Who Farted? - O Blog.
O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.
Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.
Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.
14 outubro 2011
Respeite As Portas Fechadas
Mulheres gostam muito de se "vangloriar" das dificuldades de ser Mulher, das cobranças, das obrigações de mãe e todo aquele clichê de muié braba. Mas bicho, eu tava aqui pensando com os meus botões que se os homens fossem levar a coisa pra esse lado, teriam muito do que reclamar também, ou se vangloriar.
Uma boa parte dos homens parece ter que passar a vida provando que não é veado, olhando forçosamente pra qualquer mulher de bunda grande que passe à sua frente, e encarando com louvor e coragem a missão de quando aquela baranga que já deu pra todos os seus amigos resolve dizer "é hoje".
Depois que levou pra a cama tem aquela obrigação de estar sempre atento, ereto e alerta na hora que a mulher invoca o Tafarel e diz "vai que é tua", ou pior, precisa ter sangue frio quando ela começa a fingir que tá gozando pra você acabar mais rápido e ela não perder o filme do Corujão.
E existe um grande segredo feminino que poucos homens sabem. Depois daquele vucovuco danado, quando o cara dorme, a mulher levanta sorrateiramente, pega uma reguinha plástica com o selinho do Imetro na bolsa e faz a medição oficial do tamanho de seu bilau, pra colocar em seu diário secreto, enviar as estatística pro Fantástico e contar para as amigas (ai de você se estiver abaixo da média nacional de 18cm relaxado).
Depois que o cara tem filho, ou mesmo antes de comer alguém, precisa provar que sabe ganhar dinheiro. Se não ganha dinheiro, a mulher corre pra casa da mãe, e o cabassafado fica sem ninguém pra passar roupa em casa.
Mas antes de comer uma bela gata, existem homens que aprendem a fazer mágicas de salão, outros aprendem a tocar guitarra, outros a cantar, alguns aprendem a pilotar moto, a dançar tango, estudam técnicas de neurolinguística, leem livros de Pablo Neruda e Nietsche, lutam sumô, MMA, enfim... A vida não é fácil, veja bem.
Até chegar à técnica precisa do vempracameubemcalaabocaemebeija, já chegou aos quarenta anos, ou é um talento precoce.
Mas em certos momentos, levando tudo isso em consideração, é chato ser homem na hora em que as meninas não entendem suas portas fechadas. Sim, pois afinal, é possível ser homem, saber fazer mágica, lutar sumô, recitar Neruda, saber ganhar dinheiro e dançar tango, cantar e tocar guitarra, ter algumas habilidades de alcova e ainda assim estar num momento de não querer nada com ninguém da geral.
Existem horas em que você precisa realmente buscar ser o único, e não apenas o prato do dia. Fases na vida em que por mais bela a bunda que seja, não é instigante se já passou na mão de toda a galera.
Não que isso seja um demérito para as belas meninas que cruzo nas noites recifenses. Sim, existem horas em que estamos todos na mesma vibe, liberdade sexual e afetiva forévis pra cima.
Mas em certos momentos da vida, é bacana apostar na poesia de ser a exceção na vida de outra pessoa, goste lá do que você gostar. É bom saber que naquele momento você fugiu à regra e foi o cara que gerou sentimentos diferenciados, excepcionais, de importância única - sem saudades de ex-qualquercoisetes, sem amizades coloridas misteriosas, sem conversas codificadas no Facebook.
Algumas mulheres podem te oferecer isto, outras simplesmente nunca saberiam.
Então, vale dizer... Isso não é caretice nem romantismo. É a essência animal de cada um de nós. É ser o campeão na dança do acasalamento.
E se nada der certo, outras fases virão.
24 setembro 2011
Dias Estranhos II
Existem momentos em que tudo converge nitidamente, como se você fosse um ímã. As coisas fluem, se agregam, os movimentos são de alta positividade, coisa de comercial de margarina sem gordura trans.
Nestas horas é fácil ver a vida caminhando pra frente, se construindo.
Mas quando as relações pessoais e profissionais entram numa tendência turbilhonada de ruptura, em ritmo de Big Bang, nem sempre é simples observar as peças se estruturando.
É que o ser humano não tem chip dual core. É quase impossível enxergar a ordem do caos, aquele caos que acaba sendo apenas uma ordem não absorvida pela nossa tola noção de lógica.
Bom... Aí vêm os dias estranhos.
Aquele tipo de dia em que você sai pra comprar cigarros, tropeça numa pedra, derruba uma velhinha sem querer, o cara do lado não entende e fica puto com você, puxa briga, te dá um soco na cara, você revida, a polícia chega e te leva preso, na cadeia você conhece um velho pirata que te dá um mapa do tesouro e morre, você vai procurar o baú no Caribe e se perde numa ilha deserta onde morava uma bela donzela de seios fartos e escova definitiva no cabelo, tem três filhos com ela, constrói uma casa de bambu, cria um lobo do mato, faz uma piscina natural e vive feliz para sempre
Eu não tropecei em velhinha nenhuma. Mas andei chutando o pau da barraca por aí, sem paciência para ser político com a comunidade aqui da Transilvânia.
Preciso confessar que tem funcionado.
A vida acaba surgindo em sinais, e é bom arrancar da frente o mato seco pra deixar os passos mais soltos e a visão menos turva.
Ou como um amigo confessou à boca pequena por estes dias "estou precisando comer alguém".
Sim, my friend, todos nós, todos nós.
Estes dias estão mesmo estranhos.
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como fala bosta
23 setembro 2011
Muito Mais Que Isso
É preciso dizer. O Who Farted, pobrezinho, anda mesmo meio abandonado devido à avassaladora invasão do Facebook na minha rotina de Internet, assim como na vida de todos, não por um acaso.
E o tal do FB gera uma preguiça danada, pois você acaba se acostumando a escrever textos mais curtos e receber muitos comentários.
Mas oras, chupa que é de uva! Tô precisando escrever umas coisas aqui com maior frequência.
Os papos de sempre... Mulheres, música, anos 80, comida.
Tá, eu sei... Coisa de cabavéio que tem saudades de boa música, e da década em que se divertiu mais - E claro, de boas mulheres.
Boa comida, não. Isso eu como todo dia.
E vamos logo ao ponto G da questão... A coisa tá gelatinosa. É pisada fofa na farofa, e não estou falando de sexo.
Ontem fui ao cinema ver O Homem do Futuro. Filme massa, coisa fina mesmo, clichê de americano empastichado de novela brasileira, culminando num equilíbrio interessante para um filme que diverte e levanta toda aquela filosofia de sempre, de quando vemos filmes como De Volta Pro Futuro, Efeito Borboleta, Hot Tube Time Machine, entre tantos outros.
E a frase chave pra mim foi “As mulheres são sinceras em todas as direções”.
E são mesmo.
Mulheres costumam te fazer acreditar que te querem mais que tudo na vida num dia, te fazendo se sentir quase culpado de suas tristezas cotidianas, e com este mesmo argumento saracoteiam mundo afora como se vivessem um grande amor não correspondido, e isto, veja bem, sem em nenhum momento contar com sua participação nesta trama diabólica.
Pensa que isso é um caso solto? Pois sou capaz de jurar que cada mulher bonita que tenha me beijado na última década, se ler isto, pensará que estou falando dela.
Contudo, convenhamos e acabrunhemos que note que isto está longe de ser uma crítica velada ou mensagem subliminar dirigida a qualquer moçoila que ande a meu redor, e sim muito mais uma justificativa clara para o que estou tentando dizer ao planeta Vênus neste momento: Como diria o Arnaldo e o pintinho maconheiro, “socorro, eu não estou sentindo nada”.
Uns dizem que é depressão, dispersão, outros falta de testosterona, outros ainda que é mera boiolagem contida, mas a verdade que poucos querem ver é que minha cueca está recheadíssima com meu saco muito cheio.
E que fique bem claro que ainda que não fosse capaz de resistir a uma bela bunda, tenho tido pouco tempo para os jogos da conquista. Afinal, tempo a gente arruma quando quer, e eu não quero.
Se você lê meus textos Whofartedianos há tempos sabe que minha vida oscila mesmo desta forma, entre momentos de cafajeste pegador, momentos românticos e momentos blasé.
Pois bem, este é mais um momento blasé.
E por falar em cabavéio, tem essa coisa toda de estar na década dos 40, já tendo gasto quase 10% do tempo regulamentar em confabulações contraditórias que me levarão a outro Carnaval em Olinda.
E como o Homem do Futuro, fico pensando se havia algo que eu poderia consertar em tudo o que fiz até então no quesito mulheres românticas.
Talvez, eu tenha perdido a mulher da minha vida numa vida amorosa passada, ou talvez eu ainda a esteja por conhecer - quem poderia mesmo saber? A vida é feita de esquinas escuras.
Mas como eu disse recentemente pelo Facebook: “Como assim discutir o sentido da vida? Não está claro que é sempre em frente?”
E é fato, que andando sempre em frente, num mundo redondo, chances existem de que aquilo que era real, continue lá quando você der a volta inteira.
Deixemos que a vã filosofia discuta os entremeios, mas que jamais nos dite a conclusão.
Moral da história: Estou feliz e tranquilo, apesar do marasmo momentâneo.
05 agosto 2011
A Vida é Uma Eterna Anomalia
Nada é mais compromissado com a verdade e a profundidade dos sentimentos do que se permitir amar e ser amado de forma ocasional e descompromissada por alguém importante em sua vida, de forma carnal, canibalizante, por vezes perversa e controversa, deixando claro que amanhã é outro dia, que um dia poderia ser como este.
Pense bem. O contrário, explica.
Relações contínuas, monogâmicas, cheias de garantias são a porta para o oportunismo, a preguiça afetiva, a traição, a leseira apática do fechamento dos canais sexuais, o fim da perversão saudável.
Ver alguém de quen você gosta se afastar de você por temer se entregar numa madrugada fria qualquer por mero ímpeto sabendo que não poderia lhe prender no pé da mesa, poderia ser pior do que acabar um casamento.
Isto deve ser um bom modelo de relação saudável para o futuro, ao estilo Google. Podemos chamar de "Relacionamento de Nuvem" (Cloud Relationships).
Então, você gosta de alguém, aperta o botão de LIKE, aproveita o momento e depois compartilha, manda o link para o mundo.
