Who Farted? - O Blog.

O Who Farted é meu blog infame de conteúdo absolutamente pessoal e intransferível, no qual publico pequenos pensamentos de filosofia nonsense de boteco e pequenas fantasias de realidade fantástica (ficção), reflexões insanas e fartológicas.

Aqui solto meus fantasmas e exponho livres pontos de vista sobre um universo maluco que me cerca.

Who Farted é meu psicanalista, meu diário, minha carta aberta a meus amigos e amigas.

26 dezembro 2010

E Viva o " Who Farted?"!


É legal que agora os blogs da Blogger possuem estatísticas bem organizadas (como a Wordpress já tinha). Se você não sabe do que estou falando, deixa pra lá, e apenas entenda que agora posso saber mais sobre quantas visitas tenho, o que as pessoas lêem por aqui, etc.

Continuo realmente impressionado com o volume de visitas a este blog, que nasceu sem intenções de ser aberto ao público, lá por volta de 2005. Não que seja uma grande visitação, mas se minha expectativa era de ter uma ou duas visitas por dia, hoje chega a quase 100 num mesmo dia.

Nunca desejei que este fosse um blog secreto. Não mesmo. Sempre ponho links aqui e ali, em cantinhos obscuros para que os amigos e amigas realmente interessados em algo assim, cheguem até aqui, e até, vez por outra tenho promovido alguns posts via Orkut, Twitter e Facebook.

O motivo pelo qual divulgo pouco é que além dos textos muitas vezes serem meros desabafos dos acontecimentos cotidianos, eles raramente passam por uma revisão apurada, e portanto muitas vezes estão cheios de pequenos erros de digitação e gramática.

O "Who Farted?" chegou oficialmente a 5 anos de vida em Outubro deste ano, e de qualquer forma, após este tempo, tem muita história registrada aqui. Histórias da minha vida.

Rever alguns dos posts antigos foi como ver um velho álbum de fotos.

Também, foi engraçado perceber que algumas situações descritas se repetem a cada ciclo, o que me fez encontrar até mesmo dois posts praticamente idênticos, escritos com dois anos de distância um do outro.

Daí, lendo coisas aqui e ali, saí separando alguns links de textos que me trouxeram lembranças reveladoras sobre a última meia década de minha vida - uma coisa boa de ser feita quando se está chegando aos 40 anos, um momento que exige muita reflexão.

Sendo assim, se você tiver interesse em sacar estes velhos textos, segue aí uma lista sem ordem cronológica.

A data de publicação está sempre acima do título (é sempre bom contextualizar).

Estes não são necessariamente os melhores textos, nem os mais importantes.

É apenas uma lista de posts que me trouxeram lembranças no momento da leitura. Apenas isto.

Divirta-se!

... Êta, e eu me separava de um casamento de 5 anos:

http://wfarted.blogspot.com/2005/11/salada-de-coisas-bem-pessoais.html

Novas aventuras de um velho sonhador:

http://wfarted.blogspot.com/2007/06/bebidas-isotnicas-e-vinho-suave-com.html

De novo, sendo enrolado:

http://wfarted.blogspot.com/2006/04/mentirinhas-mentirinhas-nunca-mais.html

Filosofando sobre mulheres:

http://wfarted.blogspot.com/2008/07/woooooman-e-uva.html

Divagações psicodélicas sobre um caso que nunca aconteceu:

http://wfarted.blogspot.com/2009/03/o-ataque-do-klampses.html

Gotas de filosofia:

http://wfarted.blogspot.com/2009/02/os-excessos-que-nos-fazem-tao-bem.html

Psicodelia total:

http://wfarted.blogspot.com/2008/12/distores-da-fsica-moderna.html

Uma história verídica, pode acreditar!

http://wfarted.blogspot.com/2006/04/no-disse-que-falava-sobre-sexo.html

E onde estão as mulheres de trinta e poucos?

http://wfarted.blogspot.com/2008/12/todo-aquele-jazz.html

O rato... Ah, o rato...

http://wfarted.blogspot.com/2008/02/o-ano-do-rato.html

Texto polêmico sobre as aventuras do Garagem:

http://wfarted.blogspot.com/2008/05/danarina-ruiva-nua-do-garagem.html

Morando na selva jaboatonense:

http://wfarted.blogspot.com/2007/12/uma-baratinha-pelo-amor-de-deus.html

Tudo misturado... Amén!

http://wfarted.blogspot.com/2009/03/um-pouco-de-mistica-de-liquidificador.html

Refletindo sobre pegar ou não pegar:

http://wfarted.blogspot.com/2009/03/o-possivel-improvavel.html

Filosofia hermética:

http://wfarted.blogspot.com/2006/12/superman-strikes-again-or-maybe-not.html

Saudades boas...

http://wfarted.blogspot.com/2007/06/e-vontade-crescia-como-tinha-de-ser.html

E rolou... E foi massa...

http://wfarted.blogspot.com/2007/06/felicidade-e-simplicidade.html

A vida como ela é:

http://wfarted.blogspot.com/2009/02/estatisticas.html

Como tudo começou...

http://wfarted.blogspot.com/2007/06/tiozo-superstar.html

25 dezembro 2010

Reaprendizados Da Vida Cotidiana 2010


Muito do que fazemos no dia-a-dia de nossas vidas vem do que aprendemos fazendo algo pela primeira vez, obtendo os primeiros bons resultados na vida.

Você aprende a descascar uma manga com a boca, faz dar certo, e faz desta forma o resto da vida (que animal!).

Você vê seu pai ganhar muito dinheiro com criação de periquitos cantores de ópera, vê seu irmão enriquecendo com um site de relacionamentos de proprietários de periquitos cantores de ópera e diz "o que eu sei que dá certo é criar periquitos cantores de ópera. O resto, não sei".

E de certo, com as mulheres é igual. Me parece que tudo que a gente faz com a primeira, ou pelo menos tudo que a gente vê num primeiro momento dar certo com as primeiras, vai repetindo com as subseqüentes.

E não é que até bem pouco tempo eu era conhecido como um cara legal, do tipo que não reclama de nada, desculpa quase tudo e não se queixa de ciúmes e avacalhações com as mulheres? - pois é... O tipo do cara MADURO.

Mas um dia, eu vi a luz. Aprendi que o conceito de CARA MADURO é algo que as mulheres te impõem desde pequeno para embutir em você um grupo de pseudo-qualidades a serem atingidas e premiadas como bom comportamento, que na verdade apenas deixam as coisas boas para elas.

E agora, chegando ao final de 2010, percebi que desde o começo do ano, talvez incentivado pela extrema falta de paciência, apesar de eu continuar sendo o cara mais legal do mundo no trato com as belas moçoilas, faço isto apenas enquanto vejo que tenho o mesmo ou mais em retorno.

Por todo ano, tenho exercitado minha sinceridade ríspida ao lado de mulheres que fazem mesmo sutilmente e de forma socialmente aceita, aquilo que não gosto que façam, ou que não me interessa que façam à minha volta ou em seu relacionamento comigo.

O resultado desta nova forma de agir é interessante mesmo.

Percebo que apesar de ser comumente vaiado por certas coisas que digo, e reduzir o número de amigas que deixam recadinhos do Orkut, aumentei percentualmente em 30 pontos o uso da minha cama para fins sexuais - isto, diga-se de passagem, é um número razoavelmente aceitável.

É fato! Mas claro, é preciso dizer, que atualmente respondo às mensagens SMS de "Tô com saudades" que chegam de madrugada com convites diretos e retos para os finalmentes, visto que aboli de vez da minha vida este tipo de conversinha mole.

Uma amiga há algumas semanas atestou que a maioria das ninfetas e pós-ninfetas afetadas da era da Internet envia mensagens de "Tô com saudades" em massa para todos aqueles perfis de Orkut e Facebook de garotos sem camisa que têm adicionados. É uma espécie de manutenção do contato, para o caso dela se ver sozinha por algum motivo, ou for abandonada pelo garoto sem camisa que a está pegando no momento.

Apenas uma observação: Acho que meninas também deveriam usar esta tática de postar fotos sem camisa no perfil das redes sociais. Não iriam ter resultados melhores do que os que já têm, mas pelo menos a gente ia se divertir mais vendo um desfile de peitinhos online. Que tal?

Boas coisas para se considerar quando se está chegando aos 40, e não se tem mais paciência, pelo menos por enquanto pra muito trelelê.

Pareço chato? Puxa... Como disse, para um final de ano aos quase 40, é mesmo interessante verificar que você aprendeu algo novo sobre as mulheres - ou melhor dizendo, não se trata exatamente de um novo conhecimento, mas de uma nova atitude frente a um velho conhecimento.

Ah, e falando de Natal, o Natal este ano foi realmente atípico.

Desta vez, resolvi excepcionalmente aceitar o convite para me juntar a a uma daquelas festonas de família (a minha família).

E foi massa reencontrar meus 356 tios e 354678 primos. Boa conversa e boas lembranças.

Tô dizendo... Este ano foi estranho. Estranho mesmo. Mas foi bom e agitado.

Que 2011 seja uma zona.

23 dezembro 2010

Mais um Clássico Post de Final de Ano



Existem momentos em que você certamente tem algo a dizer, mas não consegue pôr em palavras.

Não se trata de falta de inspiração ou habilidade. Trata-se da simples impossibilidade de explicar de forma exata, aquilo que sem exatidão jamais poderia ser compreendido a contento - então, nem tento, nem me lamento.

Mas hoje aqui sentado à beira do caminho, fico com vontade de que eu pudesse acreditar em um monte de coisas que não acredito mais, tipo Papai Noel ou Prosperidade causada pela simples mudança de ano.

