O Silêncio da Intensidade

Fui convencido por uma amiga a assistir o filme Watchmen nesta tarde quente de segunda-feira, e tirei boas lições disso:

• Uma boa história certamente faz um bom filme
  
• Uma bela atriz de bunda de fora certamente supera até mesmo uma boa história
  
• Um homem azul de pinto de fora quebra qualquer clima
  
• Mas vá lá... Valeu o ingresso
  

Uma boa coisa na história do Watchmen é que te faz querer ver as coisas de outra forma, gera bons insights filosóficos e gera um bom motivo pra ver aquela atriz peladona.

E ver o mundo de outra forma é algo a que certamente tenho me proposto nos últimos dias...

Ando mesmo um grande filósofo de blog reflexivo.

O filósofo neo-zelandês Minaro Auckhbel escreveu em seu livro "Conexões Abusivas" algo sobre o que chamou de "Silêncio de Intensidade".

O tal "S.I." seria uma forma que as pessoas teriam de sublimar seus sentimentos mais temidos, à medida em que nada falam quando sentem de mais.

É mais ou menos assim: Uma pessoa com quem você tem uma intimidade meramente social, não tem medo de dizer "eu te amo" como expressão de sua não timidez total. Já, uma pessoa que lhe ama de verdade ou desconfie remotamente que corre este perigo de ficar à sua mercê com um sentimento que considera tão assustador terá dificuldades em dizer a temida frase, justamente por representar uma abertura de sua intimidade, um furo na camada de proteção social, que separa a pessoa real, daquela que queremos parecer para o mundo.

Faz sentido pra alguém esse tipo de coisa? não... não...

Well... Well... Well... Eu e meus argumentos ao vento.

Pensando em tanta filosofia aplicada ao fato de que este ano realmente começou de forma assustadoramente positiva e já parece estar acabando (o que me apressa nesta cruzada provável em busca de mais e mais vida) é que tenho tomado pequenas decisões que parecem ou pelo menos pretendem tornar a vida mais legal...

Uma das reflexões que a história de Watchmen se propõe a fazer se refere à questão do egoísmo (em sentido neutro) humano. 

Em uma das cenas, em que um casal de ex-super-heróis mascarados resolve sair para salvar crianças em um prédio em chamas, fica muito claro que o único motivo que realmente salvou aquelas crianças foi a vontade de se adrenalizar que os heróis tinham -vontade esta que tinha muito mais a ver com ter uma transa com mais emoção do que com salvar vidas.

Bom, a esta altura, a cara leitora do Who Farted (sim, já falei que esse blog não é coisa pra cabra macho ficar lendo) deve achar que estou comentando, ou choramingando, por algum tipo de stress com mulheres ou algo assim, né mesmo? Mas não... Ou... Sei lá... De certa forma, talvez, mas não assim... Enfim... Fuck off! ;)

Brincadeiras à parte, acho que se trata mesmo de um comentário genérico e sem endereço certo... É sim.

Não, não estou desistindo do grande jogo... Estou sempre a postos para a próxima tacada.

Quanto ao tom melancólico? Não... na verdade me sinto bem até de mais, bastante otimista e alegre com tudo.

Mas nem por isso, me permito não pensar. Pensar faz bem, exercita a massa encefálica e teoriza os absurdos emotivos de nosso dia-a-dia.

E eu... Bem... Eu faço tudo, ou quase tudo, o que quero.