Ainda sou meio ruim com a função compartilhar. Mas posso suportar esta dor com maior dignidade do que a reclusão, ou a obrigação de amar alguém todos os dias.
Sentimentos são como sinal de Wi-Fi - um dia podem estar com o sinal alto, outro dia estar fraquinho, e outros dias nem aparecer na sua antena.
Mas o mais importante é que vez por outra, sim, lá estão os cinco risquinhos verdes que poderiam te fazer casar num rompante, em Vegas.
Acho que pode quase tudo, se for com sinceridade. Até falar coisas duras que poderiam afastar quem você gostaria de cativar, só para jogar o egoísmo embora e ver outra pessoa se encontrar no mundo qualquer dia destes.
Não, isto não é poesia, caros Whofarteders, é um cabaveio se reinventando como sempre fez durante toda sua vida, e sempre o fará.
Um dia ainda compro dois cachorros, uma casa de três quartos, mando fazer uma piscina, um gramado e faço umas crianças remelentas pra puxar o rabo do gato.
Até lá, vivo eu e meu rato Lester, na tranquilidade dos justos. Amo meu rato.
13 julho 2011
A Grande Trapaça do Dia Do Rock
E lá estava eu no Facebook discutindo com meu grande parceiro e grande conhecedor de Rock, DJ Elcy (A.K.A. Mojo Man), a respeito desta tal data de 13 de Julho, “comemorada” mundialmente e oficialmente como Dia do Rock, graças ao festival Live Aid, que em 1985 aconteceu simultaneamente entre Inglaterra e Estados Unidos.
A discussão amigável se deu por um texto publicado por DJ Elcy pondo a tal data em dúvida, pois este festival não teria tanta importância para o estilo, além do que um documentário lançado há alguns anos dava conta de um suposto desvio de verbas que haveria acontecido na Etiópia (e não pela organização do festival, que fique claro), e ainda a questão de que o organizador do Live Aid teria feito o evento mais preocupado com a divulgação da própria imagem.
Muita gente sabida é a favor deste posicionamento, e eu respeito.
Mas pra mim, sinceramente, pouco importa. Gosto que haja uma data de referência para que comemoremos a existência do estilo musical mais popular da cultura ocidental, que envolve toda uma cultura própria e dispõe de imensa influência perante a mídia e o comportamento de hoje em dia.
A data, que fique claro, não foi escolhida para promover Bob Geldof, seu organizador, nem foi pleiteada pelo mesmo.
É preciso entender que a escolha de uma data comemorativa de cunho mundial envolve alguma política, e órgãos internacionais caretões.
Ao definir uma data destas é preciso ter certeza de que esta teve um acontecimento de cunho politicamente correto, que seja uma bandeira que abarque os valores nobres das nações envolvidas, e se possível participação de instituições respeitáveis como sindicatos e ONGs, além de ser algum acontecimento não muito cabuloso ou controverso.
Neste caso, conforme dito anteriormente neste texto, o festival está isento de qualquer tipo de desvio de dinheiro por seus organizadores – totalmente limpo.
Ainda, a iniciativa estava indiretamente vinculada à organização não governamental Anistia Internacional.
E talvez o mais importante fato que definiu esta data seja o fato do festival ter ocorrido ao mesmo tempo na Inglaterra e Estados Unidos, dois países que disputam a tal paternidade do rock. Por mais que o termo tenha sido cunhado pela cultura americana, sim, a Inglaterra tem seus argumentos justos, que não caberiam a um texto curto de blog.
Isto é política, e é assim que gira o mundo.
Mesmo sabendo de tudo isto, é justa a discussão sobre a data escolhida.
Naturalmente, se considerarmos fatos históricos, existiriam datas mais importantes como o lançamento de Rock Around The Clock de Bill Halley, ou talvez algo relacionado ao festival de Woodstock.
Mas, se eu fosse considerar uma data diferente desta, provavelmente votaria no dia em que o rock mostrou abertamente sua verdadeira face, o dia 27 de Outubro, data de lançamento em 1977 do álbum Never Mind The Bollocks dos Sex Pistols.
Este álbum foi magistral em registrar que Rock é diversão, mítica e contravenção (e a isso não se aplica um “apenas”).
Me dói no peito quando vejo alguém tratar o rock como matéria respeitável, música boa. Não era isso que os verdadeiros roqueiros pregavam, a começar pela expressão que o define, Rock'n'Roll, uma gíria dos negros americanos para transar.
Os verdadeiros “rock'n'roll balls” eram festas animadinhas semelhantes a um baile funk carioca, ao som de muito Blues e Fox Trot.
Quando os Sex Pistols lançaram o citado álbum, o Rock mundial passava por uma soturna fase de lirismos e musicalidade apurada (que eu adoro, diga-se de passagem), e de músicos tratados como entidades quase divinas por seus fãs.
E eis que nesse cenário, chega uma banda imaginária, mítica, de semi-deuses do escracho, escolhidos numa apurada seleção pelo produtor Malcolm Mc Laren, ex-quase-agente dos New York Dolls.
A banda, criada inicialmente para promover a grife “SEX” da esposa de Malcolm (outra longa história que não caberia neste texto), nada mais era do que uma cria em estúdio da mesma forma que se faria depois com os Menudos e New Kids On The Block.
Tudo na banda era falso, desde o fato dos integrantes não serem músicos até os cabelos e roupas estudados e criados por estilistas.
Ok, tenho de citar... A esposa de Malcolm era uma tal de Vivienne Westwood, uma das mais influentes estilistas da cena underground londrina.
Mas vejam só, este tal álbum lançado por uma banda fajuta, sob a contraditória bandeira de renovação do rock de verdade, faça você mesmo e quebra de todos os valores musicais e éticos de uma era, se tornou a mais influente banda de rock de uma geração, responsável por um padrão de rock-pop que persiste até os dias de hoje nas rádios e sites de mp3.
Na época, o grande barato é que o produtor e a banda fizeram questão de deixar isto claro para o mundo, no álbum seguinte, The Great Rock'n'Roll Swindle, “A Grande Trapaça do Rock'nRoll” ou “Tiramos onda com suas caras, seus manés!”.
Sim, eles tiraram onda com a mídia, a crítica especializada, a indústria. Venderam gato por lebre e mostraram ao mundo como as coisas são feitas neste universo.
A história da banda ganhou alma graças à personalidade controversa de seu “baixista” Sid Vicious, cuja história caso você não conheça eu prefiro que tente alugar o DVD do filme Sid & Nancy, uma bela fantasia sobre isto tudo.
O Rock sempre foi uma grande trapaça, meus caros!
Quando o ritmo explodiu entre os negros, os brancos puseram o caipirão branquelo Bill Halley na TV, para salvar as famílias americanas da influência negra.
Quando Little Richard botava quente com sua androgenia e uma voz digna de qualquer banda de Metal dos anos 80, os americanos inventaram o tal rei do Rock, Elvis Presley, um adrógeno branquelo e loiro, que rebolava e pintava os cabelos de preto para tentar dar veracidade, alma latina, transgressão ao seu country rock comportado.
A Inglaterra, sempre uma das mais criativas indústrias de Marketing e Publicidade, se especializou em criar mitos com bandas que, assim como os Sex Pistols, eram planejadas desde a escolha de músicos que deveriam funcionar bem juntos visualmente, até o cuidado com gravações que duravam séculos até atingirem os resultados esperados, capas planejadas por designers top de linha, carreiras estudadas passo a passo como numa empresa.
Assim, vieram Beatles, Stones, Led Zeppelin, Black Sabath, Pink Floyd e tudo mais que ficou na história do rock.
Enquanto os americanos tinham de morrer de overdose para ficar na história, os ingleses faziam história com um marketing bem planejado que nos fazia sonhar.
É tudo espetáculo, mítica, diversão, expurgação, exorcismo!
É tudo festa e anarquia.
Então, independentemente do que parece ter acontecido na tal história do rock, e tudo mais, é incrivelmente importante ver o reconhecimento de toda esta algazarra pelos órgãos oficiais, e poder ter uma data marcada para contar estas histórias, como os antigos guerreiros contavam suas batalhas.
Pois de brincadeira em brincadeira, de algazarra em algazarra, mudou-se o mundo.
E graças a toda essa trapaça, o mundo tem menos preconceitos entre raças, classes sociais, direcionamentos sexuais, comportamentos.
E além do mais, é um bom motivo para se tomar cerveja e andar de Harley Davidson, não necessariamente nesta mesma ordem.
Pelo menos por enquanto, viva o dia 13 de Julho!
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08 julho 2011
Tempos Modernos
O tempo passa, o tempo vôa, e a Poupança Bamerindus... Nem existe mais.
Daí, meu velho amigo Innó me enviou essa e outras fotos da época em que eu estava chegando em terras recifenses, e achei por bem compartilhar com os amigos e amiguetes.
Sim, a vida é mesmo um eterno estica e puxa, caro whofarteder, e eu já tive minhas fases de andar arrumadinho, ou quase isso.
Mas não se engane. Esta foto, de 10 anos atrás, mostra um cara muito parecido com este de hoje, com a diferença de que eu ainda estava estrebuchando dentro do tal mercado de agenciamento de modelos pernambucano, e começando a partir para novos horizontes prestando consultoria em marketing de varejo para pequenas lojas e confecções da região.
Tudo isso parece muito sério, mas na verdade é tudo cabassafadisse do mesmo jeito que é tocar Blues.
Música pra mim, nesta época era uma mera lembrança da minha adolescência.
Havia apenas alguns dias antes desta foto, eu estava quase tão cabeludo e barbudo quanto hoje, mas aí, recém amancebado, minha bela esposa pegou a tesoura e consertou essa falha, cortando o cabelo e fazendo barba.
Claro... Algum tempo depois, olhou pra mim e disse: "Sei não mais o que sinto por você... Você não é mais o mesmo..." - disse Dalila a Sansão da Tarde
Brincadeiras à parte... Cacildis... Baralho... E num é mesmo que depois disto eu engordei um bocado?
Esta foto foi tirada num shopping onde eu tinha montado uma agência de modelos (uma franquia mezzoboca da Taxi Models de Sampa, com uma passarela, um estúdio improvisado e um microstand da antiga Directv), e minha loja ficava bem ao lado da Praça de Alimentação.