Puxa, seria uma doideira se fosse assim!

Não me tome por cético, muito menos pessimista.

Dizer que não acredito em Papai Noel não é uma parábola para dizer que me falta algo. Aliás, chego ao final do ano com a nítida impressão de que nada me falta.

Este não foi o ano mais feliz da minha vida, mas foi um dos mais inquietos, e isso deve ser massa!

Neste ano, fiz muita força mesmo para acreditar que as pedradas do caminho fossem joinhas.

Talvez dos últimos tempos este tenha sido, por exemplo, o ano em que eu mais acreditei em "mulheres da minha vida".

Ouvi tantas declarações, que se eu tivesse talvez 15 anos, estaria a esta altura perdidamente perdido por alguma destas belas coisinhas.

Mas invariavelmente, chegamos a uma situação em que eu deveria ser mais relax, e bom... Não estou querendo ser.

Sim, pode me chamar de machista e retrógrado, mas atualmente nada mais me interessa se não for inconsequentemente e rigorosamente apenas meu, mesmo em pensamento.

É de mais?

Hmmm... Pode acreditar, é o mínimo.

Neste próximo ano, tudo vai ser diferente (mentira).

Faço 40 anos e já me decidi a comprar um carro (vou nada), emagrecer um bocado (é, isso vou mesmo), e  ter um filho (Escrevi isso de novo?)

Sim, é verdade. Sem pressa, uma hora destas faço acontecer essa coisa de filho. Já está na hora de passar por isto, eu acho.

Não conheço muitos casais que continuam casados depois de ter um filho, então é melhor que seja logo na base da amizade, né mesmo?

Algumas pessoas reagem estranho quando um homem fala uma abóbora destas.

Mas tipo... Quando uma mulher fala de produção independente, fala cheia de razão. Porque homens não podem fazer o mesmo, oras...

Não tenho a menor intenção imediata de me casar a não ser que seja atropelado por uma paixão avassaladora por uma Luana Piovani qualquer, e não quero correr o risco de uma hora destas engravidar uma mulher maluca e destemperada que venha me processar pra receber R$3.000,00 por mês de pensão alimentícia.

Ou talvez, eu não leve esta ideia a diante e apenas compre um cachorro novo.

Mas é fato que em 2011 algumas coisas novas parecem querer acontecer em minha vida.

E para meus amigos, eu devo desejar a mesma coisa!

Quero que os Who Farteders comecem 2011 com ideias ousadas e boas energias, como as que estão à minha volta.

Desejo a todos não um ano de riquezas nem amores, mas um ano de boas surpresas e poucos rancores.

Que a vida continue em seu melhor ritmo.

Um estupendo 2011 para todos (até lá, vou tentar comer alguém!)

15 dezembro 2010

Arrumando Sarna



Já dizia o filósofo da linha arshenana, Hielgo Polimério:

"Se algo lhe parece errado, confie: está."

Não é difícil entender que é preciso deixar no passado as raivas e mágoas do passado. Pero... Convenhamos... É um pouco de mais ser forçado a conviver com pessoas que fizeram parte deste tal passado, e que mereciam levar um murro no queixo.

Sim, nisto estou certo e não há boa educação que me faça convencer a mim mesmo que eu deva buscar harmonia em situações que simplesmente não precisam acontecer nunca, desde que eu assim decida.

Que eu estou falando de mulher, não é nenhum segredo, mas é preciso deixar claro que não as culpo por coisa alguma, nunca - mulheres não, mas os malas que as cercam, sim.

A vida anda mesmo uma putaria danada. As novelas, as tendências de comportamento, tudo e todos premiam o comportamento do "só se preocupe com o seu lado" - e as mulheres, pelo que entendo são eternas vítimas da moda.

Ou pelo menos me parece mais simpático pensar assim do que acreditar que elas fazem o que fazem com intenção de sacanear quem gosta delas.

Estou num momento interessante no quesito mulheres, momento este que teoricamente me excluiria do rol dos homens com problemas com mulheres - neste momento, não tenho ninguém, não amo ninguém, não quero ninguém.

Minha cabeça está em trabalho, música, caminhadas (mentira) e dieta (mentira).

Tenho acreditado que é melhor esperar um pouco até que a próxima bela menina de sorriso farto me desperte por si só a vontade de querer comer alguém por mais de uma noite.

Sendo assim, porque mesmo eu deveria me estressar com a natureza feminina, né mesmo?

Bom, já que a explicação é longa demais para este blog e de conteúdo absolutamente pessoal e restrito, apenas confie em mim: infelizmente faz sentido.

Não estou errado.

Eu sempre tenho razão - ainda que nem todos pensem como eu.

É como de repente voltar à sua antiga casa, depois que você decidiu que não quer mais morar lá, e de repente dar uma bronca porque o novo dono pintou a parede de branco em cima daquela sua pintura feita por Basquiat em pessoa (êta viagem de chá de fita VHS empoeirada, essa agora).

Olha... Quer saber? Nem sei porque escrevo estas asneiras aqui.

Vou comer batata frita diet.


05 dezembro 2010

A Vida Em Marte e o Arsenio



Eu sempre disse que o primeiro passo para se descobrir que existe vida em Marte seria redefinir o conceito de vida.

Meu amigo, vou te confessar... Hoje em dia, acredito que até uma coxinha de galinha ou um prato de sarapatel tem vida.

Meu primeiro susto em direção a uma completa revisão nos conceitos de vida aconteceu quando eu deveria ter por volta de 5 anos, talvez mais, talvez menos, e alguém me disse que os tomates eram seres vivos, assim como as árvores.

Daí, veio o cinema ( Os Tomates Assassinos).

Até hoje, o único motivo pelo qual eu acredito nisto é que confio na fonte da informação, visto que não fiz testes por mim mesmo.

Depois, bem mais velho, me veio o Sheldrake (foi ele mesmo?) me convencer de que o planeta está vivo, e somos parte deste organismo, o que convenhamos, condiz com a maior referência da cultura ocidental que ainda temos, a Bíblia (independente de fé).

Sempre achei uma bobagem se imaginar que uma forma de vida inteligente extraterrestre seria apenas tão diferente de nós quanto ter olhos grandes e cabeças de balão.

Qualquer diferença de evolução que exista entre uma vida de um planeta e de outro se mede provavelmente em milhões de anos. Que diremos galáxias?

Esta diferença na evolução pode significar possivelmente a diferença entre ter ou não ter um corpo num estado físico percebido ou reconhecido pelo ser humano.

Definir vida é algo complexo, mas no mínimo podemos nos basear no quesito existência de consciência.

Imaginar que um planeta como a Terra tenha uma consciência já é difícil para a maioria das pessoas vivas neste momento.

Que tal imaginar que esta consciência seja tão maior que englobe a sua própria consciência (você mesmo), da mesma forma que sua consciência deve englobar a consciência da existência em seu próprio corpo de zilhões de pequenos organismos independentes ou dependentes (alguns destes, o que convencionamos chamar de célula, como se fossem apenas pequenas peças inanimadas de nosso corpo, mas que possuem um ciclo de vida completamente independente do nosso).

Quando foi que deixamos de prestar atenção no óbvio, para facilitar nossos argumentos?

O ser humano é Narciso e tende a não acreditar naquilo que não se pareça com o que ele vê no espelho.

Indo mais longe nas idéias Spielberguianas, é bem possível imaginar que exista uma consciência maior que englobe a consciência da Terra, e voilá, chegaremos a entender Deus (ou não - estamos agora apenas especulando filosofartments).

O fato é que mesmo a consciência, se mais avançada que a nossa, teria zilhões de anos de evolução a mais ou a menos, e esta diferença possivelmente a tornaria incompreensível aos nossos "olhos", caótica, uma desordem.

É o tipo da coisa que nem adianta discutir. Ou a pessoa tem imaginação científica, ou vai achar que a posse do Tiririca tem uma importância maior do que isto para a vida real e cotidiana, e isto aqui é conversa de maluco fã de Raul.

Moral da história: a vida provavelmente está lá, e não a identificamos.

Mas vamos aos jornais...

Enfim, se divulgou na imprensa especializada a existência da tal bactéria que se alimenta de arsênio ( o negão chega pulou!).

Mas tem também o estudo de certas formas de vida baseadas em ácido sulfúrico, e neste caso, se não me engano, são animais mais complexos e de certa forma invisíveis à percepção humana (isto não é uma informação científica, mas circula por aí).

E este é o primeiro passo para procurarmos entender certos mistérios relocados para subgrupos subcientíficos.

Enfim, a base na qual a ciência se apoiava pra derrubar um milhão de hipóteses e possibilidades de vida e consciência foi derrubada. E este é o motivo pelo qual esta conversa parece viajada para quem cresceu com uma visão de mundo tacanha, proposta pelas escolas e informações "pé no chão".

A ciência até então considerava que a única possibilidade para a existência de vida e consciência seria a presença de um corpo baseado em Carbono (assim como o homem e todas as outras formas de vida que surgiram de um mesmo microorganismo baseado em carbono que havia aqui na terra, e que por isso possuem traços vindos do DNA deste tal organismo inicial, como dois olhos, narinas ou guelras, rabos, etc).

Estamos no momento de rever aquelas histórias das florestas contadas por nossos antepassados, e considerar a possibilidade de que nosso progresso tacanho baseado em livros lidos como bíblias em detrimento da observação dos sentidos intuitivos nos tenha cegado para um universo muito mais rico do que imaginávamos.

É preciso observar melhor os ventos, as luzes misteriosas, os sussurros negados pela mente racional.

É necessário até rever os conceitos da loucura, provavelmente.

A vida pode estar lá. É isto que mudou na "realidade-pé-no-chão" da ciência, esta semana.

