta chance por um desejo incontrolável de se ver, algo precisa estar errado nisto tudo, e é hora de reflexão.

Já dizia o mestre buckmaker Kid Blind Big Joe:

"Para ganhar a sorte grande é preciso estar disposto a perder tudo"

E refletindo, se percebe que o mais importante de tudo é entender que como diria o Lulu, "a vida vem em ondas como o mar" - e leva areia, e põe areia o tempo todo nesta praia.

Tenho uma idéia massa: deixa eu pensar bem.

Bom, independente de qualquer coisa, o dia está lindo e eu estou num astral fora do normal - ontem minha noite foi acima do espetacular.

Não pude compartilhar com todos que eu gostaria. Mas tudo certo, tudo certo... Vejamos as próximas ondas e aqueles versos de Bob Marley que ainda não conheço.

Uma Tarde Em Que Meu Messenger Abriu Sem Avisar



Sabe o que me irrita de usar esse treco de messenger? Já te digo.

Você está ali, trabalhando numa boa, com um monte de coisas importantes pra fazer, e pula uma janelinha amiga, de nick "Dilma elelê elalá, oje o bixo vai pegar", com a seguinte pergunta:

"Quem é você?" (???)

Tipo... Porra... Eu não adiciono ninguém em messenger, então, se alguém tomou o cuidado de me adicionar, deve pelo menos saber quem eu sou, né mesmo? - e só pra constar, eu que deveria perguntar quem tá falando, a não ser que eu esteja falando com a Dilma.

Mas a coisa não para aí, não. A segunda pergunta é a que mata:

"Tc de onde?" (!!!!)

Essa frase, já me disseram, é uma espécie de senha, uma frase chave, que em última análise quer comunicar "oi, estou aqui sem fazer nada, entediado numa tarde de Segunda-Feira, estou afins de falar merda com qualquer pessoa, e escolhi você".

Mas beleza, tudo certo... Vamos ver o que a gatinha quer, né mesmo?

Faço eu a minha pergunta...

"Quem é? Eu te conheço?" (veja que pergunta bonita, intelectual e cheia de razão - apenas eu viria com algo assim a esta hora)

"Acho que não" - ela responde.

"Ah tá. E de que se trata? Em que posso mesmo te ajudar?" - essa é a pergunta cata-piolho.

Explico... É tipo um antivírus para papo de messenger. Essa pergunta fria e calculista costuma afugentar conversa chata de gente desocupada.

Mas aí, vem a resposta que muda todo o rumo.

"Ah nada... Estou apenas conversando. Quero ser seu amigo".

Amigo??? Como assim "amigo"? Quer dizer que estou de conversa mole numa tarde de Segunda-Feira com um cara que não conheço, não sei como veio parar na minha lista de contatos, que diz que quer ser meu amigo? Seria o Gasparzinho?

Putz, de boa.... Se ainda fosse uma ninfeta sub-27 fazendo graça na net e dizendo "Oi Tio" eu até estendia por mais uma ou duas linhas, mas cavacos... Vá se tolher!

Depois, o povo reclama que eu sou grosso, e que nunca me vê no messenger.

Mas aí, pra salvar a internet da praga que transformaria todos em sal, pula a segunda janela:

"Oi, kkkkk... Olha as fotos da gente naquela festa... Faz tempo que queria te enviar, mas só agora conseguir te envia. Clica aqui pra baixar >>>>> fotos.zip"


Ah tá... Vou clicar agora mesmo! Agora sim, algo que me interessa!


Putz... Deixa eu atualizar o Who Farted que faço mais negócio.

01 novembro 2010

O Imprevisível


Preciso confessar que gosto de mulheres imprevisíveis, do tipo que às vezes joga duro e às vezes ataca sem prévio aviso.

Ou corrigindo a frase anterior, preciso confessar que estou achando que eu pareço gostar de mulheres imprevisíveis, ou tenho mesmo um espécie de imã pra isso.

Definitivamente, talvez, possivelmente e certamente estou provavelmente revendo meus conceitos sobre o que penso de mim mesmo.

Tá, sou imprevisível mesmo, e por vezes indecifrável - isto é bem claro mesmo.

Acho que talvez eu tenha quase certeza de que sou eu mesmo que tô sem paciência, sem paciência e sem paciência com as mulheres (já mencionei que estou sem paciência?).

Desconfio que em Recife e Região Metropolitana as mulheres estão menstruando duas a três vezes por mês, a julgar pelos sintomas típicos da TPM que expõem constantemente - deve ser uma evolução da espécie, sei lá.

Eu? Quem sou eu nessa coisa toda? Tô só no surf de longboard (já falei?).

Se a onda me levar pra a praia, tô dentro, se me engolir, também tô dentro.

Mudando o rumo da conversa...

Eis que resolvi passar um tempo em Olinda - isso mesmo.

O motivo é que gosto de levar lapada de mulher braba, e odeio Carnaval. Então, estou mudando para uma pousadinha estilosa na portinha da cidade histórica, em plena alta temporada, logo nos primeiros ecos do carnaval de rua, pra me ferrar de vez. Tá bom pra você? É auto-flagelação.

Não me pergunte o porque desta mudança, tirando minhas maluquices.

Mas de repente, sei lá, me dei conta de que não estava exatamente aproveitando o fato de morar como um turista de longo prazo nesta cidade - digo... Puxa... Moro numa pousadinha, então, se eu quiser, posso mudar toda semana de pousada, que tal? Simples assim.

Afinal, querendo ou não, Recife, Olinda e Jaboatão têm pousadas legais de sobra, por ser uma região turística. Sempre se encontra algo muito bem localizado e em conta - não muito menos em conta do que apartamentos que à vezes nem são lá grande coisa.

Saio de mochila, com um laptop e uma guitarra nas mãos, e está feita a mudança.

Mas veja bem se não faz sentido pra você.... Moro na Região Metropolitana de Recife há um tempão, e se muito, devo ter ido a Olinda umas 3 ou 4 vezes (sem contar, claro, com minhas viagens constantes atualmente para encontrar o local certo para mais esta aventura).

E cara... Todas as energias parecem conspirar a favor de Olinda. Desde que resolvi que ia mudar pra lá, sem motivos aparentes arrumei um cliente bom por lá, e conheci uma daquelas meninas lindas e complicadinhas que mora nas redondezas e tem assunto de sobra pro Who Farted.

Além disso, é mais perto do centro do Recife do que Jaboatão.

(Tá, falo a real... fiquei sabendo que se rolar tsunami aqui na cidade a onda vem pra Jaboatão. Depois dos novos terremotos em Bali, e o histórico de coisas sinistras que acontecem nesta cidade, sei não... Bora pra Olinda. Surfar de longboard sim, mas calma lá com a onda, né filhote?)

E quer mesmo saber? Vamos lá então.... Estou devendo a mim mesmo a benfeitoria de pegar novos ares no rosto, começar uma dieta e viver num lugar um pouco mais agitado.

Pelo menos o terceiro item já está garantido.