Pois então... Tinha que estar lá bem antes das 10 da matina e café da manhã pra mim era dois enganadões de queijo com presuntada de praça de alimentação em embalagem colorida de shopping e um litro de Coca em copinho fechado com canudinho. Hmmmm... Coisa boa.
Depois emagreci de novo, e agora engordei outro bocado.
Mas releve. Afinal, cheguei aos 40, né mesmo?
Espere mais uns meses e estarei assim de novo - marmagrim.
Ora, sibito.
Mas a memória é boa.
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que foto é essa?
La Vida Loca
Talvez você também tenha pego na Sessão Corujão da Rede Grobo de Telebizonhos por estes dias, um filme chamado Tudo Por Dinheiro (Two For The Money), com Al Pacino.
Filminho interessante, adequado à madrugada. Melhor que dormir. Do tipo que se não é uma obra digna de 7 Oscars, pois não tem cena de gritos na chuva nem atores em papéis excêntricos, pelo menos traz uma discussão instigante sobre o tema jogo (gambling).
Gosto de opiniões controversas sobre temas tabu, daquele tipo que a sociedade gosta de isolar no quarto dos fundos, como se fosse aquela tia louca a quem todos querem esconder e até mesmo citar seu nome seria agressivo à família.
Tipo... Joguem os pedófilos na forca, os drogados na cadeia e salvem as baleias e os ciclistas.
E falando de vício por jogo, um dos antipanteões da família católica, o cabinha do filme fala: “Você não joga porque acha que vai ganhar. Você joga pra perder, e assim se sentir vivo, pois gosta da sensação de estar no fundo do poço.”
Isto, claro, é mera psicologia.
Mas uma coisa é você ler um livro de teorias e outra é se deparar com essa realidade em um filme comercial, que de alguma forma te faz buscar situações semelhantes na sua vida.
Ainda me lembro de forma peculiar de quando eu era moleque e tive de deixar um daqueles apartamentões em bairo nobre com minha família arrancando os cabelos para morar num pequeno apartamento, devido a uma ordem de despejo gerada por um negócio que deu errado e tinha o tal imóvel como garantia.
Também, ainda guardo boas memórias da primeira vez que me vi levando corno de mulher.
Em ambos os casos, tudo deu certo no final.
Mas também em ambos os casos, apesar da situação extremamente negativa, a primeira sensação que tenho na memória não foi exatamente ruim, após concretizadas as primeiras consequências.
Estas e outras situações ruins que eu, como todo mundo que conheço, um dia tive de enfrentar na minha vida comum, me fizeram sentir vivo. Eu quase tinha orgulho de dizer que havia passado por tais experiências.
Há um certo feeling de liberdade em se perder algo que te toma grande parte de suas preocupações diárias. É como arrancar um dente que dói – e esta experiência, eu ainda não tive, mas posso imaginar.
O ser humano tem, por instinto, a necessidade de enfrentar desafios, resolver problemas, como quem estivesse numa selva a caçar um preá, ou um macaco, para sanar a fome daquele dia, e é fato notório que estar em uma posição confortável vai contra este instinto, trazendo um certo desconforto, uma vontade de dar um murro na parede, o tal do stress.
A sociedade (eita) ocidental é contraditória, pois o grande desafio do ser humano moderno é buscar a estabilidade financeira e emocional. O cara se estressa porque não está conseguindo, e quando consegue se estressa porque se sente preso às obrigações de manutenção.
Ralar para comprar um carro importado pode ser bastante desafiador para alguns, mas, se depois de conseguir esta façanha seu foco se voltar para a manutenção deste carro, o cara entra em crise. Pra se sentir vivo é preciso querer comprar o segundo, e o terceiro.
Por isto, nada deixa o homem animal mais acuado do que ter um bom casamento, um bom emprego, um apartamento para pagar o condomínio todo mês. É um eterno jogo de manutenção, em guerra com o instinto de conquista.
Quando tudo dá certo na vida, quando as coisas vêm fáceis, tudo perde o brilho.
Perder tudo, em contrapartida, abre os horizontes, pois deixa claro que você está exposto à derrota assim como qualquer um. Uma derrota legitima uma vitória, pois só faz sentido ganhar, se ganhar for um desafio.
Não ter nada significa que tudo é possível.
Ter algo significa repetir ações constantes para continuar a ter apenas o que já se tem. É trabalhar sem receber.
E é uma verdade incontestável que só se pode ganhar algo e se sentir vivo se você estiver disposto a perder aquilo que deseja e souber que perder é uma possibilidade real.
Quem não está disposto a perder, a jogar, vive cultivando sonhos não realizados, pois perder não significa apenas perder o objeto de desejo, mas o próprio sonho.
Todos precisamos de um adversário.
Na maioria das vezes, o adversário é o simples destino, o caminho natural do trem se você não criar os desvios.
A vida é um instigante jogo de azar. E é um vício por si só.
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adorei esse filme,
dois legumes,
filosofia greco-romana bi-polar
10 junho 2011
Rompantes Guitarrísticos de um Blueseiro
Acabo de comprar um velho amplificador todo valvulado para guitarra, de 50w.
Quem sabe do que estou falando, deve ter entendido logo a situação: é pau!
Engraçado dizer isto, pois pouca gente hoje em dia sabe que toco guitarra, bateria e synths, e que apesar de meus 11 anos sem por a mão na massa, ando voltando a me engraçar destes apetrechos musicais interessantes.
Ainda em São Paulo, pouco antes de me mudar para a terra do sol poente, costumava trabalhar agenciando minhas modeletes com um amplificador Marshall de 100w e uma guitarra Washburn escondidos embaixo da mesa, que pegavam fogo depois que o expediente acabava.
Gosto muito da forma que toco Blues com jeitão vintage, meio roots, meio fingindo que toco mal. Devo ser um dos poucos guitarristas de Blues que aprendeu a tocar ouvindo caras como John Lee Hooker e fogem da adoração a Steve Ray Vaughan, Clapton e Hendrix.
E que fique bem claro que sempre engoli (escutei até furar) os vinis de Clapton, Hendix e Vaughan quando era moleque. Mas pra tocar, eu nunca quis ser assim tão bom quanto eles. Minha viagem sempre foi aquela coisa do neguim solitário com uma guitarra velha nas mãos pegando carona nos caminhões da roça e tocando nos puteiros, contando histórias de grandes feitos com a mulheres, cachaça e brigas de bar.
Mas não se empolgue. Isto não significa que agora me tornarei um guitar hero das noites recifenses fazendo estrepolias pelos bares locais.
Como acabei de dizer, fazem 11 anos que não dava real atenção à pobre da guitarra, e desde então tenho meus rompantes de volta ao batente que nunca duram mais que 1 ou 2 meses, nunca suficientes para acordar o leão adormecido.
É fato que no momento minhas mãos e dedos não respondem aos meus comandos, e provavelmente terei de insistir alguns meses mais entre 4 paredes antes de poder empunhar os primeiros acordes primários num palco.
Mas o fato de eu estar há mais de 3 meses tendo vontade de tocar guitarra pelo menos alguns minutos por dia é animador - é, caro músico, estudar por horas num mesmo dia é algo ainda distante pra mim, relaxe.
Minha guitarra é uma fuleirex de R$200, mas resolvi partir para ignorância e começar com um bom amplificador. Afinal, os grandes mestres como Bo Diddley e T-Bone Walker tocavam em guitarras sem preço... Piores que a minha.
Prometo que mês que vem, ou o outro, se eu me comportar direitinho darei mais um presente a mim mesmo e arrematarei uma Fender Strato americana de responsa.
Estou contente. Gosto destes rompantes desafiadores. Agora, é reformar o amplificador, trocar válvulas, por um falante de gente grande e pronto.
Meus vizinhos irão se arrepender se puserem o hit "Vou Não Posso Não" pra tocar na minha janela em alto volume mais uma vez.
Vá tirando onda pra ver.....
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acredite quem quiser,
cara que legal,
filosofia greco-romana polar
Cabassafado Virado dos Ovos
E mais uma vez me deparo com alguém que se baseia na mera observação passageira para dizer que sou arrogante, esnobe, blasé.
E é, é?
Confesso, babies. O problema é minha falta de paciência com as pessoas. Sou chato mesmo. Mas sou legal.
Não por me achar melhor ou maior, mas por que sou meio autista mesmo. Meio doido. Falta-me capacidade de me conectar com pessoas normais. Gosto imensamente do silêncio da solidão e daquele sentimento meio melancólico de ir ao cinema sem ninguém pra roubar minha pipoca ou pra dizer que o filme é chato - ou pior, querer conversar durante a trama.
Incomoda-me profundamente tentar manter uma conversa num ambiente barulhento. Aliás, porque mesmo alguém vai querer discutir o destino do governo de Dilma durante um show de rock ou uma rave?
Também, é fato que muita gente deve se sentir ameaçada quando ao me perguntarem numa conversa de bar se prefiro Skol ou Schin, eu respondo Muller, Stella, Heineken.
Mas não, definitivamente não se trata de esnobar, são meus gostos peculiares, adquiridos ano a ano, na conversa com amigos, nas descobertas e experiências. Gosto de botecos baratos e restaurantes italianos caros. Gosto de Havaianas, bermudas, camisetas de rock e adoro ternos Hugo Boss. Sou fã do Roberto, gosto de punk rock, adoro música classica autêntica, jazz cantado, e me encanto com Riachão, Luiz Gonzaga, Novos Baianos - e claro, gosto pra cacete de cantar Blues e fingir que toco guitarra.
Nada é uma questão de valor social.
Adoro conversar com meninas que se encantam comigo, principalmente se me encanto por elas. Mas não consigo ter paciência pra conversa de maluco beleza.
Não consigo reconhecer pessoalmente pessoas com quem converso no Facebook e Orkut. É preciso me dar um sinal de quem seja.
O mesmo se aplica a pessoas que mudam o corte cabelo, engordam mais de 50 quilos, ou encontro fora de seu contexto natural, tais como atendentes uniformizados que me encontram sem uniforme ou professoras de yoga que aparecem vestidas para matar numa rave misteriosa.
Mas ser indelicado? Jamais.