Eles estavam entre nós o tempo todo e não estávamos sabendo enxergar.

Sim, é incrível que um pedaço tão pequeno de informação gere tanta especulação positiva, quebrando o gesso das leis imutáveis da existência.

Caiu um paradigma importante.

Vamos libertar as bruxas nos calabouços e pedir que nos contem de novo o que estavam falando - vamos revisar.

Enfim, perceberam que a dízima periódica é um bug na matemática que prova que estamos fingindo para nós mesmos que o mundo é assim.

Ué? Qualé?

É o Who Farted Paranormal te fazendo pensar, se quiser.

Tipo... Pode haver uma multidão de seres vivos a seu lado neste momento, e você nem desconfiava até então.

Ainda me sobram duas longnecks de Stella no frigobar. E parecem estar vivas, me chamando... Chamando...

Boo.

04 dezembro 2010

A Mosca e o Cursor


Se você alguma vez já tentou espantar uma mosca do seu monitor ou alcançar o botão da TV usando o cursor e o mouse, sabe do que eu estou falando quando digo que trabalhar dias e noites seguidos no computador pode deixar uma pessoa meio fora do eixo.

Antes que eu comece a procurar um site de downloads de sanduíche, é hora de dar umas bandas pelas bandas de lá.

Certo, é preciso dizer que eu tenho escrito menos no Who Farted nos últimos dias pois ando num momento meio melancólico, e nessas horas é melhor não pensar pelos dedos do teclado.

Não se espante por esta afirmação. Gosto de melancolia. É o momento em que geralmente faço a peneira do que tem me feito bem e do que não. E isto vale para pessoas, trabalho, animais domésticos.

Gosto destes momentos em que olho pra tudo a meu lado e só tenho vontade de ir pra casa dormir.

É tudo tão chato que acaba dando vontade de mudar tudo.

Daí, saio redesenhando meus sites, saio dando fora na mulherada indecisa, crio novos projetos, faço novas amizades e conheço novas praias ao final de longas caminhadas pela Orla (ontem fiz uma caminhada de distâncias intermunicipais de Olinda a algum lugar perto de Maria Farinha).

É fato, pode acreditar. Para artistas, programadores de computador e marketeiros a tristeza parece ser mais produtiva que a euforia.

E a parte boa é que geralmente a tristeza precede os momentos de mais novas alegrias.

Por isso, se um dia me vir meio cabisbaixo, não se doa - a coisa é boa.

Vamos ver o que os novos dias me trazem.

Depois te conto.

28 novembro 2010

Um Pouco de Acidez num Domingo Chato



E essa coisa da polícia invadindo as favelas do Rio? Simples assim, né? A prova de que tudo era política. Tudo era só uma questão de acordo com quem tem a grana.

Sim, agora que tudo mudou, a própria mudança explica porque nada mudava, e gera desconfiança nos reais motivos deste repentino interesse em tirar os caras maus do domínio do resto de mundo.

Ou, como diz a Rede Globo, finalmente uma operação para vingar a morte de Tim Lopes.

Aliás, todas as reportagens da Rede Globo deixam muito claro que este é o fato de maior importância nisto tudo - mostrar a eles que com a Globo não se mexe.

Poder paralelo por poder paralelo,"Quer medir forças, malandro?"

Toda essa coisa de morte de gente inocente todo dia, ou o culto à malandragem como opção de vida, crianças aliciadas, nada disso tem muita importância, perto da morte de Tim Lopes.

Ora, convenhamos. Lamentemos por todo o pacote, ou por ninguém.

Sinceramente, preciso me repetir. Movimentar-se de repente reforça a desconfiança de que havia motivos estranhos para não se mexer antes.

E estes clichês? Tropas do bem (acabei de ouvir isto no Fantástico). Quem quer mesmo ser enganado, com esta conversa de que os policiais bonzinhos nunca tiveram noção do que acontecia alí?

E a mudança foi bem fácil.

É bom que se faça isso. É preciso fazer isso. Mas façam com vergonha de não ter feito antes.

Ah, e só por acaso, vem aí dois grandes eventos rolando no Brasil sob forte pressão internacional: Copa e Olimpíadas.

Depois a gente conversa. Perdeu, preybói.

25 novembro 2010

People's People


Pessoas que não precisam ser simpáticas em funções de atendimento público costumam ter uma cara fechada espantadora durante o primeiro contato.

Faça um segundo contato e você confirmará sua primeira impressão. Talvez o terceiro e o quarto (ou até o quinto sexto) contato possam inclusive lhe dar poucas perspectivas sobre a raça humana.

Mas aí, de repente, você faz o enésimo contato, e a pessoa está com um sorriso de cumplicidade, como se vocês já fossem amigos, e de repente, voilá, você ganhou um colega de ... Enfim... Um colega, ou uma colega de restaurante, padaria, farmácia ou boteco.

Com o tempo, quando você é frequentador assíduo de serviços terceirizados, você percebe que pessoas que são forçadas a conviver com muita gente todos os dias, quase como se estivessem expostos numa vitrine, usam este artifício do "não sorriso" ou "não cumprimento" como uma forma de resguardar um pouco de privacidade - é quase como os japoneses que usam walkman o tempo todo na rua (ooops, MP3. Devo estar mesmo envelhecendo).

Mas veja bem... Se uma pessoa assim cumprimentar todo mundo que já viu comprar uma coxinha na padaria em que trabalha, um belo dia pode ser mal visto por ter se esquecido do rosto de alguém, ou pior... Pense no tanto de conversa que vai ter de levar enquanto atende seus clientes.

Se um operador de caixa for bater um papo amigável com todo mundo que compra um sanduíche duas vezes numa lanchonete, a fila não anda.

Mas, o pior. Apesar do que muita gente possa acreditar (ou não), não é assim tão simples se lembrar de tantos rostos depois de um dia de trabalho.

Outro dia, fui a um boteco. Em outro outro dia fui a outro e me espantei do tanto de gente que neste segundo boteco, veio me dizer que me viu lá pelo primeiro boteco, e teoricamente achava que me conhecia, o que por conseqüência a fez pensar que eu fui grosso ao não abrir um sorriso e dizer oi quando a encontrei.

Oi.Tudo Belezaw? - desta forma o leitor do Who farted não dirá que sou esnobe.

Ah, você já me entendeu.

É água, é água, é água. É água de coco.

24 novembro 2010

Ferro na Boneca



Se existe algo que às vezes eu não gostaria de ter, é razão.

Mulheres são capazes de fazer na sua frente aquilo que juram que jamais fariam, enquanto fazem. Algumas destas coisas podem lhe ser agradáveis e surpreendes, e outras não.

Como dizia  um filósofo que não me lembro o nome, "Apenas o medo e o interesse pode unir as pessoas" - provavelmente ele se referia a confabulações da política, mas tomo a liberdade filosofarter de perceber que a afirmação é bem maior do que a política.

Como estas duas afirmações se unem em um post, é um mistério que você terá de desvendar, e digo logo, me deixe por cima da situação quando imaginar sua história.

Apenas confabulando... Tenha medo de saber os motivos pelos quais uma mulher resolve não ficar a seu lado. Não que isto vá lhe machucar, mas provavelmente você se sentirá um idiota por tê-la desejado um dia.

Não, please. Não estou passando nenhuma decepção amorosa nos últimos dias. Não interprete meu texto de forma equivocada. Este não é, neste momento, um texto auto-revistaquem-biográfico.

Trata-se realmente apenas de observação do mundo ao meu redor. Mas não é bom.

Observar às vezes incomoda, pois altera sua percepção de futuro, de possibilidades.

O ser humano tem o mal hábito de criticar a forma como a vida é, na tentativa inútil de fazer com que as pessoas caiam na real e percebam que poderiam fazer diferente. Mas puxa... Nada mais sem efeito, pode acreditar.

Às vezes me sinto o Clodovil, escrevendo coisas assim.

Trata-se de um momento raro de descrença na humanidade próxima, não causado por descompassos de minha natureza, mas por minha consciência absoluta do que estou vendo.

Mas calma lá. Gosto de escrever estas asneiras pois geram bons insights. Só isso.

É só abrir a janela de casa e vejo o mar.

Filosofia de boteco em excesso pode engordar uma pessoa.

Releve, relaxe, permeie, que a levada é assim.

É ferro na boneca, é no gogó nenem!

Tudo Sobre a China


Para algumas pessoas, a China pode ser um país extremamente atrativo nesta época do ano - como por exemplo, para mim.

Neste momento, na China, não é final de ano.

Não tem Natal, nem Reveillon.

Mas vá lá que você queira curtir... É tudo baratinho.

Pelo menos no que se referir a coisinhas eletrônicas.

Também, não passa Especial do Roberto, nem da Xuxa. Mas é possível que ainda passe A Escrava Isaura em alguma TV, em Mandarim.

Não que eu tenha nada contra as festas de final de ano. Mas será que sou o único que se sente mais pressionado do que instigado com festas de Natal e Reveillon?

Você obrigatoriamente precisa comprar, comprar e comprar. Até roupa branca te obrigam a comprar, e eu não tenho nada a ver com essa coisa de candomblé.

Na China não tem candomblé. Não tem que pular onda.

E se você quiser apenas dormir, visto que todos os outros dias do ano foram de festa? Pode?

Não pode. Vão te chamar de anti-social.

Não posso comprar roupa nova no dia 2 de janeiro?

Serve uma camiseta nova do Motorhead?

É... É um monte de perguntas retóricas.

Mas pelo que vi é alta temporada de turismo na China. Mais gente tem pensado como eu.

Vamos lá. Comemorar o dia do deus Sol e Le wei wong na pla ya.

22 novembro 2010

À Procura da Situação Perfeita


Sabe aquele dia em que você sai mandando as pessoas à merda só pelo esporte?

Não minta pra mim... Você sabe, é claro.

Normalmente sou tão educado com todo mundo, que até misturam as bolas, de vez em quando. Mas tem dia que eu não estou com saco pra ouvir asneira, e opiniões de fracassados ao meu redor.

Note que "fracassados" não tem nada a ver com bens materiais e dinheiro. Fracasso vem do fato de que você simplesmente não conseguiu o que gostaria de ter, e desistiu de tentar. Desta forma, parece perder seu tempo em momentos de flatulências obscuras, falências múltiplas de sonhos e frases críticas direcionadas a quem não para de tentar e conseguir aqui e ali o que quer de verdade.

Pois bem, o mundo não é perfeito (já sabia disto, né mesmo?).

Mas de uma coisa eu entendo, meus caros: conquistar horizontes sempre dantes tomados por impossíveis.

E ainda que hoje eu tenha nada (nada mesmo) a reclamar no quesito moeda, é preciso esclarecer que nem sempre é assim, e ainda quando é assim me vejo feliz por ter o que quero ter, em meio a tanta imperfeição.

E ontem foi assim... "Não gostou? Vá fazer o seu! E capriche!"

E as mulheres? Ah as mulheres... Muitas vezes precisam ouvir, mas não saberiam.

Alguém sabe me dizer como fazer uma mulher ouvir? (e processar)

Sim, claro... Mulheres sabem processar... Pedir direitos... Claro. Mas não é disto que falei (processe!).

O que querem de mim? Que eu espere até o Carnaval passar? Vá esperando...

De Carnaval, esse ano entendo eu, que moro aqui no olho do furacão.

Como costuma dizer o Incrível Hulk: "ARRRRRGGGHHHHH".

Moral da história e conclusão final sobre a vida: " A vida é massa, o que estraga é que nem todo mundo sabe disso".

Ora, vá chupar cana.

Hoje eu tô pior do que os Novos Baianos depois que perderam Moraes Moreira. Processe.

17 novembro 2010

"Me" Acostumando Com A Língua Portuguesa


Ainda estou tentando me acostumar com hífens que surgem e param de surgir, e regras de acentuação que fizeram meus tantos anos de escola e provinhas de português com nota razoável parecerem uma perda total de tempo, e lá vêm as novas regras gramaticais da novíssima reforma na língua portuguesa.

Não sei se dá pra mim, mas a voz do polvo é a voz de adeus.

Aliás, a língua portuguesa é cheia de puxadinhos e lajes. Reforma, reforma mesmo, sei não.

Mas vê se tá bom pra você essas regras que me chamaram a atenção, por terem surgido como uma parceria da academia brasileira com a academia alemã, em reconhecimento à influência alemã no Sul do país.

Note que eu não criei as regras, então agradeço se não me culparem por isto.

Segue texto copiado do site oficial do órgão obsessor da língua brasileira.

1. Reconhecida a influência alemã na nova língua portuguesa


a) Verbos

A frase que antes se escrevia como: " Ei, manda pra mim aquele arquivo por email"

Agora se escreve: "Ei, mandar pra mim akele file por email"

ou, em outro exemplo: "Dá pra me mandar aquele arquivo por email?"

Agora se escreve: "Dar pra me mandar akele file por email?"

Nova Regra (1): "Todo verbo terminado em vogal oxítona tônica sinistra passa a ser grafado com R no final, exceto quando a lua estiver na segunda casa de Zé Maria."

Nova Regra (2): "Palavras grafadas com QU, passam a ser grafadas com K"

Adendo: Palavras que possuírem paralelo imediato com um termo aceito e facilmente entendido em inglês, preferencialmente podem ser substituídas pela língua inglesa. Afinal, lembre-se, estamos em tempos de akecimento global e a língua portuguesa anda sobrecarregada. O quanto mais conseguirmos economizá-la, melhor para o futuro da Amazônia e das baleias do Japão.

b) Palavras Compostas

Novas palavras que antes eram grafadas com espaçamento e sem hífen, passam a ser grafadas emendadas, como na língua alemã, criando palavras maiores, com novos e melhores significados, evitando o uso de vírgulas e pontos intermediários (lembre-se do aquecimento global).

A frase que antes se escrevia "Beijos, me liga!",

Agora deve ser escrita "Beijosmeliga!".

A regra também vale na conjunção de advérbios de racionalização com pronomes oblíquos e nomes.

O que se escrevia "Por isso" ou "por exemplo",

Agora se escreve "Porisso" e "porexemplo" ou "porezemplo".

Ainda, a regra funciona quando duas palavras se parecerem com uma terceira. Esta regra é bem difícil, fique atento.

O que se escrevia "A gente é de mais!" , agora se escreve "Agente é Demais".

O que se escrevia "Com certeza", agora se escreve "Concerteza".

Em contrapartida, alguns verbos que antigamente se escreviam corridos, passam a ser termos compostos, para facilitar o entendimento do conceito de viralidade, e evitar o congestionamento de letras duplas.

O que se escrevia "Gostasse da bóia, foi?",

Agora se escreve "Gostar-se da bóia, foi?"

Perceba que ao quebrar o verbo em dois termos a oxítona tônica ganha um R. Neste caso, pode-se reaplicar a regra anterior e melhorar a grafia do texto, desta forma, evitando o hífen:

"Gostarse da bóia, foi?"

A regra: "Pronomes oblíquos e nomes que seguirem advérbios terminados em R, devem ser grafadas emendadas, como no Alemão. A exceção fica no caso de a palavra anterior começar com uma letra oposta ao hífen da palavra subsequente, por derivação de tônica linguar, ou redbull. Ainda, frases curtas, cujo sentido equivalerem ao de uma única palavra, devem ser grafados de forma seguida, sem espaçamento. Se duas palavras separadas soarem como uma palavra só, também cole tudo ao escrever. Verbos na segunda pessoa do passado coloquial e imperfeito que acarretarem em duplicidade de letras, devem ser quebrados por um hífen e a regra da oxítona aplicada. Opcionalmente, numa segunda operação, este novo termo composto pode ser compactado segundo a regra alemã."


Meu comentário: Esta parte do novo puxadinho na Língua Portuguesa é especialmente útil no Twitter.

16 novembro 2010

The Sunny Side Of The Moon


Nada pior que o limbo. Digo, aquela situação em que as coisas estão indefinidas, tênues, num estica e puxa digno de couro de pica.

Eu tenho um certo talento para coisas assim, já digo logo. Parece ser uma constante. Mas até mesmo pela constância com que isto me acontece, aprendi que a melhor saída é sempre a mais elegante (elas nunca querem um homem apaixonado).

O fato é que do limbo, qualquer saída, pra bem ou pra mal, é uma boa solução, que deixa leve, e abre horizontes nunca dantes navegados.

Por aqui, mulheres não se engajam quando o carnaval está para chegar.

Bom, é exatamente como me sinto. Muito leve, com vontade de comer uma salada de alface com tomate! Vou até vestir branco e comprar um pote de Becel pra botar no frigobar.

Mas não me interprete mal. Se fosse por bem, também seria muito bom, porém um tanto mais complicado, talvez mais pesado - coisas que a gente faz por quem gosta muito da gente.

Estou no lado ensolarado da lua. Paradoxal. É como quando você perde sua casa e seu carro numa aposta de dados, e sai aliviado por não ter mais carro e casa para se preocupar com IPVA, IPTU e aquele conserto do vazamento que te fez brigar com o vizinho.

A vida boa é assim. Paradoxal. Afinal, entre mortos e feridos, todos saíram felizes.

Mas mudemos o assunto de chambre pra caçola....

Ontem foi bem legal. Uma noite de parapent num papo com uma química muito construtiva, sem óculos (como gosto), mesmo apenas pelo esporte. Eu gosto deste esporte. E como isso me faz bem (e fez).

O sol aqui em Olinda é mais forte.

Apesar de uma leve melancolia, a adrenalina dos caminhos abertos é maior.

Tudo que é bom de verdade é boomerang - não tema.

14 novembro 2010

Coisas Diferentes


Para algumas pessoas, tirar meleca do nariz na rua utilizando o dedão ao invés do adequado dedo indicador é uma forma de driblar os clichês, e passar a impressão de que ele, ao contrário do resto dos mortais, nunca tirou meleca do nariz, e está naquele momento aprendendo uma nova habilidade, pela necessidade extrema do fato fora do comum de ter uma melecona grossa atrapalhando sua respiração.

Certo, este é um exemplo de que nem sempre fazer diferente chega aos resultados esperados, porque, veja bem, mas veja bem mesmo, todo mundo aprende a tirar meleca do nariz com o dedo indicador assim que consegue ter alguma coordenação motora, ou pode ser considerado anormal.

O cara que na teoria não saberia que o dedo indicador é o mais indicado e tira meleca na rua com o dedão é portanto um anormal, comparável àquele que eleva a mão exageradamente durante o ato de levar uma casquinha de sorvete à boca, levando bolada de sorvete na testa.

Mas a pior esquisitice que vemos nas ruas é a falta de olfato noturno, que vem com a idade.

Vamos considerar que seja normal, ou aceitável (na China), que a pessoa solte um pum grande dividido em minúsculos peidículos quando estiver em meio a uma multidão, assistindo a um show.

Mas convenhamos, ao primeiro sinal de cheiro estranho, a pessoa se movimenta para distribuir o cheiro entre os convidados no local irmanamente, e evitar que seja facilmente identificado como o homem da mão amarela.