Tenha coragem de encarar minhas feições por vezes tensas pela timidez incalculada ou marcadas por tantas decepções que o tempo naturalmente traria a qualquer um, e encontrará um sorriso aberto e franco de alguém que deseja sempre o melhor, venha de onde vier e cultiva um certo mal-humor sarcástico viciante.
Às vezes não estou inspirado para conversar, mas gosto de estar ali.
Conviver comigo é uma montanha russa num ambiente sem gravidade, e os poucos eleitos que atravessam a bolha sabem do prazer que tenho com suas presenças e assuntos, do carinho com que sempre estou cuidando sutilmente para que tudo dê sempre certo.
Agora, não posso evitar o fato de ser lindão de mais da conta e irresistível para modelos famosas que teimam em tentar me agarrar - sim, eu sou o foda.
Quer saber? Macho Alfa é pouco. Eu sou é o Cabassafado Alfanumérico das Estepes.
E tenho dito!
I'm drinking TNT and smoking dynamite!
Tá. Deixaquieto. É sono,ouvido tampado (ainda), e ovo virado.
09 junho 2011
Hellafucking Usual
Eu, assim como outros milhões de pessoas em idade sexualmente ativa nos tempos de todo mundo é de todo mundo, estou sempre no final de algum relacionamento.
Claro, relacionamentos que duram uma semana, e se completam com uma semana ou mais de pequenas baixarias no que todas as relações de ordem sexual entre duas pessoas acabam por terminar - falo desta forma, respeitando a grande gama de possibilidades a que a sociedade está aberta hoje em dia, e cada um que cuide bem do seu você sabe o que.
Quando a outra parte em questão é uma mulher (e disso, posso dizer que entendo, graças a meus quarenta anos dos quais grande parte trabalhando com a mulherada) a coisa sempre acaba numa técnica utilizada largamente por elas, chamada "bomba de isolamento social".
A B.I.S. atende às necessidades imediatas de defesa das moçoilas contra o seu maior medo neste momento de final de relação: ver o ex-qualquercoisete pegando alguma de suas amiguetes parceiras de baladas.
Sim, caros leitores... Se você, sendo homem, reclamar que uma ex-moçoila sua andou ficando com seus amigos, elas dirão que você é infantil e inseguro, mas se a situação se inverter e você acabar pegando uma daquelas amigas gostosinhas dela, surgirá um animal belzebuzado de rabo pontudo capaz de furar seus pneus e fazer telefonemas noturnos com frases rápidas de alto impacto.
Mas, geralmente, graças à B.I.S. esta é uma situação que se torna largamente evitável, salvo se sua ex-peguerete tiver uma bela amiga querendo se vingar dela, e aí sim, você não precisa nem fazer muita força.
Mas vamos deixar de lero-lero e explicar mais sobre a tal "bomba de isolamento social", pois afinal isto é informação de interesse público.
Sempre que uma moçoila entra em fase de final de relacionamento com um homem, ela toma o cuidado de fazer uma lista das suas piores trepadas, suas indiossincrasias, seus piores atos anti-heróicos, e os divulga com alguma dramatização e algum incremento entre suas amigas mais interessantes.
A ideia naturalmente, é blindar o novo solteiro do pedaço.
Então, se você parecia o homem dos sonhos para aquele grupo de garotas interessantes enquanto estava pegando aquela gata, ao final do processo B.I.S você se parecerá com um cara sem-noção, meio brocha e provavelmente veado, visto que perdeu o interesse por ela, a última bolacha do pacote mais caro da bodega.
Naturalmente, após algumas semanas, sua ex-agarrete estará de volta à sua cama, como grande amiga de transadas ocasionais e absolutamente compreensiva com os ratos e baratas de sua residência, enquanto todo aquele grupo que estava em volta dela, começa a te olhar meio desconfiado e meio com peninha de sua pobre pessoa.
A solução ao estilo vicking é sair fazendo a rapa entre estas amigas da sua ex-numtemtuvaitumesmo e deixar que cada uma delas tire suas próprias conclusões a contragosto de sua atual amiga.
Mas pra quem não é Thor, o melhor é deixar pra lá e se resignar, pois infelizmente mesmo as meninas mais bem dotadas intelectualmente acabam por demonstrar esta pequena falta de, digamos, tato num momento de "rejeição".
Talvez, a maior diferença entre meninas e meninos desde a escolinha é que homens são treinados para suportar a rejeição das garotinhas e partir pra outra. Mulheres são treinadas para achar que qualquer homem deve se apaixonar por elas se elas se mostrarem interessadas.
Eu não vejo muitos homens dizendo que as mulheres que lhe rejeitaram são sapatinhas ou têm a perereca mal-lavada, salvo quando isto condiz com a verdade.
Mas sim, caras moçoilas e moços leitores deste veículo de crônicas sociais da nova geração, já fui muito vítima deste tal de B.I.S. e dou um grande conselho para os nobres colegas que já passaram por este tipo de bullyng: vão tomar cerveja gelada e ouvir um CD do AC-DC no talo, pois o que se ouve de você por aí, você já ouviu bem pior dos outros pela boca de uma linda mulher, e afinal o mundo é uma grande cidade de interior.
Quanto a mim, lindas meninas, jamais fiquem se perguntando ou inventando razões imaginárias pelas quais eu tenha me desinteressado ou porque nem quis te levar. Eu me desinteresso rapidamente de qualquer coisa. Dizem que é síndrome de brinquedo novo, ou algo assim. Que seja. Não é nada com ninguém. É o mundo, é o mundo...
Como mesmo viver sem elas e seus carinhos? (eita, que final romântico)
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05 junho 2011
Monroe Knows It All
Confesso que sou fã do cachorro "Pipoca" do reclame da Pedigree.
Aliás, não era isso que eu ia falar... Peraí.
Existem momentos em que eu penso bastante, tenho muitas ideias a respeito da capabilidade de resistência das supercordas (vá para o Google) ou a energia que poderia ser criada se conseguíssemos amarrar uma linha de pensamento em um dínamo gigante, mas ao final, paro, repenso e não pareço ter vontade de compartilhar as minhas maiores conclusões.
Não há muita coisa que eu me perceba pensar sem um pouco de direcionamento intencional.
E quantas pessoas, na verdade, vivem num mundo que eles gostariam que existisse, mas não existe?
Se eu fosse traduzir o atual momento em uma mulher, provavelmente seria Marilyn Monroe.
Ou, para os fracos de imaginação, eu talvez esteja dizendo que as coisas não são bem aquilo que parecem ser, mesmo que a beleza do momento chame sua atenção.
Eu não deveria ter saudades de tantas coisas e pessoas. Eu não aprendi a deixar passar o mundo.
Sinto falta da cobertura do edifício em São Paulo e seu deck com piscina banheira, de pirulitos de coração, passeios nas cachoeiras do mato fechado, da canção Nothing Compares 2 U, das conversas etéreas, do Jack (o que hit the road), do número 44, isso para não citar outro zilhão de coisas sem sentido para qualquer um, salvo para mim mesmo.
Estou um pouco sem senso de humor. E surdo. Surdo mesmo... Ouvido entupido há dias.
Deve ser o tanto de merda que passa pelo meu ouvido médio todo dia... (tem soda cáustica aí?)
Juro pra você. Minha vida daria um blog.
Relaxe, contarei mais e mais. Mas não agora.
23 maio 2011
Um Pulinho Até Ali
Era uma tarde ensolarada perdida nos dias, sem nada que a pusesse em destaque na semana, quando acordei meio zonzo, desorientado, ao lado de uma bela menina de cabelos negros tingidos e corte modernoso, smelling good as angels should, maquiagem nos olhos, e um jeito melindroso viciante.
Estava numa casa grande, uma suíte com uma larga janela com vista para um jardim cheio de árvores, e uma brisa interessante entrando pelo quarto.
Sento na cama, faço uma pausa pra tentar me situar, olho para ela e digo:
“Preciso te falar uma coisa importante... Sério, presta atenção.”
Ela me olhou com cara de quem já esperava que eu puxasse uma conversa assim, e respondeu:
“Ah não... Até já sei o que você quer dizer... Não começa a complicar as coisas.”
Fiquei meio constrangido, porque vi que a moçoila esperava que eu fosse entrar numa D.R. ou algo assim. Mas não, definitivamente este não era o assunto da conversa.
“Não fica chateada não, babe, mas não é bem isso que você está pensando.”
O problema é que eu estava ali e tinha certeza de que tinha uma relação qualquer com ela, entendia quem era, percebia os laços, mas tinha de explicar a real:
“ Eu simplesmente não me lembro como foi que eu cheguei até aqui. Não me lembro quem é você e apesar de saber que te conheço, nem seu nome eu sei.”
Não era amnésia alcoólica não.
Eu tinha sinistramente viajado para o futuro dentro de meu próprio destino, ao estilo Efeito Borboleta, o filme tosco.
Mas, como explicar isto a alguém sóbrio?
Eu sabia que estava num sonho, mas não parecia ser. Era tudo concreto e numa linha de tempo absolutamente linear.
Não houve diferença na realidade depois que acordei, alguns minutos depois.
Este é o Who Farted, e portanto, deixo que os Whofarteders tentem descobrir o que é verdade e o que fantasia nesta história maluca.
Aliás, é bom esclarecer que é melhor nem eu mesmo tentar separar isto.
Black Water, black water.
Mas o sol está lá fora.
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19 maio 2011
Crônicas de Mais Uma Noite
Na noite, é comum encontrarmos aquelas meninas incríveis que misteriosamente resolvem nos provocar, como quem diz “pega-me se for capaz”.
São sereias da cerveja e da vodka, geralmente doces visões da encrenca grossa.
Elas aparecem em ondas como o mar, cada uma a sua época, deixando os protagonistas das situações louquinhos, louquinhos.
Sim, você entendeu certinho, meu camarada. É o que o cara poderia chamar de grupie depois que fica famoso com algum hit ao estilo Festa no Apê.
Elas podem jogar seus olhares sedutores a vários trabalhadores do palco ao mesmo tempo, criando uma competição leal entre os interessados.
Já vi de perto alguns namoros sérios começarem assim, e veja que contradição danada.
Algumas destas belas criaturas da noite são simplesmente fêmeas de alguma espécie bovina não muito rara, outras não querem nada com absolutamente nada, e outras querem elevar sua autoestima, num egoísmo relacional incrível.