Se a pessoa começa a disparar peidículos mal-cheirosos (sei lá se isto se escreve com hífen) e continua no mesmo lugar, é sinal de que a falta de olfato noturno chegou, e é preciso avisar o yellow hand man.

Como eu vinha dizendo, algumas coisas na vida podem parecer diferentes à primeira vista, mas acabam caindo em clichês.

Sim, hoje estou de bom humor. Neste momento desejo apenas mais alguns dias de paciência e sabedoria, para fazer a coisa certa.

Como diria o filósofarter Agbedel Gimaneildon: "Uma coisa é outra coisa, outra coisa é uma coisa".

13 novembro 2010

Um Montão de Coisas


Morar em Olinda é assim: de dia, a brisa do mar, o calor, a falta d'água; de noite, Taryn Szpilman e Jefferson Gonçalves tocando na minha janela sem prévio aviso, com os amigos da Uptown, num palco imenso montado rapidamente pela prefeitura e já desmontado esta manhã - hoje de manhã, Fliporto, um mega evento literário com escritores de todo o Brasil, que acontece gratuitamente nas ruas da Cidade Alta, e deve seguir pelo feriado aqui na esquina (e ainda sem água).

Mudando de chá pra café...

Com a idade, a gente vai aprendendo que não é possível mudar as pessoas, e o espaço físico não afasta ninguém, tanto quanto não aproxima.

O que afasta são as pequenas mentiras, e o que aproxima muitas vezes é apenas o medo do sentimento de perda.

E o que me faz despertar para meu lado médico, tirando-me do estado de Shrek (o monstro pegador de princesas desorientadas), geralmente é a crença infundada de que "apenas desta vez as coisas parecem ser diferentes".

Outro dia, andando de forma desinteressada pelas noites do Recife, enquanto trabalhava, me deparei com uma menina pouco convencional que me agarrou pelo sorriso desprendido e a demonstração  de noção imediata de que em mim ela queria confiar, e comigo ela se sentiria segura para pular de um camelo alado em movimento sobre uma duna de areia de distância indefinida - maluco assim.

Faço esforço pra perguntar, faço esforço para entender, faço esforço para encontrar, e não a encontro mais por aí - pelo menos não de alma presente.

Faço esforço pra não perder de vista, mas...

Com a idade, a gente vai aprendendo que não é possível mudar as pessoas, e o espaço físico não afasta ninguém, tanto quanto não aproxima.

Mas não tirem conclusões pelo meu texto. Não existem conclusões formadas. Não existem respostas.

Ainda estou tentando descobrir quais são as dúvidas, para depois formular as perguntas, e, quem sabe um dia, me preocupar com respostas.

Continuo ouvindo repetidamente Novos Baianos, mas desta vez descobrindo novas canções (pra mim) em álbuns que eu não conhecia.

Caramba...


Feliz foi o Pepeu que comeu a doida da Baby.

"O sol hoje está lindo, eu vi. Fui olhar, quase fiquei cego"

11 novembro 2010

Razões e Ocasiões


Quem precisa de razões? Bastam ocasiões.

Não gosto de ver coisas boas se perdendo no espaço, misturados a futilidades corriqueiras. É como ver pérolas se perdendo entre miçangas fuleiras, já dizia dona Maria - a costureira e bordadeira.

Muito pouco me faz desistir de insistir, mas a insistência em deixar para um dia qualquer, para amanhã o que deve ser cuidado com o devido carinho hoje, parece displicência de quem não enxerga ou não se admira da beleza do que vê.

Como dizia o Ray Charles, parece que tem água subindo por todo recinto, mas não estou vendo por onde.

Quem me vê de fora nem percebe, mas eu não sou cachorro não - mais uma vez parafraseando o Waldick.

Não, não me interprete mal, sei que não é por mal, mas por bem também não há de ser.

Quando apagar do desktop, nunca se esqueça de apagar da lixeira. Se não fica lá, e um dia você precisa reiniciar, recuperar o sistema, e o arquivo volta à tona sem avisar.

E por falar em tudo isso, justo quando tudo isso parece de repente começar a perder o sentido, tive minha primeira noite de morador oficial de Olinda - uma noite de Terça.

A impressão inicial é que vivendo essa vida, não tem muita gente não.

Fui com alguns amigos para o primeiro bar, logo na happy hour, sendo arrastado da minha caminhada na praia, com a mesma roupa suada que eu vestia e meus shorts de pijama preto (com uma das boas camisetas do Motorhead da série).

Gente bonita, pouco mais velha que a média dos locais que geralmente frequento. Uma boa energia no local, uma espécie de mercadinho old school, com ratoeiras, penicos e bacias à venda apenas por decoração. Uma vendinha de bairro, estilosa até de mais, com cerveja tão gelada que até me fez esquecer da marca chinfrim.

Um DJ tocando justamente Novos Baianos, pra me dar as boas vindas.

OK! Cheguei! Vocês já perceberam, é?

Acaba a festa cedo, e o povo corre para outro bar, descendo a ladeira.

Povo simpático, bar estiloso com música ambiente. Com dois dedos de prosa com a proprietária, lá estava e simpática senhora tocando Dinah Washington e Dave Brubeck a portas fechadas para nossa trupe.

Quem diria que eu estaria às 00:30 de Terça pra Quarta ouvindo jazz do bom nas ladeiras de Olinda?

Fechamos mais este bar e seguimos para um pequeno porém estiloso bar na esquina da minha casa, e lá encontramos todo mundo de novo, de novo.

As mesmas pessoas, mas agora selecionado por faixa de sono. Quem estava ali, estava de boa, sem hora pra ir pra casa.

Mulheres bonitas, e muitos velhos amigos - enfim, eu não mudei de estado, estão todos ali, ainda, jogando cerveja gelada em meu copo.

Vi um grupo separado de gente desconhecida, mas quando cheguei perto, uma bela moçoila se aproxima, e fala:

"Puxa, eu fui no teu show de Blues. É muito massa".

Mas tá, bela moçoila. Hoje, e talvez apenas hoje, eu vou pra casa dormir sozinho e talvez me dar alguma chance para refletir sobre o imponderado.

E se não for como eu imaginava, voltemos à velha frase de filosofia Who Fartediana:

"Nada é mais assustador do que a capacidade que o mundo tem de mudar por si só"

07 novembro 2010

Com Razão, Pra Variar

Não suporto malandragem de ninguém.

(este post poderia ser um tweet)

O Mistério do Planeta



Ultimamente, tenho ouvido de novo o álbum Acabou Chorare dos Novos Baianos, provavelmente a primeira vez que ouvi algo brasileiro, desde que me entendo por gente, no rock, que me deu vontade de chorar.

Esses caras fizeram mais do que história. Fizeram música boa.

Uma moçada formada por Paulinho Boca de Cantor (o vocalista deste video acima), Pepeu Gomes (um guitarrista extraordinário), Baby Consuelo, Dadi (o baixista que nos anos 90 tocou com o Barão Vermelho), Luiz Galvão (letrista), Moraes Moreira e músicos convidados.

Não por acaso, a Revista Rolling Stones concordou comigo no ano passado e elegeu este como o maior disco da música brasileira, numa daquelas listas polêmicas, mas puxa... Se eu fosse escolher uns 10 melhores, incluiria este na lista, junto com alguns dos Mutantes, e Gal Costa por consequência natural.

Pra quem conhece esta moçada de suas carreiras solo medíocres nos anos 80, pode parecer estranho o que digo, então, não me ouça, ouça o álbum, que está facilmente disponível no seu site de downloads preferido.

Preste atenção nas letras nonsense, que parecem ir direto ao seu sub-consciente. Isso deve ter sido feito à base de muita chapação, porque, se você tentar entender as letras, vai se ferrar - se apenas ouvir e prestar atenção nas palavras, vai entender tudo, seja lá o que tudo for pra você.

Acho que uma vez a cada 5 anos na minha vida me deparo com este pequeno grupo de músicas que me tiram do sério a cada audição, e ouço repetidamente até cansar e voltar aos Blues e outras esquisitices de meu repertório.

Ouça A Menina Dança, Acabou Chorare, Besta É Tu. Aliás, ouça tudo, sem tirar de dentro.

O Who Farted, como entidade de filosofia de boteco gosta muito de Besta É Tu. Nada mais Who Farted do que esta música.

Quem não tiver pena de ouvir Um Bilhete Pra Didi e perceber que foi plagiada pela Nação Zumbi, vai ouvir e perceber que não apenas isto, mas muito da música brasileira independente de hoje bebe nesta fonte e outras pérolas nos anos 60/70, como Secos e Molhados.

Falei? Falei. Vá ouvir e para de ler estas asneiras aqui.

É rock'nroll do bom em português, cheio de samba, cavaquinhos e percussões e sacadas geniais de guitarra de Pepeu. E tudo sem Pro Tools, nem Fenders, nem Marshalls - na base do teviranegão valvulado.

"Besta é tu de não viver este mundo, se não há outro mundo."

06 novembro 2010

Dust My Broom


Nem todo mundo sabe como começa essa minha mania de me afastar. E na verdade,a poucos interessa. Mas uma boa pista é saber que não aceito malandragem - seja de amigo, mulher, criança, família, trabalho, ou o que quer que seja.

Existe algo de infantil em olhar para alguém e perceber que a pessoa se julga mais esperta do que você, a tal ponto de querer tirar alguma vantagem desta pouco provável premissa. Infantil a pessoa, infantil o modo de observar quase admirando a forma como algumas coisas acontecem.

Em certos momentos, deixar claros certos aspectos da vida são não apenas o caso de ser caxias, mas sim, uma questão de respeito, uma demonstração de que você se acha tão importante quanto a outra pessoa, não mais, não menos.

Quem, eu? Julgar alguém?

Cada um faz o que quer, cada um sabe o que quer.

Mas é uma boa idéia saber que cada um assume as broncas de suas atitudes.

O caro leitor Who Fartediano pode concordar ou não com o que digo, mas é preciso dizer, que provavelmente estou certo - ou pelo menos, de acordo com meus valores eu estou certo.

Nada que não se desintegre no espaço em pouco mais de uma semana, graças à habilidade que a gente vai aprimorando quando chega ao 40.

Como? Se estou falando de mulher?

Hmmm... Talvez sim, talvez não. Talvez seja apenas um desabafo genérico que serve para um punhado de situações que presenciei nos últimos dias.

"When I get up in the morning... I believe I'll dust my broom".

Mais Uma do Reino Animal


Certo, tudo bem... Meu quarto fica ao lado de um coqueiro, durmo de janela aberta, primeiro andar de uma casa com estrutura pouco mais nova do que a Igreja da Sé de Olinda. Estes são motivos razoáveis para eu ter me deparado com um ratinho do mato tentando escapar pela fresta da porta de minha suíte (e conseguiu, com minha ajuda).

A esta altura, eu já estava chamando o bicho de Ratinho das Boas Vindas, uma espécie de entidade mística fantasma que parece sempre sair sorrateiro dos melhores locais em que já morei em Recife (e Olinda) logo nos primeiros dias de habitação.

O bicho é tão rápido que se torna quase invisível até que esteja completamente cansado de encontrar a saída.

Não fique você, caro leitor desavisado, imaginando que este é um daqueles ratos do lixo, que surgem dos esgotos - ou como diria o recifense, um Guabirú.

Não, meu filho... Este é o tipo de rato que aparece na cidade por consequência de uma árvore chamada aqui de Coração de Nêgo, e também sobe pelos coqueiros, atrás de frutas. O bicho entra na sua casa e não faz mal a ninguém, a ninguém mesmo, a não ser a ele mesmo, muitas vezes agredido pela ignorância da população, que por aqui costuma matar até gato e cachorro como quem matasse uma barata, o que dizer de um camundongo do mato?

Mas deixemos minhas considerações muitas vezes não compreendidas ao mundo animal, e sigamos com o sinistro.

Fiquei até calado, pra não chamar atenção sobre o pobre e isolado Ratinho das Boas Vindas.

Daí, chego na banca de revistas ao lado do hipermercado local, e vejo uma foto dele. Ele mesmo! O Ratinho das Boas Vindas!

Lá estava ele estampado numa caixa de "Ratoeiras Adesivas". (?)

Certo, quer dizer então que o tal ratinho tem uma família grande por aqui... Hmmm...

Agora o que me preocupou mais foi o slogan da ratoeira: "Pega até 3 ratos de uma vez!"

Poorrraa.... Como é que é isso? Quantas destas devo mesmo deixar na janela em caso de uma rebelião?

04 novembro 2010

Primeiras Impressões do Novo Mundo



Cadê os índios? Onde estão os índios??? Abro a porta de casa e me sinto numa ilha fortaleza em alto mar. Vejo o mar batendo alto num muro de pedras - por aqui a praia já foi engolida há algumas dezenas de anos.

Poucos metros à minha direita, um pequeno forte com um canhão apontado para o mar. Andando dois ou três minutos nesta direção chego à cidade histórica de Olinda. Seria mais barato, provavelmente, morar por lá, mas puxa... Vamos aos poucos... Como rejeitar morar de frente para o mar a poucos metros de caminhada da cidade histórica?

Apesar de estar ainda na Região Metropolitana do Recife e ter encontrado gente conhecida já nos primeiros minutos em solo olindense, a sensação é de estar em outro estado - provavelmente era isso mesmo que eu estava procurando.

É preciso citar o fato de que a pousada que escolhi me pareceu mais bem organizada na hora que escolhi, do que na hora que entrei pra esta temporada, mas nada que não se ajeite em uma ou duas semanas. Foi preciso exigir uma pintura nova no quarto e algumas pequenas regalias merecidas por um turista de longo prazo que aceita pagar preço de alta temporada, né mesmo?

Justiça seja feita, estou sendo muitíssimo bem tratado por todos no local.

A cidade que rodeia o centro histórico está longe de ser perfeita. Se parece com um interiorzim, de casinhas simples, e uma charmosa certa falta de estrutura.

 Os viralatas são gordinhos e amigáveis, o que a meu ver diz muito sobre a população que vive aqui.

Moro perto de uma pastelaria, uma beiruteria, não muito longe de um bom supermercado, existem inúmeros pequenos restaurantes de bairro, dois comitês regionais do PT e até o momento já contei 23 funerárias - macabro, isso.

Primeiro problema: Já na segunda hora na cidade, minha conexão 3G caiu por 4 horas, e no dia seguinte o celular ficou mais de uma hora off.

Ah sim... A Cidade Alta, a tal cidade histórica, é bem legal. Menos agitada de noite do que eu tinha a impressão. Vendo assim, agora como morador, toda essa coisa de alguns picos forçarem uma barra para parecerem rústicos e estilosos com decoração de artesanato, parece bem falso. Não é a realidade de quem mora aqui, certamente.

Já estou aprendendo que quanto mais penduricalhos houver na parede de um restaurante olindense, mais caro custa o rango lá.

Por aqui, qualquer coisa que leve molho de manga custa os olhos da cara, apesar de manga ser uma fruta bem baratinha que sobra nas prateleiras dos mercados locais.

Ao que parece, apesar do grande número de funerárias, muita gente nasce todo dia por aqui, a julgar pelo número de mulheres grávidas nas ruas, e meninas lindas com jeito de quem teve aquele filhote inesperado há poucos anos - isto também passa a impressão de que por aqui as pessoas trepam bastante, se unirmos tudo isto ao fato de que as mulheres olham, e olham, e olham, sejam grávidas, mães, filhas, ou tias.

A cultura da jovem juventude meio comunista-meio consumista local não me atrai em nada. Não tenho paciência pra aquela coisa de meninas com sainhas indianas se arrastando pelas ladeiras com meninos rastafari falando de maconha e Jackson do Pandeiro. Mas as pessoas são legais e a conversa rola solta mesmo assim.

Não preciso nem dizer que por aqui as pessoas me vêem como mais um turista alemão. Mas deixe estar... Daqui a pouco viro mais uma lenda urbana local (aquele cara grandão do Blues que pede Stella Artois no boteco do Zé e acaba sendo derrotado por uma Schincariol meio gelada).

Conclusão: melhor que a encomenda.

Tá bem legal aqui. Eu tava precisando mudar de ares por uns tempos, faz tempo.

02 novembro 2010

Como Ter Um Ótimo Relacionamento



Acho mesmo massa me relacionar com meninas que não se parecem em nada comigo. E não estou sendo irônico.

É muito mais interessante estar com uma gata que é fã de Reggae e adora surf do que estar com uma menina que já conhece tudo o que eu conheço, e me propõe fazer tudo o que eu já faço.

Sei que a maioria dos manuais de relacionamentos propõem o contrário, e te ensinam a fazer certas perguntas à outra parte para testar sua compatibilidade - coisa de gente tacanha.

Considerando que acho 90% das bandas de Reggae um saco e não aguento papo de surfiiiesta naturiiieza, é estimulante poder encontrar alguém que me inspire e consiga me mostrar algo que eu não conheça neste universo e me convença de algo que eu ainda não tinha prestado atenção, né mesmo?

Evolution, babe, vem de todos os lados.

Claro, vamos devagar com a dor... Não tenho interesse de aprender a cantar aquele pagode que começa com "lelelelelele lê, lelelelelele ô", nem preciso me embrenhar no sertão para conhecer um brother que é muito lôco e se refugiou numa plantação de maconha medicinal.

Mas dentro daquilo que possa ser razoável para o universo de cada um, "you say neither and I say nAither, you say tomato and I say creole tomato, let's call the whole thing off", acho que o barato de se relacionar com alguém é justamente esta troca saudável e por vezes dolorosa de experiências de vida - e sexo com um pouco de sacanagem e carinho, que ninguém aqui está seguindo a vida dos monges tibetanos.

Se um gosta de ficar a sós e o outro gosta de andar em manada, sempre existe algo interessante em entrar na viagem do outro aqui e ali, para encontrar novas sensações.

Mas claro, é preciso haver interesse de ambas as partes. Nada pior do que a cena da menininha mimada que no meio da noite resolve dar ordens ao namorado goiaba, que as atende de pronto, como se ela quisesse lhe ensinar a forma certa de fazer as coisas - isso não é de quem se respeita.

Não se engane. A experiência mostra que aquarianos como eu adoram se agarrar à liberdade, e preferem conviver com pessoas parecidas.

Tudo, claro, uma questão de ponto de vista, como diria o Steve Wonder.

Tenho a liberdade de  me prender a quem quiser e gosto de meninas que são exatamente como eu, gostam de descobrir novos universos, tanto quanto de apresentá-los a outras pessoas.

Na verdade, todo mundo tem tantas semelhanças quanto diferenças com qualquer outra pessoa do planeta terra (ou marte, ou vênus).

Quando estamos nos apaixonando, enxergamos todas as semelhanças, quando estamos inseguros ou irritados, enxergamos todas as diferenças.

Lindo isso tudo, né?

Lindo mesmo.

Mas a vida não é aritmética. Os rumos da maioria dos relacionamentos são resolvidos em crises de TPM e conversas na frente do espelho do banheiro feminino (já falei isso antes?).

Portanto, chego à seguinte conclusão:

A melhor forma de ter um ótimo relacionamento, é querer ter um ótimo relacionamento.