Mas de vez em quando, sim, meus caros leitores, aparece uma daquelas figuras míticas que te fazem guardar pífias esperanças de que naquele olhar meio amortecido haja verdade apenas em sua direção, ou no máximo pra mais um ou dois.
Não me interprete mal, babes. Ainda não sou quem se encantou pela princesa da torre do castelo mal-assombrado, ainda que facilmente poderia, não fosse minha carteirinha de tiozão da Harley.
Ah, se poderia.
Mas aqui, faço uma observação genérica baseada num déjà vu.
Existem meninas que são o trigo no meio do joio, cuja riqueza de personalidade é tão adorável e admirável, que você realmente gostaria que ela não estivesse ali pra mais ninguém na roda dos encantados.
Estas estão longe da categorização de "grupie". Geralmente, estão ali por acaso de um momento da vida, um final de namoro, ou por causas nobres como boa música, boa conversa e diversão.
O mundo da música merece. Que sempre apareçam por aí.
Ora, então não me venha dizer que estou sendo dramático, dona maria.
Quem não me conhece que me compre baratinho.
Mas, falando um pouco sério, confio na minha doutrina cabalista.
Até lá, deixe-me ouvir o choro dos que caem.
Como diria o Bin Láden na canção em parceria com Chororão, “Se não é o que vai fazer você feliz, bomba neles!”
E que este post seja apenas um comentário absolutamente en passant sobre um flash de memória que me veio de susto e faz jus ao velho WhoFa.
O Falcão já dizia: "É preciso muito equilíbrio emocional".
Ô lá em casa.
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16 maio 2011
Quem Falou em Chuva?
Momento de sol a pino. Tudo tão bem, que às vezes me incomodo com a obrigação de continuar, seja lá o que for que acontece.
Sempre me fascina, o horizonte.
Mas as coisas boas vêm, muitas vezes disfarçadas de crises, sejam no amor, no dinheiro e até na comida.
Às vezes de tanta coisa errada que acontece a gente se obriga a se mover.
Mas já que trisquei no assunto, definitivamente não me reconheço nas fotos que vejo de mim mesmo nos últimos meses. Não são eu – é preciso levar a sério o projeto da dieta saudável à base de Coca-Cola Zero e bolo de chocolate diet.
Mas não sou vilão. A vida não seria boa se não tivéssemos a liberdade de nos liberar das obrigações sociais e divinas vez ou outra, e apenas se deitar ao sol, sem querer saber de saúde nem conversa mole, assim como fazem os calangos – apenas fazer o que sente vontade, sem se preocupar com a sociedade e a sobriedade.
Neste último final de semana, mais uma vez percebi como deixo algumas meninas confusas com atitudes assim, descuidos do não, otimizações do sim.
Às vezes machuco, ou abandono sem prévio aviso. Mas, em tempo, as conversas pontuais acontecem nos reencontros casuais.
E assim aconteceu. E acho que o papo fluiu legal, me levou embora mais algum peso (mas não da barriga).
Ao contrário da maioria dos seres masculinos, não estou interessado na adrenalina de ganhar mais e mais dinheiro, muito menos em conseguir mais e mais sexo.
Gosto da justiça de apenas usufruir daquilo que sei que posso retribuir no volume certo, ou me sentiria batendo punheta (estou falando de dinheiro, agora).
Não é descaso nem desinteresse, não é assim que funciono.
Gostaria de ter a felicidade de escolher o que quero.
Mas a vida ensina que a vida que temos, as experiências que levamos, são o gatilho para o instinto, necessidades da alma, da vontade de repetir o que funcionou, e desafiar o que já te desafiou.
Escolha? Quem escolhe? A vontade vem como a fome, a vontade de soltar um pum Who Fartediano.
Dizia Freud que até a vontade de comer bolo de chocolate deve ter alguma coisa relacionada com a maneira que sua mãe te tratou.
E quem sou eu pra querer te dizer como funciona essa coisa de ser humano? Nem Deus sabe mais o que fazer com isso.
Provavelmente, perder-se de paixão por alguém deve ter algo relacionado com o tanto de bolo de chocolate que você come.
E afinal, mesmo com vontade de meter um murro na cara de um ( e este é um outro assunto, mais longo e psicologicamente complexo do que o primeiro), fico contente por ter aprendido de uma vez por todas a não lutar contra o que sou.
Um cabassafado pernambucano rodado pelo mundo a fora comedor de coxinha e beirute. Tenho um gosto danado de bom pra comida, cinema, cerveja e mulheres. Música, nem tanto.
Peraí que vou atender o celular e já volto... Adoro programar PHP (melhor e mais intenso que xadrez).
Clean Shit.
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05 maio 2011
Um Universo de Sutilezas
Talvez já tenha escrito sobre isso aqui antes, mas vale a pena a repetição esperta de certos temas.
Vamos tentar corrigir com errorex (branquinho) o mundo, mais uma vez! Uêba.
Há dias em que me pego tentando explicar aos incríveis e carismáticos garçons e garçonetes que me atendem diariamente que Coca-Cola gelada não é nem nunca será a mesma coisa que Coca-Cola com gelo.
É óbvio que quando peço uma Coca e um copo bem grande com muito gelo, e o garçom diz “não temos gelo, mas ela está beeeem geladinha...” com aquela cara sorridente de quem acordou e disse “bom dia sol, bom dia árvore” ele não entendeu que não se trata de querer o refrigerante mais gelado.
Ora, sibito.
Esse é o tipo de gente que compra croissant de supermercado, fofo e mais caro do que numa padaria, e finge que tá gostoso.
É a diluição da pretinha nas brilhantes pedras transparentes e o paladar do gelo na língua enquanto a gelada desce triunfante pela minha garganta seca num dia de verão que faz a diferença, e também a minha perdição no açúcar em alta dosagem – sim, pois espero não precisar explicar que Coca Zero não é substituto para Coca.
Mas tá bem... Vamos tentar novamente:
Peço espaguete ao sugo (Hmmmm).
“Mano, tem queijo ralado aí, meu filho?” - digo eu com cara de cliente feliz da vida.
“Eita, tem não... Só amanhã... Mas já tem bastante queijo no molho (seu chato)!” - diz o cozinheiro.
Certo, desisto de explicar.
O mundo está perdendo a sutileza, e ponto.
Ou talvez nem tanto.
Pode parecer cheesy, mas achei muito bacana o casamento dos príncipes na Inglaterra. Não assisti, mas gostei mesmo assim. Coisa de profissional, mesmo.
É engraçado que quase ninguém entende de verdade que o papel da realeza britânica naquele país é exatamente este, de manter as sutilezas e os carinhos da vida.
Eles são os grandes guardiões do legado de bons costumes da Grã Bretanha, responsáveis pela inspiração de um povo, e por fazê-los sonhar com um estilo de vida interessante, boa moral, ideais nobres.
Eles são a mesma coisa que os astros de cinema e o Miojo Bin Lámen são nos Estados Unidos.
E enfim, cada vez que um casamento da realeza acontece, isto inspira milhares de pessoas a seguirem seus passos e sonharem com um casamento massa, uma família, viver algo que valha a pena em suas vidas.
Se a mídia diária, os amigos, os livros inteligentes, as pessoas inteligentes dizem que agora no mundo ninguém é de ninguém, o casamento é uma instituição falida, família sucks, logo vem o Príncipe e inspira uma nação inteira a prestar atenção na vida, casa com uma gata deslumbrante da plebeleza, tá comendo bem, e diz ao povo faminto que “o sonho ainda não acabou – baixe mais o seu olhar na prateleira de vidro e encontrará alguns com bastante creme e açúcar ainda, se tiver uns trocados pra gastar.”
O primeiro mundo é mesmo uma lição de civilidade! Vivem nos ensinando coisas legais sobre moral e bons costumes.
Vejam o exemplo dos Estados Unidos.
Estão comemorando e mostrando ao mundo com orgulho o fato de uma equipe de milhões de dólares por semana, ter utilizado satélites e armamentos de alta tecnologia, contraespionagem e sua inteligência caucasiana superior para buscar um homem por dez anos e enfim matá-lo, sob ordens de seu presidente.
Por coincidência, isto ocorre durante o mandato de um presidente negro e de descendência muçulmana e jogam o corpo ao mar rapidamente, sem mostrar ao mundo a cobra que o pau matou.
Vou parafrasear o próprio Obama em sua frase no dia anterior ao ocorrido, durante sua reunião anual com a imprensa:
“Está na hora de você(s) se preocupar(em) com algo mais importante como, por exemplo, se o homem foi mesmo à lua ou não” - ou qualquer coisa parecida com isto, citando o fato de ter mostrado a cobra no caso da acusação de ele não ter nascido nos states.
Fica também a pergunta: Que dificuldade mesmo teria uma equipe que conseguiu matar o Bin Lámen e viajar à lua em conseguir uma certidão de nascimento legítima que poderia dizer até que o Obama é branco queimado de sol?
Bem, deixa eu ver de novo aquelas fotos na lua com três sombras...
Realmente inspirador. Uma lição de vida, que diz...
“Não tem gelo? Vá tomar sua coca num lugar mais bem equipado.”
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26 abril 2011
Sonhando e Comendo
Por estes dias sonhei que estava alçando voo numa arca voadora, uma espécie de caravela alada como aquela que o Zé Colmeia pilotava nos desenhos animados.
Claro, esta arca quem pilotava não era o urso dos desenhos – você acha mesmo que eu teria sonhos assim tão infantis?
O piloto na verdade era o Didi Mocó, acompanhado das 7 crianças tristes.
Tá bom... Vamos começar assim: Sei lá o que isto quer dizer, mas se tiver algum intérprete de sonhos lendo isso aqui, aceito comentários.
O problema maior é que desde o começo das últimas chuvas aqui em Olinda, uma goteira cirúrgica abriu um buraco mágico, do tamanho do furo que um dedo indicador faria, no gesso do teto de minha suíte aqui no Heartbreak Hotel Olinda, bem em cima de minha testa.
Quando chove muito forte, caem umas 5 gotas do teto direto no meu fazedor de sonhos, com capsulas psicodélicas de memória digital, cada uma com uns 25 Giga de sonhos esquisitos baixados direto da chuva Torrent-cial.