É como montar uma banda. Nada mais chato do que tocar com alguém que não está no projeto de corpo e alma.

Se pelo menos uma das duas pessoas envolvidas num relacionamento convencional não se perde em devaneios voluptuosos sobre a outra parte ou não puder fazer das tripas pernas para encontrar o outro a qualquer hora que tiver esta chance por um desejo incontrolável de se ver, algo precisa estar errado nisto tudo, e é hora de reflexão.

Já dizia o mestre buckmaker Kid Blind Big Joe:

"Para ganhar a sorte grande é preciso estar disposto a perder tudo"

E refletindo, se percebe que o mais importante de tudo é entender que como diria o Lulu, "a vida vem em ondas como o mar" - e leva areia, e põe areia o tempo todo nesta praia.

Tenho uma idéia massa: deixa eu pensar bem.

Bom, independente de qualquer coisa, o dia está lindo e eu estou num astral fora do normal - ontem minha noite foi acima do espetacular.

Não pude compartilhar com todos que eu gostaria. Mas tudo certo, tudo certo... Vejamos as próximas ondas e aqueles versos de Bob Marley que ainda não conheço.

Uma Tarde Em Que Meu Messenger Abriu Sem Avisar



Sabe o que me irrita de usar esse treco de messenger? Já te digo.

Você está ali, trabalhando numa boa, com um monte de coisas importantes pra fazer, e pula uma janelinha amiga, de nick "Dilma elelê elalá, oje o bixo vai pegar", com a seguinte pergunta:

"Quem é você?" (???)

Tipo... Porra... Eu não adiciono ninguém em messenger, então, se alguém tomou o cuidado de me adicionar, deve pelo menos saber quem eu sou, né mesmo? - e só pra constar, eu que deveria perguntar quem tá falando, a não ser que eu esteja falando com a Dilma.

Mas a coisa não para aí, não. A segunda pergunta é a que mata:

"Tc de onde?" (!!!!)

Essa frase, já me disseram, é uma espécie de senha, uma frase chave, que em última análise quer comunicar "oi, estou aqui sem fazer nada, entediado numa tarde de Segunda-Feira, estou afins de falar merda com qualquer pessoa, e escolhi você".

Mas beleza, tudo certo... Vamos ver o que a gatinha quer, né mesmo?

Faço eu a minha pergunta...

"Quem é? Eu te conheço?" (veja que pergunta bonita, intelectual e cheia de razão - apenas eu viria com algo assim a esta hora)

"Acho que não" - ela responde.

"Ah tá. E de que se trata? Em que posso mesmo te ajudar?" - essa é a pergunta cata-piolho.

Explico... É tipo um antivírus para papo de messenger. Essa pergunta fria e calculista costuma afugentar conversa chata de gente desocupada.

Mas aí, vem a resposta que muda todo o rumo.

"Ah nada... Estou apenas conversando. Quero ser seu amigo".

Amigo??? Como assim "amigo"? Quer dizer que estou de conversa mole numa tarde de Segunda-Feira com um cara que não conheço, não sei como veio parar na minha lista de contatos, que diz que quer ser meu amigo? Seria o Gasparzinho?

Putz, de boa.... Se ainda fosse uma ninfeta sub-27 fazendo graça na net e dizendo "Oi Tio" eu até estendia por mais uma ou duas linhas, mas cavacos... Vá se tolher!

Depois, o povo reclama que eu sou grosso, e que nunca me vê no messenger.

Mas aí, pra salvar a internet da praga que transformaria todos em sal, pula a segunda janela:

"Oi, kkkkk... Olha as fotos da gente naquela festa... Faz tempo que queria te enviar, mas só agora conseguir te envia. Clica aqui pra baixar >>>>> fotos.zip"


Ah tá... Vou clicar agora mesmo! Agora sim, algo que me interessa!


Putz... Deixa eu atualizar o Who Farted que faço mais negócio.

01 novembro 2010

O Imprevisível


Preciso confessar que gosto de mulheres imprevisíveis, do tipo que às vezes joga duro e às vezes ataca sem prévio aviso.

Ou corrigindo a frase anterior, preciso confessar que estou achando que eu pareço gostar de mulheres imprevisíveis, ou tenho mesmo um espécie de imã pra isso.

Definitivamente, talvez, possivelmente e certamente estou provavelmente revendo meus conceitos sobre o que penso de mim mesmo.

Tá, sou imprevisível mesmo, e por vezes indecifrável - isto é bem claro mesmo.

Acho que talvez eu tenha quase certeza de que sou eu mesmo que tô sem paciência, sem paciência e sem paciência com as mulheres (já mencionei que estou sem paciência?).

Desconfio que em Recife e Região Metropolitana as mulheres estão menstruando duas a três vezes por mês, a julgar pelos sintomas típicos da TPM que expõem constantemente - deve ser uma evolução da espécie, sei lá.

Eu? Quem sou eu nessa coisa toda? Tô só no surf de longboard (já falei?).

Se a onda me levar pra a praia, tô dentro, se me engolir, também tô dentro.

Mudando o rumo da conversa...

Eis que resolvi passar um tempo em Olinda - isso mesmo.

O motivo é que gosto de levar lapada de mulher braba, e odeio Carnaval. Então, estou mudando para uma pousadinha estilosa na portinha da cidade histórica, em plena alta temporada, logo nos primeiros ecos do carnaval de rua, pra me ferrar de vez. Tá bom pra você? É auto-flagelação.

Não me pergunte o porque desta mudança, tirando minhas maluquices.

Mas de repente, sei lá, me dei conta de que não estava exatamente aproveitando o fato de morar como um turista de longo prazo nesta cidade - digo... Puxa... Moro numa pousadinha, então, se eu quiser, posso mudar toda semana de pousada, que tal? Simples assim.

Afinal, querendo ou não, Recife, Olinda e Jaboatão têm pousadas legais de sobra, por ser uma região turística. Sempre se encontra algo muito bem localizado e em conta - não muito menos em conta do que apartamentos que à vezes nem são lá grande coisa.

Saio de mochila, com um laptop e uma guitarra nas mãos, e está feita a mudança.

Mas veja bem se não faz sentido pra você.... Moro na Região Metropolitana de Recife há um tempão, e se muito, devo ter ido a Olinda umas 3 ou 4 vezes (sem contar, claro, com minhas viagens constantes atualmente para encontrar o local certo para mais esta aventura).

E cara... Todas as energias parecem conspirar a favor de Olinda. Desde que resolvi que ia mudar pra lá, sem motivos aparentes arrumei um cliente bom por lá, e conheci uma daquelas meninas lindas e complicadinhas que mora nas redondezas e tem assunto de sobra pro Who Farted.

Além disso, é mais perto do centro do Recife do que Jaboatão.

(Tá, falo a real... fiquei sabendo que se rolar tsunami aqui na cidade a onda vem pra Jaboatão. Depois dos novos terremotos em Bali, e o histórico de coisas sinistras que acontecem nesta cidade, sei não... Bora pra Olinda. Surfar de longboard sim, mas calma lá com a onda, né filhote?)

E quer mesmo saber? Vamos lá então.... Estou devendo a mim mesmo a benfeitoria de pegar novos ares no rosto, começar uma dieta e viver num lugar um pouco mais agitado.

Pelo menos o terceiro item já está garantido.

27 outubro 2010

Mudando de Assunto



Mera reflexão. Sério mesmo... Se preferir, não perca seu tempo lendo este post.

A cena musical, em qualquer lugar do mundo, é mesmo uma coisa paradoxal.

Talvez por isso, a gente vez por outra se afaste destas pessoas para resgatar um pouco de realidade.

Ao mesmo tempo em que muita gente consegue se inserir no mercado, encontrando seus caminhos no segmento que é no mínimo o segundo ou terceiro maior do mundo em movimentação de grana, existem aqueles parasitas que, na falta de entendimento dos mecanismos sociais, na falta de desenvoltura com mercados e principalmente pessoas, acabam se apoiando em projetos governamentais e outras muletas pseudo-mercadológicas para ganhar algum tutu que lhes possa ser útil na compra de pot (maconha) e outras substâncias essenciais para manter seu estado de fuga constante.

Se parece um pouco com aquele garotinho que nunca consegue se enturmar na pelada do bairro e o papai paga pra ele ter uma peladinha só dele por um dia, com jogadores contratados - que no dia seguinte seguem sua vida e esquecem do tal garotinho.

Geralmente nem falta de talento é. Trata-se apenas de falta de coragem pra pegar a estrada da forma que os grandes tiveram de fazer pra chegar onde chegaram, seja Banda Calypso ou AC/DC (que fez até uma musiquinha boa pra isso).

Não é difícil ver carinhas como estes chegarem perto de seus 50 aninhos de idade ainda morando com papais e mamães (ou apoiados moralmente por uma doce e carinhosa companheira que não vê a hora de encontrar aquela portinha de saída daquele inferno) por falta de uma base sólida própria ou mesmo por falta de coragem de enfrentar a vida dura de um adulto, vida esta geralmente cheia de altos e baixos, desafios a serem superados por conta própria - nada fácil pra quem precisa começar a ganhar a vida em barzinhos que geralmente os rejeitam ao menos sinal de falta de público ou profissionalismo (que,aliás, nem mesmo os bares na verdade podem se gabar muito sobre isto).

Sim, porque músicos, toquem bem ou mal, não podem esperar serem tratados como estrelas, se ainda não galgaram seu caminho até lá, repito, como todo mundo faz - e muitas vezes, este tipo de músico se acha tão melhor que os outros que morre tentando fechar um contrato milionário sem nem ao menos ter culhões para por o pé na estrada.