Hmmm... Isto me lembra algo como o filme Black Water. Pero não deve ser nada tão sinistro.
Tenho apenas sonhado como quem assiste filmes pirata. Alguns são como se eu já tivesse assistido, mas as legendas às vezes fazem falta.
Sonhos por sonhos, me parece que minha vida real anda mesmo meio autopsicofágica.
Ao que me parece, estou num momento que prova a teoria de que “querer é poder e ter é como se nunca tivesse deixado de ter”, ou melhor definindo, se você aponta numa direção, e não desvia o caminho, chegará lá um dia. E quando chegar já deverá estar olhando mais longe.
Coisa divina essa.
Mas chega o diabo e diz: “Muito cuidado com o que você deseja.”
Frase clichê mais filosófica que conheço.
É preciso dizer que o sistema do universo tá precisando fazer um upgrade de memória RAM e processador. Algumas coisas demoram tanto pra acontecer pela regência divina, que chegam tarde de mais, ou talvez muito cedo para a próxima rodada.
Vamos começar a pensar em algo mais dinâmico, assim como o gênio da lâmpada. Os tempos são outros.
E por falar em tempo, devo me repetir. Pode até ser coincidência, mas nunca me senti tão velho em minha vida, como nos últimos meses.
Deve ser a falta da dieta e dos exercícios. Mas ô rotininha...
A preguiça gigante volta a atacar.
Mas veja bem... Depois de 4 noites seguidas sem dormir direito, trabalhando ao mesmo tempo em que tem uma intensa vida social noturna, você tem um ou dois dias livres para descansar. O que você faria? Exercícios e dieta?
Quer mesmo que eu te conte o que ando fazendo? Putz...
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07 abril 2011
Releituras de Dois Legumes
Não. Eu não tropecei numa casca de banana, não quebrei minhas mãos, não fui internado numa UTI, não fui levado prum hospício, nem me perdi bêbado indo parar em algum país exótico.
Se você notou algum espaçamento maior entre um post e outro no Who Farted é porque eu não estava afins de escrever nada.
Mas hoje, por motivo nenhum que se possa justificar, acordei indignado com a morte da bezerra, com vontade de mudar o mundo, plantar uma criança e criar uma árvore, escrever um filme e pôr um livro no banheiro para uso meramente higiênico.
Tudo isso porque, do nada, resolvi me lembrar e questionar o fato de eu estar decepcionado com alguns acontecimentos não muito novos à minha volta.
Acontecimentos que não me atingem à mínima, salvo pelo meu interesse em ver as coisas darem certo para pessoas que gosto, mesmo vendo de longe, como quem assiste o último capítulo de Ti-Ti-Ti.
Isso porque mesmo você sabendo que cada um deve carregar sua própria cruz de aprendizado, isto me incluindo, existem momentos em que você realmente acredita na capacidade, inteligência, honestidade e merecimento de outra pessoa, e simplesmente quer que ela tome as atitudes mais próximas da personalidade que você quer acreditar que ela tem.
Não se preocupe se pareci escrever confuso. Faz sentido, tudo.
Às vezes escrevo frases como equações. Talvez reflexos de minhas estranhas habilidades de programação de computadores.
Não são feitas para seres humanos entenderem.
Mas enfim, mesmo por nada, sem motivos pessoais (ou com) para desejar as atitudes que esperava ver, só sei que não as vi, e me pergunto, como em uma maldita equação:
"Será mesmo que eu errei em minhas avaliações e errei tanto que me fiz punir a mim mesmo convivendo com um ser estranho, me resignando em acreditar no que eu queria ver?"
Este seria o tipo de erro que me teria de fazer rever toda, mas toda mesmo, a minha vida.
Mas... Pausa.
Chega de falar da vida alheia, vida que não me convém se quer me preocupar.
A vida (a minha) tem sido divertida. Mas veja bem...
É fato que não tá rolando a tal dieta. Tá um problema. Mas já resolvo, já resolvo!
É projeto pra logo realmente emagrecer de volta aos... Hmmm... Manequim 46 (pra evitar falar isto em quilos).
Também, temos o projeto guitarra (Eita!). Esse tá mais adiantado que a encomenda, mas é surpresa para uma noite estranha qualquer.
A as mulheres? Ah, as mulheres....
Como sempre, tenho me dedicado a um misto de liberdade, libertinagem e apego.
Sempre funciona pra mim, não se espante.
Meus textos podem ser volúveis, mas minhas atitudes não.
Será que a vida pode melhorar? Claro que pode. Sempre pode. Pra mim, e pra todo mundo.
Mas deixa tudo como está, até melhorar.
24 março 2011
O Mundo Mágico de Wallysson Jr
Não sei como as coisas são, só sei que são como são.
Apesar das minhas constantes alegações justas de não estar comendo ninguém e querer encontrar a fatia de torta perdida da minha doceria predileta, tem épocas em que é possível pelo menos se ouvir o piar da jiripoca lá longe, e por motivos que eu preferia não tentar explicar, eu me empolgo e saio fazendo igual ao Zeca, deixando a vida me levar de novo, até um dia eu me agarrar à minha coerência e enfim, arrumar mulher, filhos, um cachorro, uma piscina e dois carros seminovos.
É muito importante comer alguém com quem você possa bater um papo se a noite terminar no horário do Telecurso 2ª Grau, ou você se tornará um excelente torneiro mecânico e um homem infeliz.
Fica claro que até mesmo na sacanagem o que mais importa é a amizade.
Eu sei que algumas moçoilas, assim como eu, podem ter ideias românticas, mas mesmo pensando assim, é impossível excluir o sentimento de amizade deste caminho.
O prazer de não fazer porra nenhuma por motivo nenhum com alguém a quem você não precisa pedir em casamento é no mínimo muito mais promissor do que a perspectiva de se investir numa recepção para cem pessoas com fotógrafo, bolo e padre cantor.
Além do mais, amigos podem até ter ciúmes mas compreendem melhor que amigos não se tem apenas um, fato impossível de ser evitado no mundo moderno, e portanto passível de resignação positiva e proativa.
E do que se poderia ter raiva de mim? Do meu senso de realidade prática?
Sim, dou muito valor a isto tudo, da forma que me parece fazer sentido, mais do que preciso expressar a quem convive comigo.
E vida pra mim parece muito leve, e é bom que se aproveite esta leveza em mim.
Posso trocar alianças por lenços, mas afinal o que fica de bom é a observação das tartarugas nos lagos selvagens.
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Salvando o Mundo
Que o mundo está acabando, tá todo mundo vendo. Os sinais estão em todos os lugares.
Obama pronunciou a palavra "Pernambuco" quando esteve no Brasil, o Oriente Médio está deixando de ser uma zona, para ser uma zona maior ainda, terremotos, tsunamis, chuvas fortes, falta d'água lá em casa.
Na tentativa de parar a destruição do planeta, ou pelo menos a parcela que tem sido bagunçada pelo homem, quando vamos ao supermecado, somos assediados por produtos "verdes", sempre assinalados com pequenas logomarcas que sugerem um mundo de ar puro, com belas árvores limpas (que não sujam seu quintal) e gente vestida de branco.
Produtos "verdes" são aqueles que se pronunciam amigáveis à natureza.
Por exemplo, um combustível que polui 20% menos a atmosfera, ou um feijão que gera 10% menos pum, salvando uma pequena parcela da camada de ozônio.
Eu fico imaginando esta regra aplicada a outras situações, tais como luta de boxe.
Um lutador amigável, que veste calção branco, da paz, que derruba seu oponente com 20% menos socos e 15% menos sangue no nariz.
Ou um caminhão, que em caso de atropelamento deixa 10 % a mais de massa corporal da vítima intacta.
Talvez uma arma com um projétil que destrói 25% menos a pele no momento em que atinge a vítima.
Sou mesmo a favor. Vamos salvar o mundo.
Talvez, quando o mundo acabar, poderemos ter mais 15% de planeta para viver.
E por falar em fim do mundo, ontem fui assitir ao filmaço "Invasão do Mundo", em tecnologia de cinema de alta definição digital 4k.
Entro na confortável sala, banco de couro, encosto pra a cabeça.
A imagem na tela estava DESFOCADA. E assim ficou por toda a projeção.
É ou não é o fim do mundo?
P.S. O filme não é bom nem ruim. Eu ficaria feliz de descobrir ele passando num Corujão de uma madrugada vazia.
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18 março 2011
Relembrando o Carnaval (para os paulistas)
Para os amigos de São Paulo que vivem me pedindo fotos do meu pré-Carnaval em Olinda, aqui vão algumas que recebi de amigos paparazzi, que devem explanar com eficiência a minha necessidade de sair da cidade durante os dias quentes de folia...
(PS.: Esse video acima é da molecada tirando um som aqui na porta de casa, com as cornetas, tipo 1 da manhã...)
Dia 28 de Fevereiro, Segunda-Feira, 14:34 minutos, indo comprar duas garrafas de água na vendinha (eu estou na setinha). Esses bonecões estão na fila do pão. A padaria fica logo ali ao lado.
Dia 24 de Fevereiro, 8:30 da manhã, indo dar minha caminhada matinal (tô lá na setinha)
É preciso explicar que, por aqui, as ruas costumam ter apenas 80% desse povo todo nos dias normais, e apenas um ou dois bonecões circulando.
Os bonecões são gente boa. É comum encontrá-los na fila do banco, ou fazendo cooper pela manhã no calçadão da praia. Geralmente, não são de falar muito, mas não fazem mal a quase ninguém.
A dificuldade maior está mesmo no supermercado. Temos três opções de alimentos, apenas, a não ser que peçamos para algum amigo trazer do sul. Podemos escolher entre tapioca, queijo de coalho e bolo de macaxeira.
Pra beber, aqui só vende água de coco e uma bebidinha caseira chamada pau-do-índio.
Mas já temos internet.
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17 março 2011
O Drama do Desmaio da Siriema
Uma das virtudes que mais demora a surgir no ser humano mediano é sua capacidade de construir a própria opinião.
Por mais agressivo que pareça a qualquer um pensar assim, basta refletir alguns minutos com a mente sem escudo para perceber que ainda neste momento a opinião de cada um reflete o interesse em concordar com pessoas a quem se admiram, ou discordar de pessoas que se invejam.
A construção da própria visão, contudo, liberta.
E livre, eu digo tranquilo com um plácido sorriso no rosto: caralho, que merda é essa?
Hoje eu tô preocupado, meio angustiado, meio curioso. Curiosidade define melhor.
Isto tudo, contudo, tem muito, mas muito menos importância mesmo que uma grossa fatia de bolo de chocolate com três camadas de recheio intercalado de doce de leite e chocolate, com cobertura de crocante, acompanhado de um grande copo de muito gelo com Coca-Cola.
Apesar dos terremotos, tsunamis e explosões de usinas nucleares no Japão, me parece que ainda não é mesmo o fim do mundo, e se for tá limpeza... Esse fim do mundo tá muito light, se for assim.
Posso viver sem gasolina e aquecedor se puder ficar aqui por Olinda. Mas não me deixem faltar água gelada e Internet.
Meu bom humor está em alta. Minha instigação pela vida está em alta. Quase tudo está em alta.
Vamos refletir.
Não é o fim do mundo. Não ainda. É apenas a morte da semana afogada em curiosidade.
Como dizem, pra tudo há remédio.
Este não é um post sobre a crise no Japão.
É sobre uma destas bobagens do pós 40 – deve ser bobagem, há de ser bobagem.
Amanhã, eu juro que conto alguma piada aqui no Who Farted. Hoje, deixa eu ser um pouco chato.
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15 março 2011
Still Got My Mojo Working
Ou... Pequenas mudanças, grandes negócios.
Seria inacreditável para muitos se eu explicasse, portanto, visto que a ninguém mesmo interessa, e barbaridades do mundo cão ninguém confessa, diga ao povo que fico, mas com ressalvas.
Algo interessante que percebi chegando aos tais 40 é que certas coisas não mudam, e uma delas é o fato de que sim, a gente continua mudando, evoluindo, descobrindo e cobrando do universo o que muitas vezes nos cabe resolver na porrada, na mãozada, no chute voador.
Sim, confesso, pelo menos até aqui, algo mudou de repente, e ninguém me segura daqui pra frente.
Não falo de amores, tampouco de refrigerante, mas falo de mentes.
Aliás, peraí... Vou ali e já volto...
(... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ..................... 47 minutos depois)
A questão é a seguinte: não adianta falar.
Falar é assim: você sabe fazer sentido, sabe a engenharia da verdade, e começa a construir estruturas que te levam a conclusões lógicas, com bases sólidas, argumentos bem engendrados.
Mas aí, bate o vento leste, você tropeça, bate ombro no ombro e tchau racional. Agora tu vira bicho, e o que resta é só instinto.
E me pergunto pra onde mesmo levaram a minha boa educação.
Mas desde moleque é meio assim, como se nem eu mesmo, assim como os outros, esperasse muito mais do que pareço poder fazer, e de repente, ninguém entende, e lá estou eu.
Mudando de assunto de nonsense para sarcástico (click).
Onde mesmo fica a sede da ADEEEEERM*? Eu sendo vocês, tentaria marcar estas reuniões em outro lugar, que não seja populado por mim mesmo, se é que vocês me entendem.
Agora é todo dia essa coisa de bumpt bumpt bumpt é?
Aí é no gogó nenê. Ferro na boneca.
Que a paz esteja convosco.
Aqui tá um inferno, mas tá massa. Ôxi, arretado que só!
(hmmmm..... Eu falando ôxi? Se ligue que há algo pictoresco nesta imagem)
*ADEEEEERM stands for .... Never mind.
11 março 2011
À Procura dos Dias Comuns
Se você já foi acertado na testa por um ovo de chocolate em movimento elíptico uniformemente variável quando passava por um corredor de supermercado à procura de algo singelo como uma garrafa de água mineral, sabe o tipo de problema que alguém com 1,90 de altura tem quando a época da páscoa chega numa cidade como Recife, e surgem do nada os tais sinistros e sombrios túneis de ovos de páscoa.
Os túneis de ovos de páscoa são planejados por habilidosos arquitetos que definem sua altura como "pouco acima da cabeça do ser humano mediano, alto o bastante para que se possa transitar sem se abaixar, e baixo o bastante para que se possam pegar os ovos esticando-se as mãos".
Pois, muito bem. Em Recife, o ser humano mediano com a mão levantada, se se espichar também nas pontas dos pés, conseguirá alcançar no máximo meu nariz.
Bom, acho que já me fiz entender.
Confesso que posso suportar quebrar um ou dois ovos de chocolate com a testa. Esta é apenas a parte cômica da história. Basta evitar os de número 20 com proteção de plástico na "bunda" (os da Lacta), e não ficarão marcas.
O lado trágico é que o surgimento dos tais túneis sinistros e sombrios nos supermercados e bobonieres anunciam que não há tempo para descanso.
Tipo... Você acaba de sair do Carnaval, esgotado financeiramente, mentalmente e fisicamente, pedindo por um momento de marasmo, e já se depara com a obrigação social de começar a se planejar para a páscoa, mandar coelhinhos de pelúcia para as namoradas, comprar ovos para as crianças, viajar no feriado com a galera.
E depois que todos os ovos forem levados, já começam a colocar as bolinhas de Natal e tocar aquele velho CD de músicas de Natal na harpa mágica. É isso mesmo, ou se não for assim ainda, um dia será.
Eles querem que o tempo passe rápido. É a urgência em ganhar dinheiro.
No ano passado, já se via propaganda de Natal na TV em finais de Outubro - e isto não é exagero meu.
Em nossas frágeis mentes, é como se em Outubro já fosse Dezembro, e perdemos estes preciosos dias comuns de Novembro.
Posso estar enganado, mas acho que antigamente, começávamos a nos preocupar com o Natal apenas em meados de Dezembro.
Assim como está hoje, temos envelhecido estressados, como se estivéssemos sempre atrasados para alguma coisa, ou não estivéssemos ganhando o bastante para acompanhar a sociedade.
Aonde ficam os dias comuns em que apenas acordamos, trabalhamos, encontramos a família e os amigos, sem motivos pré-fabricados?
Estes são os dias em que somos espontaneamente felizes.
Ou... Hmmm...
Ah, deixa pra lá. Devo estar ranzinza e velho de mais. Talvez você nem me entenda.
Aqui falou Ricossauro, o cara que não gosta de bloco de Carnaval. Quem levaria a sério um cara assim?
E aqui pelo Nordeste, São João deve começar em Maio.
Vamos todos às lojas comprar roupa nova para viajar para o interior, ou planejar aquela festa de bairro.
10 março 2011
Dias de Monstro
Tá bom, às vezes sou incoerente, e assumo isso sem problemas.
Hit me!
Por mais que eu fale das coisas que sinto e busco, existem sombras de sinal no caminho, que trazem de volta o velho, impiedoso e incompreendido heartbreaker.
Mas calma lá com a dor. Nada é bem o que parece, se lhe parece, se acontece de você prestar atenção de perto, como acontece.
Estar solto como arroz parboilizado tem lá seus nuances que precisam ser compreendidos a ferro e fogo por quem adentra este planeta buscando por vezes sair dele.
E o que já estava ali, não adianta relutar, já estava ali antes de você chegar.
Assim são as pessoas e também as criaturas. Pessoas vivem e acumulam histórias que se sobrepõem.
É necessário respirar fundo, abrir seu espaço na mata densa aos poucos, ou não.
É assim com todo mundo, não apenas comigo.
Um dia, tatuei esta marca em meu braço, sabendo da ironia que a cercava, de machucar por querer proteger.
E este sim, sou eu. Relaxe.
É preciso enxergar as coisas como elas são - frutos da ocasião, nem sempre como planejamos.
Às vezes o que parece frieza para um, é apenas cuidado e carinho para não doer em outro. Geralmente uma questão de ritmo, de ordem de chegada dos acontecimentos não planejados.
Tudo obra do acaso ou do destino.
É por isso que digo que minha vida sentimental é uma montanha russa com loopings.
Tem emoção. Ah, tem sim.
Mas acredite, no final, tudo se acerta a seu tempo, por bem ou por mal.
Tá tudo legal e meio anormal.
Tô filosofando muito? Os dias têm sido bacanas. Descobrindo gente muito legal, reencontrando gente muito legal.
No final, fiel a meus princípios.
Ruim, seria não viver este mundo, se não há outro mundo.
Somebody Put Something In My Drink
Não por ser Carnaval, não por estar saindo de uma temporada de Dengue, muito menos por estar entrando numa virose, mas estou me sentindo todo moído.
Deve ter sido os dias sem dormir, por qualquer motivo que seja.
Este ano, acho que entendi melhor o espírito do Carnaval, já que eu estou mesmo morando no miolo da bagunça toda em Olinda.
Tudo que parecia se resumir em ganhar dinheiro, e gastar tentando comer alguém, agora tomou mais a forma de uma cultura real, vivida com muita intensidade por quem cresceu por aqui.
Provavelmente, os dias que antecedem o Carnaval Olindense falam mais sobre isso do que o próprio Carnaval, época em que a cidade se infla de turistas de todo o mundo.
Nos dias que antecedem o reinado de Momo, a cidade fica mais viva, os músicos ensaiam suas orquestras de Frevo, uma alegria espontânea parece tomar conta das ladeiras da cidade histórica e também das ruas de seu centro urbano.
Durante os dias de folia, fui obrigado a deixar minha pousada e fugir de volta à velha e conheira Jaboatão dos Guararapes, por inúmeros motivos. O principal foi o fato de Olinda ficar ilhada durante os dias de oba-oba.
A entrada da cidade, pra quem vem de Recife, é bloqueada para passagem de carros e ônibus, e lá dentro, tudo muda de preço, tudo fica meio escaço e mais caro.
Também, tem o fato de que minha suite na pousada ficava exatamente atrás de um dos palcos principais de shows na cidade. Eu faria bom negócio se o alugasse para camarim da moçada.
De uma forma ou de outra, acabei passando meus dias carnavalescos, entre a Dengue e a virose, foi mesmo pelo centro antigo do Recife, onde pude curtir meus shows de rock e DJs, como sempre faço.
Foi legal, podem acreditar. Mesmo eu que não gosto de carnaval, posso garantir que me diverti bastante, e tive meus bons momentos.