Este tipo de músico, acaba muitas vezes agredindo as pessoas à sua volta, em sinal claro de baixa auto-estima, e por vezes acaba auto-marginalizado, com medo de chegar junto dos grupos atuantes, pelo tanto de merda que fala pelos cotovelos - e fica imaginando que as pessoas querem vê-los pelas costas, quando às vezes, na verdade, ninguém está nem preocupado com isso, não está nem lembrando mais dele, e ele poderia se enturmar como uma anêmona, sem nem ser percebido.

Sim, e acredite. A cena de Blues também tem esse lado. Ao mesmo tempo que existem os apaixonados, existem os auto-excluídos, seja em São Paulo ou Recife.

Sei que é fácil pra mim, falar. Tenho mesmo uma vida privilegiada, que infelizmente não é paga pela música, o que eu adoraria que fosse. Moro na beira-mar de uma das mais belas regiões do Brasil, tenho serviço de quarto eficiente e um bom café da manhã na porta todos os dias, o que me permite não me preocupar com quase nada afora minhas idéias e projetos em Marketing, profissão que tive o prazer de retomar há alguns meses, e me dá chance de investir em idéias malucas, entrar em sociedades de alto-risco, e enfim... Tudo que gente com uma grande e pesada bunda mole, que precisa fumar pra acordar, fumar pra tocar e fumar pra dormir não saberia nem por onde começar a fazer.

E você me pergunta: "Ah era disto tudo aí que você falava no post anterior, né? Agora sim, entendi!"

Não mesmo, mano. Nem chance de você saber o que é, caro leitor Who Fartediano, salvo se conviver comigo muito de perto, o que não aconselho (pode fazer mal aos ossos).

O papo é outro, e só meu. E tá bom que só, já não falei? Morda-se! :D

Este post é sobre outra coisa. Fala de uma realidade que presencio diariamente à minha volta, e tem me gerado muita reflexão cada vez que trombo com um mala destes por aí, ao mesmo tempo que me traz idéias para futuros projetos neste campo.

Estou aqui tomando minha Heine... Ooops essa é Stella.

26 outubro 2010

Dias de Guerra, Noites de Paz



Eu pareço mesmo alguém por vezes sem desejo de ter mais, sem ganância, sem grandes expectativas pra mim mesmo - mero engano do olhar pouco criativo da maioria.

Para muitos, vitória é ganhar quanto mais dinheiro possível do que se possa gastar em um mês (lógica de funcionário público). Pra mim, vitória é descobrir que fiz algo novo, inventivo, algo que tantos gostariam de ter feito e não fizeram por que não fizeram e pronto - vitória é descobrir que eu sou capaz de realizar o que imaginei, ter a meu lado quem gosta de mim e o resto é mera consequência natural quase abusiva.

Quando menos se espera eu tenho mais - mais do que a maioria dos pouco imaginativos pobres mortais.

Isto pode ser aplicado em minha vida profissional, social e afetiva.

É fato concreto e testado clinicamente por cientistas da NASA e dentistas da Oral B que tenho aquilo que desejo e desejo tudo aquilo que tenho.

Às vezes com um pouco mais de emoção, às vezes tão fácil que perde a graça.

Dessa vez, tem tido graça até de mais.

Ao contrário do que diria o Cazuza, minha vida tem sido "Com pódio de chegada e beijo de namorada, eu sou o cara".

Brincando não, e digo logo.

Êta noite boa . Tudo deu mais certo do que todas as expectativas.

Mas não fique o caro leitor pensando que houve algo de caso pensado ou extraordinário, não. A vida é assim, uma constante onda de 12 metros a ser surfada - e em meu caso, de longboard, sem stress nem acrobacias de moleque.

De repente, sem aviso, me dei conta de que tudo, mas tudo mesmo, deu certo, num lapso repentino da minha constante melancolia pelo nada, num espaço de lucidez durante o pleno estado de alerta de dias de guerra.

Lá estava eu de frente para uma multidão, armas na mão, de costas para um exército de alto nível, no dia e hora em que todos, todos mesmo, disseram que eu não conseguiria - e consegui.

Finco a bandeira.

Enquanto curtia este pequeno momento de pódio, podia esbanjar riqueza nas memórias afetivas de algumas horas antes. Doces memórias recentes. Tirei meu capacete, e lá estava a foto dela guardada entre as estruturas de dissipação de impacto.

Por favor, não faça isso melhorar, porque iria estragar (amém).

22 outubro 2010

Man Of Constant Sorrow



Ontem eu tava batendo aquele papo sobre Blues com um amigo, e buscando algumas memórias a respeito de bons filmes que tratam do gênero ou histórias relacionadas, me deparei com a lembrança do filme ""O Brother Where Art Thou", uma daquelas boas sacadas que não estouraram nas bilheterias, mas podem ser descobertos numa boa, alugados na locadora de DVD da sua esquina.

O filme conta, ou pelo menos cita, parte da história do Blues que é rejeitada pelos historiadores oficiais daquela nação que ainda prima em apagar da memória as influências de seus colonizadores e de seus colonizados. Neste caso, mostra a imensa participação da música branca irlandesa na composição do que viria a ser chamado Blues, e também desaguou em Country Music, Soul Music e mais tarde seria ainda a maior influência do Reggae.

A história é cínica e cheia de ironia sobre este assunto, como no momento em que eles gravam uma música numa gravadora que só grava negros. O dono da gravadora é cego, e eles dizem que são negros. Estouram nas rádios com a música, mas não podem dizer que são brancos.

A trilha sonora é fantástica e traz justamente canções em grande parte tradicionais, trazidas da europa, cantadas pelos renegados europeus que trabalhavam quebrando pedra no Mississippi e região.

Destaque para You Are My Sunshine (putz!).

Não costumo disponibilizar links para arquivos por aqui, mas abrirei esta exceção (e que ninguém mais veja isso por aqui), pra você sacar a trilha de O Brother...

Saca aí... http://bit.ly/deq61n

The Very Best Of The Cream Of The Cream.

A Mulher Invisível



Vamos direto ao ponto: Eu definitivamente não entendo nada da vida.

E falo realmente sério, ou pelo menos sério o bastante para ser levado em consideração por mim mesmo, ainda que eu deseje não repetir qualquer tipo de auto-sugestão negativa - como diriam os consultores especializados em PNL.

Passado o texto introdutório, vamos para a segunda parte do post, aquela na qual explico algum acontecimento bizarro, envolvendo mulheres sexies e voluptuosas em dúvidas filosóficas sobre a natureza da vida e dos relacionamentos.

Já tive alguns relacionamentos que saltam da internet para a vida real, ainda que eu não aposte muitas fichas nisto. Mas nunca, e digo logo, nunca, imaginei um relacionamento que da vida real, acabasse se enclausurando na Internet.

Isso é essencialmente não convencional.

Porque, veja só... O universo deveria estar em expansão.

É como num daqueles filmes estranhos que passam de madrugada...

Uma linda mulher com modos de ninfeta safada bate à sua porta de madrugada, e lhe pede emprestado uns links de Blues, e em poucos minutos vocês estão trocando palavras de intimidade e se fazendo pequenas cobranças de fidelidade pré-conjugal, chegando até a escolher o lado da cama que prefere usar.

Pela manhã, você olha pro lado e aquela bela e sexy pós-ninfeta está lhe tratando como se apenas estivessem tomando uma xícara de chá e falando de piolhos e chatos, sem muita vontade de lhe tascar aquele prometido beijo, até que a próxima madrugada chegue.

Sim, meus caros, e após o sol sumir lá está ela dressed in red to kill on bed pra te tirar do sério de novo até de manhã, quando mais uma vez, vestida de uniforme do colégio Sion te chama de brother e só quer saber de beijo na testa.

Mas então, na madrugada seguinte, mesmo ouvindo as batidas na porta, pulo a janela e vou para o Blues com outra bela mulher que já me conhece tão bem (e em todas as posições inimagináveis) que a esta altura, quem parece querer apenas beijo na testa sou eu - ou pelo menos enquanto isto não envolver altas doses de cachaça, pela boa manutenção do juízo.

O próximo passo, eu sei, é a troca desleal de informações desencontradas num telefone sem fio entre amigas mal-intencionadas, de forma que digam por aí que comi uma, larguei a outra na mão ou larguei uma e comi a outra na mão, e puxa - de novo, não comi ninguém.

De volta pra casa, é preciso dizer... Tá tudo certo... Fui leal com todo mundo, com quem merece e com quem não merece.

Não botei pra fuder em ninguém - literalmente. Continuo em estado de mera reflexão.

E como diria o célebre inspirador do jovem Indiana Jones : "Agora, você perdeu (não comeu), mas não significa que não possa ganhar (comer)".

Sim, preciso confessar... Acho que sou mais ativo na cama do que muitas vezes confesso no Who Farted (porque prefiro virar piada a perder o refrão), mas não mais do que qualquer ser normal em idade pra isso.

Só que desta vez, pelamordedios, elas estão exagerando na provocação por mera sacanagem - sem sacanagem nehuma, que fique muito claro.

E o filme na madrugada acaba assim:

"E então, sem avisar nada, ela reapareceu e falou... (peraí que já completo a frase)".

É claro e nítido que como no Feitiço de Áquila, o personagem do filme também gostaria de acordar com o sol no rosto e ver que a ninfeta safada ainda estava ali, ao invés da Madre Tereza.

Mas de uma coisa eu sei da vida: no final, tudo acontece da forma que deve ser, sem explicações, lógica nem discussões, de forma implacável.

Mas voltando à vida real, à minha vida e não a do personagem de um filme das madrugadas, bom... Vamos direto ao ponto: Eu não entendo nada da vida - não devo entender, ou saberia como seguir agora.

O que não é importante não gera reflexão.