Agora, bora cuidar da virose.
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dois legumes,
senta que lá vem história
02 março 2011
Glubbey Hooleys
Era umas 5:30 da manhã, quando a repórter da Rede Globo aqui de Recife entrevistava um professor de meditação, numa praça pública, enquanto ele fazia uma sessão de relaxamento com seus alunos:
Reporter : "Pra fazer meditação é necessário a orientação de um professor, ou a pessoa pode fazer sozinha?"
Professor: "A pessoa não precisa da orientação de um professor. Pode fazer como e onde quiser. Um professor, no entanto, seria útil."
Notou a inteligência da resposta do cara? "Seria útil" é genial.
Não se espante. Sou fã da simplicidade cirúrgica.
Nestes últimos dias, estive com Dengue. Simples assim.
Outra coisa, não sei... Mas assisti televisão pra cacete.
Desde as manhãs forçadas pelo sol que acorda quem não passou a noite acordado (meu normal) até as madrugadas de quem passou o dia dando cochiladas pontuais.
Dengue também é cultura. Vendo televisão, aprendi e desmitifiquei o conhecimento popular a respeito dos sintomas da Dengue clássica.
Eu, como todo mundo, esperava ter 15 dias de febre, mas tive apenas 4. Quando eu já estava pensando que tinha tido apenas uma virose, eis que passa na televisão (no esquisito programa Bem Estar) um cara metido a engraçadinho descrevendo a Dengue com os tais 4 ou 5 dias de febre, dor de cabeça e depois disso uma série de outras mazelas como manchas na pele, dores de barriga, enjôos.
Pelo que entendi, pegar Dengue se parece com ficar grávido.
Ainda falando sobre cultura, deixo algumas dicas culturais polêmicas pra quem anda desatualizado com a televisão, e tem suas opiniões muito bem formatadas (e repetidas) a respeito da tal programação acéfala que passa por lá.
Como vocês sabem, adoro quebrar tabus, e ser justo com o que quer que seja.
Segue... Não se mate.
Dicas Culturais Anormais do Who Farted
1. Ana Maria Braga e Louro José:
Não adianta falar mal. Eu também não sou fã do jeitão de dondoca bem casada da apresentadora, aqueles modos kitsch de "novo rico", ou seja lá o que for que tem de estranho ali, mas é inegável que seu programa está entre os melhores da televisão brasileira, com reportagens up-to-date, boas pautas, excelentes entrevistas, bons quadros.
Se você não se permite assistí-lo, passe a dar esta chance. O programa Mais Você, durante estes dias de Dengue, esteve transitando pelo topo de meus preferidos. Um momentinho do dia em que eu sabia que veria algo mais interessante e criativo do que no resto do tempo, e não falo de fofocas e comida - falo de uma visão bacana da crise no Egito, uma viagem a uma cidadezinha de interior em Minas Gerais e outras coisas realmente bacanas.
Além de tudo, o programa é ágil, bem dirigido. Não cansa. E claro, as dicas de culinária são mesmo show de bola, e não tomam assim tanto espaço no programa quanto eu imaginava.
Uma boa surpresa.
2. I-Carly:
Sou fã da atriz mirim Miranda Cosgrove desde sua participação no filme School Of Rock, ao lado de Jack Black.
Miranda Rocks!
Quando ela crescer, vai ser uma destas atrizes mega qualquer coisa... Bonita, inteligente e engraçada, vai ganhar Oscar e sair em revista de fofoca.
Na programação da TV Globinho (que é uma bosta em quase tudo) rola esse seriado para adolescentes chamado I-Carly, estrelado pela Miranda e mais um grupo de atores mirins de primeira linha, que é um mega-sucesso do canal Nickelodeon.
Claro, é para adolescentes. Não espere Monty Python, mas é muito engraçado e de uma inteligência acima da média em seriados do tipo.
Outro momento do dia que dava pra rir um pouco. Aconselho geral!
Visitem icarly.com
3. Bob Esponja:
Sem maiores comentários. Ok. Cedi. É mesmo genial. Nada mais bobo que isso.
4. Vila Sézamo:
Programa para crianças bem pequenas. Passa de tarde na TV Cultura (TV Brasil).
Pra quem tem mais de 40 é fodíssimo poder curtir de novo os personagens que fizeram sua infância.Estão todos lá: Ênio, Come-Come, Garibaldo e todos os monstrinhos do programa mais psicodélico da minha infância.
Não se espante se você se sentir meio débil-mental nos primeiros minutos. O programa é assim mesmo, meio hipnótico.
É meio da linha teletubiano da teledramaturgia para crianças quase saudáveis.
Tá ligado Bob Esponja? Então... Tente assistir dois minutos de Cookie Monster (Come-Come ou Monstro do Biscoito) sem rir muito. Se você conseguir, é porque é um chato (e dos grandes).
Que fique bem claro que se trata de um remake do original, que passava durante minha infância, mas bastante fiel, mesmo. O programa é realizado no Brasil pela mesma equipe que fez o Castelo Rá-Tim-Bum, mas sob forte orientação da franquia americana, o que mantém o tom sarcástico muito presente, ao contrário do tom de "tia da escolinha" que os programas brasileiros teriam.
Se você se deixar entrar neste universo, é capaz de não querer voltar.
5. Tribos:
Esse passa na TV Brasil às 22hs, toda Quinta-Feira. É um programa ds BBC de Londres, que envia um repórter muito, mas muuuuuuito habilidoso, para visitar e conviver por semanas e até meses, com tribos indígenas de todo o mundo.
Se parece um pouco com o programa Backpackers (BBC também), que eu não sei se passa em alguma TV aberta por aqui, só que o viajante só vai mesmo para aldeias indígenas em países como África, USA, Brasil etc.
Cara... Assisti ao episódio em que o cara passa um mês morando com os Pigmeus, e foi iniciado em sua religião, que envolve comer uma planta alucinógena, chamada Iboga.
As viagens que esse cara descreveu que teve durante a iniciação, poderiam mudar completamente a vida de qualquer um, e os conceitos a respeito da vida e "alucinações".
Entre outras coisas, o repórter viu toda a sua vida e seus maus-atos, pelos olhos das pessoas que se sentiram prejudicadas por ele, e depois se viu como apenas uma pequena poeira num universo vivo, do qual se viu parte (será que me repeti?).
Quem souber como buscar este episódio e assistí-lo, aconselho. Abaixo, a parte da Iboga no Youtube:
28 fevereiro 2011
Na Mídia aos 40
Ainda sobre meu aniversário dos 40... Apenas deixando um registro, pra mim mesmo, por aqui ,de uma das chamadas na midia local (a maior, eu acho).
Êta cara bonito! :D
PS.: O texto fala "mais underground do que nunca". Underground?? A última coisa que estas sessions são é underground. Casa de excelente nível, muita luz, ar condicionado, cerveja importada, público de altíssimo nível, umas duzentas pessoas na plateia toda segunda-feira. Mas mesmo assim, vale a atenção :D. Essa festinha foi massa!
Êta cara bonito! :D
PS.: O texto fala "mais underground do que nunca". Underground?? A última coisa que estas sessions são é underground. Casa de excelente nível, muita luz, ar condicionado, cerveja importada, público de altíssimo nível, umas duzentas pessoas na plateia toda segunda-feira. Mas mesmo assim, vale a atenção :D. Essa festinha foi massa!
20 fevereiro 2011
Menino, Menino...
Existe uma frase que é um marco na educação de qualquer criança pequena:
“Menino(a), deixa o gato em paz!”
Esta frase divide sua vida entre antes e depois de finalmente perceber a diferença entre o que você acha e a realidade prática das coisas.
Na teoria, aquele bicho ranzinza com cara de quem gosta de ser zoado e só sabe cagar e miar não lhe faria mal por você puxar seu rabo e rodá-lo pela sala. Talvez, até, ele viesse pedir “De novo! De novo!”.
Até então, toda a informação que você tinha sobre o gato vinha da canção "Atirei O Pau no Gato" ou "O Atireio"... Que, enfim, dizia que o gato não tinha morrido, mas escondia o fato de que ele contratacara e tinha deixado a Dona Chica toda estrupiada depois da paulada que levou (daí, "o berro", de Gato-fu).
Você nem viu de onde veio aquele golpe de gato-fu que te deixou todo arranhado.
Este é o momento em que você também começa a considerar a possibilidade de ouvir os conselhos de pessoas mais velhas.
Porque antes, você ouvia “bota a mão aí não que tá quente!”, botava a mão, tava quente, mas tava tudo certo, você já esperava.
Ou... “Coma isso não que é merda!”, comia, via que era merda, e dizia “é merda mesmo” - você podia conviver com isso, por se tratar de tentativa e erro.
Não vou nem comentar o “Sobe aí não que você vai cair” e “Não bata no cachorro!”, porque estas são óbvias.
O divisor de águas do “Menino(a), deixa o gato em paz!” é o fato de que você finalmente foi traído pelas suas expectativas, se é que você me entende.
Daí, mais tarde, alguém mais velho vem e te fala “Menino, algumas são pra namorar, outras são pra se divertir”.
Certo... Mudando de assunto... (e lembrando às belas leitoras assíduas do Who Farted que este texto expressamente não fala de nenhuma de vocês. É mera reflexão filosofartica)
Ontem, fiquei realmente preocupado com minha rotina de sono.
Eu estava tão cansado que o despertador tocou, ou não ouvi e perdi a hora para um compromisso importante.
Normal? Nem tanto...
O problema é que o compromisso era às 9 horas (da noite).
Mas como tudo parece ter um porquê na estrutura da vida, hoje por volta das 10 da manhã, e até o momento de publicação deste texto, estou sendo forçado a conviver com o bloco “Virgens de Verdade”, que passa aqui na porta de casa (beira-mar de Olinda).
Até o momento já contei 5 trios elétricos, e não para.
Eles passam o som aqui atrás de casa, fazem a volta (ao redor da minha casa) e seguem pela frente (da minha casa).
Lado bom... Estou acordado.
Eu ia lá fora mandar baixar esta porra, mas pus a cabeça pra fora e vi uns 237.000 homens vestidos de mulher.
Pensei...
“Menino(a), deixa o... (que porra lá seja isso) em paz!”
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